Vizinhos

Magia doce

Hoseok enxugava o cabelo com a toalhinha rosa que Jimin havia lhe emprestado, por sorte ele conseguiu ir na sua casa rapidamente pegar apenas algumas roupas. Seria mais fácil tomar um banho na sua própria casa e depois ir para a de Jimin? Sim, mas um coração tão apaixonado por um bebê fofo não seria capaz de deixar o bebê sozinho, pelo menos era o que Hoseok pensava.

Ele queria mostrar para Jimin que estava com ele ali, mesmo ele pequenininho ou grande, ele queria conquistar a confiança de Jimin aos poucos pois sabia de suas limitações. Também queria conhecer cada partezinha daquele ser tão fofo e ingênuo, queria protegê-lo dos males que lhe assombravam e queria assegurar que seu bebê estava bem. Queria fazer de Jimin seu e poder deixá-lo feliz constantemente.

Eram estes os desejos do Jung, e ele faria de tudo para conquistá-los.

— Mimi? Como está o meu pequeno? Está se sentindo melhor? — Hoseok começou a checar o garoto, que estava enroladinho na manta grossa de corações e chupando o dedinho da única mão que estava de fora.

— Mimi não sabe... O que falar. Mimi está tentando entender mas não consegue nadinha, Hobi. — respondeu, fazendo Hoseok se sentir confuso.

— O que você quer tentar entender, pequeno? — perguntou Hoseok, se sentando ao lado de Jimin e abraçando seus joelhos.

— Por que o Hobi hyung está cuidando do Mimi assim? O Mimi nunca teve ninguém que cuidasse dele, isso é estranho para mim... — comentou, Hoseok certamente sentiu a facada no peito misturada com uma imensa raiva. Como podiam não tratar Jimin desta forma?

— Jiminie! Isso não é óbvio? Eu cuido de você porque eu gosto de você-

Hoseok subitamente parou de falar, e Jimin levou aqueles olhinhos tão grandes e inocentes em direção aos do mesmo. Se perguntou internamente, se havia escutado certo o que o mais velho falou, pois mesmo que estivesse evidente, ouvir de certa forma causava uma estranheza muito boa dentro da barriguinha de Jimin, como borboletinhas, coisa que ele sabia que havia sentido antes.

Mas o Jung, estava em pânico. Por ser algo simples de pensar, era muito mais difícil dizer em palavras, e ainda por cima soltar sem a intenção de deixar claro para um rapazinho que estava no seu pequeno espaço. Ele estava atônito e várias perguntas vieram na sua mente. Se Jimin ignorasse completamente por não ter entendido o real significado, ele iria se aliviar com o coração partido, pois sabia que não teria coragem de falar novamente. Ou, se Jimin reagisse de uma forma estranha, coisa que não era legal em nenhum sentido.

E continuou calado, estático e de olhos arregalados pelo susto repentino. Jimin sorriu grande e engatinhou pela cama fofamente, até abraçar o corpo do Jung, fechando os olhinhos. Se sentia seguro e feliz, ele estava experimentando algo tão doce quanto os algodões-doce que havia comido na festa. Estava experimentando o calor do corpo de Hoseok finalmente como queria.

Inesperadamente, o que Hoseok nem havia imaginado, estava acontecendo. Jimin entendeu e... Concordou? Ele não podia acreditar. Estava rápido, muito mais rápido do que ele imaginava que fosse, e isso era completamente estranho. Parou e pensou consigo mesmo, valia a pena seguir o coração ao invés do cérebro?

— Me abraça também, Bibi. — a vozinha manhosa e baixinha ecoou pelo quarto.

Certamente, seu coração era mais forte para aquilo tudo.

Seus braços envolveram o corpo pequenininho abraçado ao seu, que parecia tão confortável e molinho como gelatina. Jimin era como um pãozinho fofinho, era ótimo de apertar e poder sentir. Ele estava completamente apaixonado sim, e apaixonado pelo garotinho de cabelos loiros e ondulados que amava comer docinhos. Pelo garoto principal da sua festa.