Espirito Lebre (part.2)

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— Está brincando comigo. — Arrisquei dizer quase sendo engolido pelo sono, mas antes com uma falta de ar de átimos escutei suas últimas palavras.

— Bem que eu queria que estivesse.

[.♥.]

— Quer sair da cama? — Perguntou irritado puxando o edredom que usei para cobrir todo meu corpo.

— Jimin, para por favor! — Pedi procurando o cobertor às cegas, mas levando um tapa na mão quando consegui alcança-lo em meus pés.

— Claro que não. Gguk-ah você mal está saindo da cama! Passa o dia inteiro jogando overwatch, come besteira como se fosse realmente um almoço e nem faz mais exercício! — Me puxou pelas pernas me fazendo cair de joelhos no chão e grunhi pela sua persistência. — Porque não liga para ele? Sei lá, manda uma carta, e-mail, mensagem, coloca em um telão na rua central! Aposto que não tem como ele não ver isso. — Resmungou me ajudando a levantar e me sentar na cama. Sentado, cruzei as pernas e estralei o pescoço tirando o capuz do moletom da minha cabeça.

— Não tenho o número dele.

— Endereço?

— Não.

— Correio?

— Não.

— O que tem dele contigo então? — Jimin coçava sua cabeça enquanto negava com a outra mão na cintura. Estava nervoso e com razão.

Após aquela noite onde adormeci mais rápido que o normal e acordei no dia seguinte sem Taehyung ao meu lado passei a voltar a ser o que eu era, mesmo com uma promessa engatilhando a arma para lembrar-me como uma bala que eu tinha que me amar sobretudo. Mas estava meio difícil seguir com ela tão seriamente como fazia. E por isso, Jimin passou a dormi em minha casa quando liguei para si uma semana depois de tanto esperar o ruivo voltar a aparecer, mas que obviamente e pelo sentimento ruim que se ia com meus soluços sofridos, ele não voltou como havia me avisado e era claro de ser ver que eu estava sofrendo.

— Lembranças... — Murmurei abrindo minha garrafa d'água recém enchida e molhando minha garganta seca.

— Ele não te pediu nada antes de ir? Falou onde encontra-lo? Se ia a algum lugar ou se voltaria em algum momento? — Indagou me encarando com a face contorcida em aflição.

— Não... — Respondi alisando meus pulsos marcados pelo tempo que passei adormecido.

— Qual é! Isso não é possível! — Verberou respirando fundo para se acalmar. — Eu não pensei que isso poderia acontecer! Sério! Estavam tão bem como me dizia. Você está apaixonado e literalmente o homem some?! Vá se fuder. — Seu maxilar estava extremamente marcado mostrando a mim como estava se segurando para não quebrar algo em meu quarto por tamanha raiva que apossava do seu corpo. — Puta que pariu...! Ah...! — Fechou os punhos com tanta força que suas veias saltaram em seus braços.

— Jiminie... — O chamei e sua atenção se voltou para mim. — Está tudo bem. Eu estou bem! —Sorri tentando lhe trazer tranquilidade, mas ao fazê-lo apenas fiz Jimin desmoronar e seus olhos marejarem.

Vendo algo como aquilo não tive forças ou tempo suficientes para pensar em algo para ampara-lo, então torturantemente tudo que pude fazer foi ver suas lagrimas descerem lentamente aflitivas pelo seu belo rosto e caindo sobre meu chão. Estive tão apático quanto aquilo que por um segundo pensei ter ouvido claramente o som do pingo contra o assoalho antes de escuta-lo com uma voz que dava a entender que pudesse estar sendo enforcado pela sensação de tristeza que fluía agonizantemente dos seus poros.

— Você estava tão feliz! Estava com um sorriso maior do que no dia que recebeu o moletom autografado do Tony. Eu... — Passou a destra pelo rosto e a parou na boca tentando esconder que chorava. — Eu... não quero mais te ver triste Gguk, dói demais. — Me levantei rapidamente do colchão e corri até meu melhor amigo abraçando com força e sendo retribuído na mesma intensidade.

God Rabbit | TAEKOOKOnde histórias criam vida. Descubra agora