Um perfeito pegador - Bridgertons em Hogwarts Ano 2

Azar é apelido

E vamos para mais um capítulo do Benedict sendo muito burro hahaha

Espero que gostem!

*****

BENEDICT

Ele passara o dia de mau humor depois da conversa do almoço em que Gregory lhe fizera o maravilhoso favor de mencionar seu histórico na frente de Sophie. Enquanto se encaminhava para a torre da Grifinória, pensava nas suas próximas ações.

Ela certamente não parecia o tipo de garota que se deixaria conquistar facilmente, mas Ben gostava de desafios.

- Ben. - Ele ouviu a voz de Daphne assim que colocou o pé na Sala Comunal e teve que se conter para não revirar os olhos.

Realmente não estava com paciência para ninguém.

- Daph. - Devolveu ele esperando que a conversa fosse ser curta.

- O que quer com Sophie Beckett?

O silêncio que se formou entre os dois foi absoluto. Benedict tinha uma expressão chocada no rosto e Daphne parecia divertida com o efeito que provocara no irmão.

- Como assim?

- Vi você e Gregory conversando com ela no almoço.

- Gregory se perdeu hoje cedo e Sophie o ajudou. Ele queria agradecê-la. - Aquela explicação com certeza seria suficiente e Benedict já havia dado os primeiros passos em direção à escada para o dormitório.

- Só isso?

- Posso perguntar a razão do interrogatório?

- Está com culpa no Ministério para achar que isso é um interrogatório? - Ela deu um sorriso malicioso.

- Vá logo ao ponto, Daph.

- Está gostando dela?

Ela conseguira chocar o irmão duas vezes em um intervalo de menos de cinco minutos. Aquilo devia ser um recorde. Benedict não tinha ideia de quando dera liberdade para assuntos sentimentais com a irmã.

- No que isso te interessa?

- Ben. - Daphne levantou e caminhou até o irmão. - Sophie é uma garota legal. Nunca conversei muito com ela, mas ela nunca te deu bola e isso faz dela uma garota sensata.

- Que bacana. - Devolveu Benedict, irritado com a ofensa na fala da irmã.

- Só queria saber se você tinha intenções com ela. E se essas intenções seriam boas.

- Você já se ouviu? Parece a mamãe falando.

- Vou considerar isso um elogio porque não existe bruxa mais inteligente que a nossa mãe. - Daphne sorriu.

- Interprete como quiser. Eu vou pro meu dormitório.

Feito um moleque, Benedict saiu batendo o pé para mostrar sua indignação e descontar o mau humor. Desde quando Daphne se sentia no direito de se meter na vida dele? Era só o que faltava.

Deitou-se na cama fitando o teto. Pensou que talvez devesse mudar de alvo para o ano, mas estava comprometido e determinado, não voltaria atrás.

*****

Benedict não fez mais nenhuma tentativa de conversa com Sophie até o meio da semana, quando tinham novamente aula de herbologia. Havia tido uma ideia e a colocaria em prática durante a aula.

Ao chegar na estufa cinco para a aula, Benedict ficou para trás propositalmente, esperando ver Sophie entrar. Quando a viu se aproximar, foi até ela e passou a andar ao seu lado.

- Bom dia. – Cumprimentou ele.

- O que quer, Benedict?

- Não posso querer dar bom dia?

Ela se limitou a lhe lançar um olhar desconfiado e não comentar. Ao entrarem juntos na estuda, Benedict a seguiu até o lugar costumeiro que ela ocupava, sem se dirigir para a sua posição ao fundo.

- O que está fazendo? – Ela o encarou.

- Pegando um lugar para a aula. Meio óbvio. – Ele abriu seu melhor sorriso inocente.

- Seu lugar é ao fundo.

- Decidi ficar aqui hoje.

- Não vai ficar aqui. – Protestou ela, empurrando-o, mas nesse momento o professor Neville decidiu começar a aula.

- Turma, silêncio todos. Temos uma aula com muito a aprender hoje e vocês vão precisar de luvas, então cada um pegue um par.

Benedict pegou rapidamente dois pares de luvas de um cesto próximo e alcançou um deles para Sophie.

- Obrigada. – Ela agradeceu relutante.

- O que será que Neville vai passar hoje? – Sua missão era puxar conversa com ela, tentar se aproximar devagar.

- Não faço ideia.

- Gosta de herbologia?

Sophie estreitou os olhos ao fita-lo, como se estivesse decidindo se devia ou não responder.

- Por que está puxando conversa?

- Estou tentando ser amigável. – Respondeu ele.

- Por quê?

- Bem, você ajudou meu irmão. Talvez seja uma forma de agradecer.

- Gregory já me agradeceu, você não precisa.

Benedict a fitou, pensando por alguns momentos. Sophie realmente não estava facilitando nem um pouco para ele.

*****

SOPHIE

Ela bem que tentou voltar a sua atenção para a explicação que Neville dava, mas Benedict parecia determinado a irritá-la com suas insistentes perguntas para tentar puxar conversa.

- Será que dá pra você me deixar prestar atenção?

Ele pareceu frustrado, mas se calou e não fez mais nenhuma pergunta até o final da aula, o que ela considerou uma benção.

- Turma, na semana que vem nós vamos iniciar um projeto que vocês precisarão realizar em duplas. A dupla de cada um é a pessoa na sua direita.

Sophie fitou Neville com espanto e deu-se conta de que quem estava na sua direita era justamente Benedict.

"Maldito dia que ele decidiu ficar do meu lado pra me encher o saco", ela xingou em sua mente.

Quando finalmente cedeu e olhou para ele, viu que Ben tinha um sorrido de orelha a orelha e uma malícia brincando nos olhos.

- Será um prazer fazer o projeto com você, Soph.

- Não me chame mais assim. – Ela rebateu com um ar severo. – Se vai mesmo ser minha dupla, vai prestar atenção, vai estudar e redigir tudo. Não vou fazer absolutamente nada por você.

Sophie percebeu que aquilo o pegou desprevenido, mas ele logo se recompôs.

- Vou ser o melhor dos parceiros de projeto.

- Tenho sérias dúvidas. – Ironizou ela enquanto saía da estufa e o deixava para trás.

Pegou o caminho mais longo antes que ele viesse atrás dela, assim teria alguns momentos de paz para colocar os pensamentos em ordem. Precisava muito acalmar sua cabeça. Pelas barbas de Merlim, o que Benedict estava planejando? Por que ficara ao lado dela justo hoje? Será que ele sabia que Neville dividiria a turma em duplas naquela aula?

Sophie sacudiu a cabeça. Não, ele não teria como saber. Com certeza havia sido uma coincidência, um golpe de sorte da parte dele.

Ela precisaria de todo o seu autocontrole para manter-se firme, afinal seu coração não era imune aos charmes de Benedict e se entregaria sem nem pensar duas vezes se ela permitisse, mas sabia que precisava se conter.

Sophie Beckett não seria apenas mais uma conquista no hall de Benedict, estava determinada a não deixar que isso acontecesse.