Reino de Cinzas

Capítulo 2

Capítulo 2

REINO ESPERANÇA

Cenizah

Não havia ninguém no castelo além de mim. Eu tinha sido a única espécie Tartarus que tinha sobrevivido às cinzas. Mas eu não poderia permanecer naquele castelo, não era seguro para mim e eu não tinha mais como sobreviver ali.

Não havia alimentos, porque tudo havia se transformado em estátuas de cinzas ou objetos de cinzas.

Olhei ao redor e voltei pelo corredor sombrio e aparentemente governado pelas abundantes cinzas.

Os ruídos dos meus passos chegavam aos meus ouvidos. Eu ainda soluçava, tentando encontrar um refúgio seguro. Uma maneira de tentar acalentar a minha dor. Eu havia perdido os meus pais em um uma única tarde.

Adiante, eu parei no meio do corredor do castelo, quando uma luz brilhante e cinza surgiu diante dos meus olhos. Eu quase fiquei cega.

Pisquei e permaneci olhando em direção à luz. Imediatamente a luz foi se moldando em formato de um corpo humano. Um velho de barbas brancas, longas, olhos roxos, e roupas transparentes se fez presente.

-Vô!

Gritei em direção ao seu espírito. O meu avô havia sido destruído há séculos por tropas inimigas, muito mais poderosas que a nossa. Contudo isso ocorreu há séculos atrás. Agora o meu avô era apenas umespírito que dificilmente aparecia para nós. Geralmente ele se mostrava para mim quando eu estava em situações difíceis.

-Cenizah, você está correndo perigo! Não pode ficar nesse castelo! Ou Gavok irá te destruir e se isso acontecer, o reino de seu pai nunca mais será reerguido. O mesmo permanecerá nas cinzas por toda a eternidade.

-O que eu devo fazer vô? Eu não tenho para onde ir! Todos aqui viraram cinzas. Eu estou perdida, vô! Ajude-me!

Supliquei tentando tocar a sua imagem brilhante e quase transparente. O meu avô olhou - me com seriedade e afirmou.

-Você terá que ir para o Reino Esperança. Encontre o mestre XIAMITY. Ele poderá te ajudar.

-Mas vô? Como farei isso?

Ele ergueu a sua mão para um lado e um portal de luz se abriu diante de nós. Eu olhei para a luz verde e depois olhei para o rosto do meu avô.

-Agora vai!

Ele ordenou para mim, com sua voz branda.

-Lá você encontrará todas as respostas para tentar trazer O reino de Cinzas de volta à vida.

Falando isso, eu pisei para dentro do portal, o meu corpo foi absorvido pela luz verde e eu desapareci seguidamente. O portal também desapareceu e por último a imagem do meu avô se desfez no ar.

***

Momentos depois...

Do alto, Eu fui lançada ao chão sem piedade. Cai sentada no meio da floresta encantada. A minha sorte foi que a saia do meu vestido longo amorteceu as minhas nádegas.

Instantes depois eu olhei para o lado e vi milhares de árvores verdes, carregadas de frutas e flores magníficas.

Alguns pássaros escuros voavam em sentido ao céu. Pareciam águias gigantes. Tentei me levantar e percebi que eu estava perdida. Não havia algum sinal de povos ali.

A floresta estava deserta. O povo dali não estava presente. Porém, onde eles estavam naquele momento?

Olhei para o céu acima da minha cabeça e a claridade encolhia os meus olhos violetas. Tentei dar um passo adiante e olhei para algo tocando a borda do meu pescoço. Era a ponta de uma lança de aço.