O BRUXO E O CAÇADOR • Taekook •

CAP 15 - NÃO SE ATREVA A MORRER JEON

CAP 15 – NÃO SE ATREVA A MORRER JEON

Quando seus homens sumiram pela floresta em uma corrida insana pela vida, Jungkook respirou aliviado, conseguira dar um fim na busca pelo seu garoto, agora teria que lutar se quisesse sair vivo dali para rever os olhos grandes e o sorriso quadrado de Kim Taehyung.

Estavam lutando dois de cada vez com o General, mesmo entre ladrões havia honra, não admitiriam tanta covardia a troco de nada. Pouco a pouco ele derrotava seus inimigos um por um, mas o cansaço já lhe tomava conta, ele era humano afinal de contas, estava ficando mais lento e em uma investida de um dos bandidos teve seu braço cortado pelo fio cego de uma espada, o corte fora profundo, sua camisa embaixo da proteção de couro que usava encharcava-se rapidamente, ele podia sentir o sangue fluir quente de seu ferimento e escorrer por seu braço, mas não podia desistir, precisava ver seu pequeno e não deixaria uma dúzia de bandidos o atrapalharem, continuou lutando derrotando mais alguns homens.

Jungkook estava bem mais lento, já estava lutando a quase uma hora, a paciência dos bandidos também ia ficando curta, já estavam vindo três homens para cima de si, tentava desviar a todo custo de seus oponentes, mas não pôde impedir que um deles cravasse a espada em sua coxa quando perdeu o equilíbrio e acabou por ir ao chão, grunhiu de dor, o corte fora profundo e doera ainda mais quando o homem maltrapilho acima de si puxou a espada com força desenterrando-a de sua perna, abrindo ainda mais o ferimento que fazia o liquido escarlate brotar pelo pequeno buraco na proteção de couro que lhe cobria. Sentiu raiva, respirou fundo tentando recuperar o controle do corpo e da mente e se levantou o mais rápido que pôde enterrando a espada no coração do bandido que foi pego totalmente de surpresa.

— CHEGA! – alguém um pouco distante dali gritou — Eu não aguento mais, vamos acabar logo com isso, matem-no. – Ditou visivelmente sem paciência e foi logo atendido pelos homens que estavam assistindo a lutas e começaram a se aproximar com um semblante macabro estampando suas faces, Jungkook sentiu que não conseguiria sair dali vivo, dava passos instintivos para trás se afastando dos homens que davam passos ainda maiores em sua direção, pensou em seu pequeno. Será que ele pensaria mal de si? Se pensaria que o general havia desistido de si? Lembrou de seu garoto chorando e sentiu um aperto no peito. Não queria deixa-lo triste, ele parecia tão animado com a ideia de viverem juntos, logo agora que finalmente havia parado de lutar contra si mesmo e havia aceitado todo aquele imenso sentimento que sentia por seu garoto.

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Taehyung mal pregara os olhos durante a noite, estava ansioso e animado com a ideia de reencontrar o general, ficara até altas horas da madrugada imaginando como seria sua vida ao lado do outro, sorria sem perceber e rolava na cama tamanha a felicidade que sentia, mesmo indo dormir bem tarde, acordou com os primeiros raios solares, levantou-se antes das meninas e preparou um café reforçado para todos, antes de sair conversaria com elas, não contaria tudo, mas deixariam avisadas de que algo mudaria, sabia que se contasse agora, sequer o deixariam sair portanto prepararia o terreno e jogaria a novidade em cima delas mais tarde. Sabia que não seria nada fácil, mas eram sua família e teriam que aceitar sua escolha.

Quando estava terminando de pôr a pequena mesa de madeira, Jisoo e Jennie entraram sonolentas na cozinha.

— Viu Jennie, eu não estava louca.

— Por que estaria Jisoo?

— É que eu acordei com o barulho de alguém na cozinha e falei para ela que você estava fazendo café. – falou Jisoo apontando o dedo indicador na direção da irmã que aparentava estar de mal humor. — Mas ela disse que era impossível, que você é muito preguiçoso para fazer essa gentileza para nós. – O mais velho fez uma falsa cara de indignado