Orbis Semini - A Semente

Prefácio

Sabe aquela história que todo mundo conhece sobre um cara muito mal que supostamente era filho do diabo e aterrorizava na Romênia do século XV? Esse tal cara aí, comumente conhecido como Drácula, é o gentil bisavô dos gêmeos. Mas assim como sua gentileza a história famosa não é lá muito autêntica sobre os seus hábitos, características e – principalmente – sua árvore genealógica. Você deve estar pensando: se eles são bisnetos do Drácula, então são vampiros; se são vampiros, como tem uma árvore genealógica? Vampiros têm avós? Mas como? Ei, calma, calma, respira. Vou dar uma resumida para que não haja pânico.

Reza a lenda que o tataravô dos gêmeos seria o Diabo. Essa lenda também reza por aqui. Até aí ok, nada de novo. Porém, a outra parte da lenda também diz que a tataravó era humana. Mas ninguém tem muita certeza disso pois o bisavô não gosta de tocar no assunto. Eu sei que tem um tal diário perdido por aí, que seria da tal humana, mas como eu disse: perdido. Concluindo, sim, eles podem procriar. Entretanto, não é qualquer vampiro que possui esse... privilégio, digamos assim. Somente os descendentes do Drácula são capazes de gerar outros descendentes. Com isso, a família é conhecida no nosso mundo como Orbis Semini (A Semente). Já aqueles vampiros que foram transformados com a velha e boa mordidinha entre amigos, são chamados de... vampiros.

Então, basicamente, é aquela velha história com algumas particularidades, mas eu garanto que logo vocês acostumam. Antes de chegarmos ao dia... ops, à noite fria em que a nossa história começa, apresentarei a amável e tradicional família: O simpático e nada rabugento pai, Telonious Mors; a bela e dedicada mãe, Yvana Mors; a irmã gêmea e esperança de continuidade da realeza vampírica, Dominic Mors; e Theobald Mors, que ninguém leva a sério pela impossibilidade que possui de manter as namoradas vivas. Se quiser queimar o livro depois disso eu vou entender. Enfim, eles são os Mors.