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Pronomes:

Lana: ela/dela

Castiel: ele/dele

Fui embora da casa da Lana no fim da tarde, bem... acho que a mãe dela teve muitos compromissos, não que eu esteja achando ruim, muito pelo contrário.

Lana me apresentou como um amigo, e descobri que a mãe dela ajuda no centro comunitário  nos dias de semana quando não tem muito movimento na loja.

Uma é a cara da outa, tirando que os cabelos da dona Hortência são muito mais cacheados e longos que os de Lana.

Cheguei em casa e já havia escurecido, então em casa eu já começo a ouvir minha mãe:

Rosa: Castiel, onde você estava? Recebi uma ligação da sua escola, em quem você bateu?

Castiel: Eu não bati em ninguém mãe, um garoto assediou minha amiga e depois, ele falou coisas ruins pra mim.

Rosa: O que ele te falou de tão terrível?

Castiel: Ele foi transfóbico mãe, a diretora também foi.

Rosa: Eu avisei na escola para te respeitarem, me desculpa filho, você não deveria passar por isso.

Castiel: Você não tem culpa de nada mãe.

Vejo lágrimas nos olhos da minha mãe, ela me abraça:

Rosa: Eu só queria que o mundo fosse um lugar bom para você filho.

Olho para ela e respondo:

Castiel: Você é incrível mãe, pode ficar tranquila tudo bem? Vou deitar um pouco, to com sono e também, eu to suspenso a semana toda.


Eu ainda não sei o que rolou, tipo, uma hora estamos na praia, e na outra estamos na minha cama?

Hoje tinha tudo pra ser um dia ruim, mas foi um dia maravilhoso, o Castiel é maravilhoso.

Tivemos sorte da minha mãe chegar mais tarde hoje, pude passar mais tempo com ele, pude sentir nossos universos explodirem varias e varias vezes.

Quando o Cass foi embora voltei para o meu quarto e tomei um banho. Quando sai encontro alguém na minha janela, pela pele branca como a lua e os cabelos claros como neve já sei que é a Atena:

Lana: Atena?

Abro a janela, e ela entra, tem cortes em seu rosto e vejo hematomas em sua barriga porque ela está de crooped.

Atena não diz nada, senta na minha cama e começa a chorar:

Lana: Vem, vamos tomar um banho, depois eu vou preparar um chá pra você.

De banho tomado e com um camisetão meu, eu limpo os cortes do rosto da Atena enquanto ela toma o chá, ela ainda não me disse uma palavra.

Quando termino os curativos e me viro para jogar a gaze com sangue no lixo, ela fala: 

Atena: Foi ele de novo Lana.

Lana: Eu já imaginava, deita e descansa, aqui ele não entra.

De novo ele, o padrasto da Atena é um completo babaca, espanca ela e sua mãe, isso é completamente desumano.

Eu mesma já tentei ir na polícia, mas eles sempre dizem que não podem fazer nada, eles veem uma garota jovem nesse estado e simplesmente não fazem nada.

Eu sinto nojo de todos os policiais que se fazem de besta, eu sinto nojo do padrasto da Atena.

Levo a xícara que estava o chá da Atena para a cozinha, encontro minha mãe tomando um chá:

Hortência: É a Atena?

Lana: Sim.

Hortência: Esse merda tem que ser preso, não da mais, esses dias vi a mãe da Atena no mercado e ela estava com vários roxos no braço, a gente conversou e ela disse que escorregou no molhado, mas com certeza não foi.

Lana: Nessa última festa que eu fui a Atena não estava, também não falou com ninguém o motivo de não ter ido, porque até alguns dias antes ela estava muito animada para ir.

Hortência: Deixa a garota descansar, coloca óleo essencial de lavanda no travesseiro e copaíba se ela estiver com algum machucado.

Lana: Já fiz tudo isso.

Hortência: E sobre você filha, eu vou na escola fala sobre o que o garoto fez com você, isso não tá certo. Você e o seu amigo, Castiel ne'? Vocês foram muito injustiçados e as coisas não podem ficar assim.

Lana: Mãe não se preocupa com isso, não precisa fazer justiça com as próprias mãos.

Hortência: Posso e vou, agora vai com a sua amiga e vê se dorme.

Lana: Boa noite mãe.

Hortência: Boa noite filha.





Cabelos de marte olhos estreladosOnde histórias criam vida. Descubra agora