Capítulo 3: Uma noite diferenciada

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  S/n acordou com alguns barulhos lá fora. A princípio, ela ficou confusa do porque ainda estava meio adormecida, até ouvir um som de uma arma de fogo, que a acordou por completo.

  Que diabos?! Tem gente atirando??

  S/n foi até a janela, para ficar surpresa ao ver um menino ruivo familiar atirando em uma multidão de crianças que se assemelhavam todas iguais.

  Que? Por favor me diga que estou sonhando... Ela então deu um soco na própria cara para verificar. Bem, merda, acho que é a vida real mesmo. Ela olhou pela janela de novo pensou: Tá bom. Esse cara é meio chato... mas, acho que se eu ajuda-lo, poderia chegar perto dele?

  Então S/n pegou algumas caixas que estavam do lado dela, abriu e embaralhou para encontrar uma com adagas felizmente afiadas. Ela saiu rapidamente do quarto para o quarto de sua mãe e lentamente abriu a janela.

  -- Mãe... Ah, certo, ela tem o sono pesado. - Ela fechou a porta e correu de volta para o quarto, calçou os sapatos e abriu a janela. S/n olhou ao redor para ver um cano que leva para baixo. Assim, com cautela, ela saiu e respirou fundo. - Certo, aqui vai.

  Então ela deu um grande salto e deslizou para o cano. Pousou para enfrentar as crianças, porém hesitou, porque nunca matara alguém antes em sua vida até agora. A garota correu para a multidão e começou a manusear suas lâminas, cortando alguma das gargantas dessas crianças, até que Pico percebeu que ela estava lá. Ele ficou surpreso, mas não disse nada e continuou atirando.

  Algumas das crianças começaram a ataca-la, mas, se mantando forte, S/n esfaqueou qualquer um que se aproximasse de você.

  Quase ensopada de sangue, a luta continuou, até que os braços do S/n iam ficando cansados. Ela notou que Pico ficava fugindo deles, enquanto atirava e assim resolveu alcançá-lo. S/n matou outras crianças que estavam no seu caminho, até pegar-se lado a lado com Pico. Eles apenas se entreolharam, até que os olhos de Pico se distraíram por outra coisa e, então, disparou na direção em que ele estava olhando.

  Ela parou e também ficou confusa com o que ele atirou, pensando que era outra criança, assim se preparando para o exército de crianças, se aproximando deles até que a menina foi agarrada e puxada pelas costas de seu moletom com capuz. Ela piscou em choque, até que viu um ônibus inteiro atingindo a multidão deles, sangue derramando por todo o lugar.

  Puta merda! ela só pensava, enquanto Pico olhava para o ônibus.

  -- Espera aí que tem mais. - Ele disse, enquanto a lateral do ônibus começava a ter solavancos. S/n bufou e se preparou, olhando o tranco ficando maior.

  A lombada se abriu com as crianças saindo, e perceberam que Pico já começou a atirar de onde elas vinham. S/n percebendo que havia outros vindo atrás deles, eles começaram a atacá-los. Pico então olhou para o gás e apontou sua arma para ele, atirando.

  -- Corre! - Ele gritou e ambos correram.

  Correram até ouvirem um grande estrondo, lançando os dois, enquanto S/n fechava os olhos. Momentos depois, ela abre os olhos, para perceber que estão em uma pilha de crianças mortas. Eles se levantam, escovando-se.

  -- Como vou explicar tudo isso pra mãe? Todo esse sangue... - Ela entrou em pânico com o pensamento, até que viu Pico ressurgi dos cadáveres. - Eram todos eles?

  -- Acho que sim... - Pico respondeu.

  S/n suspirou de alívio e desceu a pilha.

  -- Venha, vamos conversar ali. - Pico apontou para a lojinha que se chamava de iorgutes.

  -- Tudo bem.

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  Eles entraram e beberam. Com S/n nervosa porque as crianças estavam literalmente parecendo crianças de vermelho completo. Do sapato até a metade do moletom. Todavia pagou porque eles são legais e têm dinheiro ao contrário do burro quebrado de Pico. Bebidas.

  -- Então... que porra eram aqueles clones de crianças?

  -- Apenas alguns Crianças-Super.

  -- Pera, que?

  -- É meio difícil de explicar... De qualquer forma, por que você simplesmente apareceu e começou a esfaquear aquilo?

  S/n pensou um pouco antes de explicar. Mas quando ela imaginou em todas as palavras possíveis, para apenas dizer:

  -- Eu estava... tentando te ajudar?

  -- Me ajudar?

  S/n acenou com a cabeça em afirmação.

  -- Ah, obrigado... Eu acho que por que você se mudou para cá, também? Sinceramente, aqui é uma merda.

  -- É. Basicamente meu pai traiu minha mãe e, bem, eu me mudei pra cá com ela.

  -- Oh...

  S/n apenas deu de ombros enquanto sorria desajeitadamente.

  -- Então, o que começou toda a luta?

  Pico apenas deu de ombros e explica:

  -- Eu estava em uma sorveteria e os vi lá. A próxima coisa que você sabe. Fui atacado por um monte deles. Que bom que o pessoal não está louco aqui, porque estou exausto.

  S/n pegou outro gole de sua bebida.

  -- Eu deveria voltar para o apartamento antes que minha mãe bata em mim e questione o sangue da roupa.

  Pico apenas acena com a cabeça.

  -- Bem, pode ser. Tenho outras coisas para fazer.

  S/n sorriu por um momento para ele, levantando-se e ambos se despediram um do outro. Ela então percebeu que ela precisava encontrar o caminho de volta. Ela teve de escalar novamente de volta para seu quarto.

  Isso foi algo que, Deus, eu me pergunto. Todos aqueles corpos...

  S/n retirou sua roupa e olhou em volta, decidiu enfiar a roupa em um esconderijo em uma caixa, porque está cansada e com preguiça. Pegou trajes novos, escovou os dentes e pulou na cama para fechar os olhos pelo resto da noite.

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Próximo capítulo: Essa dorminhoca

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