Capítulo I

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104. Tenha uma boa viagem. 104. Tenha uma boa viagem. 104. Tenha uma boa...

— Tem certeza que ele está bem, Steve?

Escuto uma voz feminina que me desperta do meu sono profundo.

A claridade do ambiente faz com que eu feche os olhos novamente, não dando nenhum tempo para ver quem estava ao meu redor.

— Por favor, alguém poderia d-diminuir a luz? — digo, para quem quer que esteja ouvindo.

— Mamãe, ele acordou!

Ouço uma voz animada, com um timbre semelhante à primeira, mas que parece de uma criança.

Abro os olhos mais uma vez, franzo o cenho ainda me acostumando com a luz. A primeira coisa que consigo ver é uma menina ao meu lado, ela tem presilhas de borboletas coloridas em algumas mechas do cabelo curto, parece ter lá seus doze anos. Os olhos dela estão brilhando como dois faróis por trás das lentes redondas de seu óculos, quase consigo tocar na curiosidade que eles transmitem.

Desço o olhar até suas mãozinhas segurando a maca. Uma maca? Então eu estou em um hospital?

— Você está se sentindo bem, garoto? Sente alguma dor?

O homem de jaleco vem em minha direção e fica ao lado da garotinha. Atrás dele reconheço a mulher com quem falei na estrada. Não foi um sonho?

— Ei, você consegue enxergar quantos dedos tem aqui?

Pergunta o médico, colocando dois dedos levantados na minha frente.

— Consigo, são dois, mas isso é uma questão de perspectiva porque você ainda tem outros três dedos na mão.

Escuto um riso abafado e busco a origem do som. A pessoa está sentada em uma poltrona no canto da sala, segurando um livro na altura do rosto. As mãos se abaixam, dando a visão de seu rosto. É o menino que vi antes de apagar e parar aqui.

— O chapado tá' tirando onda com sua cara, Steve.

Diz, com um pirulito na boca enquanto se levanta e para ao lado da mulher. Sua fala faz o tal Steve revirar os olhos.

— Mesmo chapado, ele parece ser mais inteligente que você, Kim. — retruca o loiro. O tal Kim coloca as mãos no peito fingindo estar ofendido.

— Ele não está chapado, parem os dois!

A mulher dá um tapa nos ombros dos dois mais novos.

— Desculpa, tia, seu filho me tira do sério. — Kim dá de ombros com o que Steve diz. — Continuando, — Se volta para mim. — Tenho que te examinar agora. — fala, pegando uma lanterna pequena de dentro do bolso do jaleco e se aproxima de meu rosto.

''Tenha uma boa viagem. Tenha uma boa viagem. Tenha uma boa viagem.''

— Não! Senhora! Senhora, não deixe ele me tocar! Não deixe ele me levar daqui, por favor!

Tento me afastar suplicando desesperadamente para a mulher que me deu seu casaco na estrada.

Consigo ver os rostos assustados de todos na sala. A menininha, que estava ao meu lado, corre para o lado do moreno.

— Ei, ei calma, eu estou aqui, tudo bem? Eu me chamo Kim Jangmi. — diz a morena vindo ao meu lado. — Como você se chama?

— Jeon Jeongguk.

Respondo a única coisa que consigo me lembrar no momento. Meu nome.

— É um nome lindo. Eu e meus filhos também somos descendentes de asiáticos. Eles se chamam Minji e Taehyung.

JK in Wonderland | kth + jjkOnde histórias criam vida. Descubra agora