Capítulo 36 - não termina aqui

32.7K 2.1K 1.6K
                                    

Na manhã seguinte, Dafne trouxe torradas e bolinhos pra gente comer, já que eu não queria encarar o salão principal, e elas me ajudaram a fazer a minha mala pra voltar pra casa.

Às dez horas Pansy e Dafne me prensaram contra a parede.


- Ok, escuta. Eu não vou deixar você passar por essa porta desse jeito. Você vai sair daqui de cabeça erguida e bem vestida, pra que todo mundo veja como você é foda.

Pansy parou por um instante, eu concordei com a cabeça e ela continuou.

- Pelas próximas horas, dias ou meses você vai guardar todos esses sentimentos em um lugarzinho aí dentro e não vai mais olhar pra eles até que você esteja pronta. Você é uma sonserina, porra! Eles têm que ter medo de você, e não pena!


Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


Eu fechei os olhos e respirei fundo. Imaginei todos os meus sentimentos sendo drenados para dentro do meu coração, e eu ficando oca, fria e completamente racional. O dragão que vivia em meu estômago agora tinha uma nova tarefa, a de não deixar nenhum sentimento sair.

Eu abri os olhos e Pansy sorriu pra mim. Ela viu pelo meu olhar que eu tinha levado o que ela disse muito a sério.


- Aqui está sua varinha.

Dafne sorriu pra mim, e eu girei a varinha nos dedos, sentindo toda a força e poder voltar para mim novamente.


- Vamos nos despedir dessa porra de escola mais uma vez.

Eu falei e sorri pra elas, minha voz soando mais fria e perigosa do que nunca.


Nós saímos juntas do meu dormitório, eu puxando a frente. Antes de sairmos Pansy fez questão que eu arrumasse meu cabelo e vestisse minhas botas de couro até as coxas por baixo da capa. Eu estava me sentindo gostosa e poderosa.

Registrei pelo canto do olho os olhares de todos os sonserinos que ainda estavam na sala comunal em mim, e Draco se aproximou, ladeado por Blaise e Theo. As meninas pararam atrás de mim, as varinhas em punho só pra garantir.


- Fawley... Princesa.

Draco começou a dizer, mas parecia não saber quais palavras usar.


Eu olhei pra ele por um momento com um olhar frio e superior antes de virar as costas e sair da sala comunal. Precisei de toda a força do meu corpo para ignorar Draco Malfoy, mas depois disso, parece que tudo ficou mais fácil.

Fugir de tudo era minha forma preferida de lidar com os problemas mesmo, e eu só precisava aguentar firme até chegar em Londres. Depois disso teria vários dias pra colocar a cabeça no lugar.

Universo Fawley - LIVRO 1 (somos só amigos) +18Onde histórias criam vida. Descubra agora