Desobedecendo todas as regras, Frigga fez com que Loki fosse retirado de sua cela e levado para a sala de cura. Não deixaria seu filho morrer daquela forma.
- A situação não é boa, - disse Eir observando o corpo através da forja de almas - ele lançou um feitiço sobre si mesmo que está impedindo o seu metabolismo de se regenerar. Os ferimentos estão muito críticos, observem a necrose no tecido. Eu nunca vi nada assim. Ele escolheu morrer lenta e dolorosamente. - lamentou desfazendo a projeção da forja.
- O que será feito? - perguntou Frigga sem acreditar no que via e ouvia.
- No momento precisamos asseia-lo, retirar a carne necrosada, aplicar unguento e fazer emplastros. Enquanto isso verei nos livros como desfazer ou retardar esse feitiço. Liv, quero você fique encarregada. As demais a auxiliem, há muito a se fazer. E a senhora não tem que ver isto. Por favor, - pediu Eir pegando delicadamente em suas mãos - me acompanhe. Sei que está abalada e este não é o melhor momento, mas precisarei de toda ajuda possível com os livros. Ficar aqui não faz sentido, estará o ajudando muito mais vindo comigo.
- Assim que terminarmos, eu mesma irei lhe chamar - garantiu Liv tentando transmitir segurança - Uma mãe não tem ver o filho nessas condições.Frigga assentiu com a cabeça antes de se se aproximar do corpo do filho e depositar um beijo em sua testa. Mais uma lágrima escorreu de seus olhos que estavam ardidos e avermelhados. Não conseguiu falar nada, mas em pensamento suplicou aos seus antepassados que poupassem aquela vida que se esvaía.
Pescoço, axilas, barriga, pulsos e a parte interna das coxas eram as regiões mais críticas. Depois de fazerem a limpeza e remoção dos principais pontos necrosados, todas as mulheres envolvidas no processo tiveram que trocar suas roupas e novamente fazer a assepsia das mãos. Liv havia solicitado bálsamos para os machucados mais leves e unguento para as feridas mais profundas. Começou aplicando o sumo de ervas a uma combinação de óleos essenciais, delicadamente, com a ponta dos dedos, colocando emplastro em seguida. Fez isso desde de os ferimentos mais graves até às escoriações e hematomas, onde aplicou apenas bálsamo, mas também os envolveu em emplastro. Por fim, Loki fora vestido e coberto com o manto protetor de Eir.
Em seu trono, Odin sentiu a atmosfera fria de Jotunheim. Loki. Pensou. E antes que pudesse se levantar para saber do que se tratava, um par de guardas entrou na sala do trono, anunciando a presença do deus da trapaça na sala de cura do palácio de Asgard. Furioso e disposto a banir Loki de uma vez por todas para o submundo, o pai de todos se apressou para encontrá-lo e por o fim no que julgava ser mais um de seus planos perversos.
- Quero vê-lo através da forja de almas, - adentrou à sala abruptamente, imperativo.
- Meu rei, por favor, - Frigga vinha dizendo ao longe - Não é uma farsa, nosso filho está morrendo!Odin tinha raiva e decepção em seu rosto, raiva por Loki estar manipulando a todos e decepção pelo que julgava ter sido uma traição por parte de sua digníssima esposa. Ora, desobedecer suas ordens e ir contra tudo e todos por causa de um gigante de gelo que ele mesmo colocara no seio de sua família. Um grande erro e, talvez, o maior de seus arrependimentos.
- Não é uma farsa. - a forja se elevou projetando tanto o corpo, como também as lesões e a debilidade de seu filho - Nosso filho está morrendo.
Odin colocou a mão sobre a cabeça de Loki e pôde sentir a vulnerabilidade do seu ser. Por alguns instantes se lembrou do recém-nascido que encontrara em Jotunheim. Mas não se deixou levar.
- Deusa-mãe, você traiu a ordem expressa de seu rei ao libertar Loki das masmorras. Expôs estas mulheres a um grande perigo, bem como os nove reinos.
- Eu tenho consciência dos meus atos. Você pode me banir, castigar e o que mais achar correto, mas não pode me culpar por ter compaixão.
- Loki fez uma escolha, - disse erguendo o olhar para Frigga - então deve lidar com as consequências. Quanto a você...,
- Odin, só Você tem o poder de desfazer essa loucura que nosso filho está fazendo. Por favor,...
- Loki está condenado e você continua interceder por ele. Houve um crime de traição de sua parte e você insiste em lutar por uma causa perdida! - esbravejou, batendo Gungnir no chão. - Diante de todos eu vos digo, Loki Laufeyson permanecerá vulnerável, assim como sua magia o fez. Se merecer, então sobreviverá. Pelo meu pai e pelo pai de meu pai, assim será feito!♡
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Mudei o nome da história, capa e refiz este capítulo/adicionei mais umas coisas. Eu sou doida. Mas tudo isso é para melhorar a experiência. Boa leitura ♡
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Loki: Amor e outras Mentiras
FanfictionApós a tentativa catastrófica de dominar Midgard, Loki acaba preso nas masmorras de Asgard. Completamente desolado, cheio de ódio e sem esperanças, o deus da trapaça resolve colocar sua imortalidade à prova. Ele só não esperava que esse ato fosse, n...