Como tudo começou-parte 1

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Tori, André, Jade e Robbie estão reunidos á porta da escola Hollywood Arts, a conversar casualmente, enquanto esperavam por Catarina Valentine, mais conhecida como Cat, a entusiasta ruiva da escola.

-Não é costume dela chegar atrasada- comentou André, com um tom de preocupação na voz. Tori olhou para o namorado com um sorriso de compreensão, afinal, Cat era uma das suas mais antigas e melhores amigas, sendo, por isso, natural que André se preocupasse com a mesma. 

Quando Jade ia responder algo, provavelmente algo desagradável, quando um barulho de uma mota chamou a atenção dos alunos presentes na entrada da escola. A bordo da mota, via-se duas adolescentes, uma loira e uma ruiva. O grupo aproximou-se da mota, reconhecendo, com espanto, Cat como sendo a ruiva. A mesma deu um beijo na bochecha a Sam, a loira, e despediu-se dela.

Cat aproxima-se sorridente e saltitante do grupo. Tinha vestido um top branco de renda e uma saia cor-de-rosa choque, e uns sapatos fofos com uns laços. O entusiasmo é visível no seu rosto, mais do que o normal, e conseguia-se sentir a alegria a irradiar da ruiva.

-Então- riu André- porque estás tão feliz hoje, little red?

-Vocês nem vão acreditar!- começou Cat, praticamente a gritar e excitada- o meu irmão foi considerado curado pelo hospital especial onde ele anda! Nós vamos poder estar juntos, comer gelados, e ele prometeu que mudou! Vai ser tão divertido!

-O teu irmão, Cat?- perguntou André- O que é isso de hospital especial?

-É um hospital psiquiátrico, cabeça de atum- respondeu rudemente Jade, atraindo as atenções e surpreendo os amigos- Esperem, vocês não sabiam?

-Eu não fazia ideia, Cat... Porque é que ele estava num hospital psiquiátrico, Cat?- perguntou levemente Beck, preocupado. Jade não pode evitar sorrir. Ela sempre achou fofo como a de um irmão mais velho que Beck tinha com Cat. 

Cat, entretanto, ficou em silêncio, causando ainda mais curiosidade e  preocupação aos amigos. Quando Robbie ia insistir, a campainha tocou, chamando para as aulas. Cat aproveitou a deixa e voou até á sala de aula, evitando mais perguntas desconfortáveis. 

Sikowitz entrou na sala, animado e, como sempre, com um coco na mão. Ele começou a falar de um projeto qualquer, mas Cat não ouviu. Cat estava, simplesmente, absorta no seu mundo que, ao contrário do que todos pensavam, não eram só arco-íris e unicórnios. Não, Cat tinha mais problemas do que a maioria das pessoas, e estava psicologicamente arrasada. Mas nunca ninguém reparava. As pessoas acreditam no que querem, pensa Cat, e é difícil desconstruir uma imagem que fizeram na sua mente. 

O barulho do seu Pear Phone despertou a sua atenção. Sabia que não devia pois estava em aulas, mas estavam todos tão concentrados no Sikowitz que ninguém iria reparar, no final de contas. Era uma mensagem do seu irmão, depois de lê-la, a sua pele ficou branca e começou a suar. Começou  a sentir-se um pouco tonta, e quando a classe percebeu, Cat estava inconsciente no chão.

-Cat!- gritaram os amigos em uníssono, dirigindo-se para ela preocupados. Jade verificou a pulsação, e respirou de alívio ao ver que tinha uma pulsação normal e respirava. 

- Tori, Jade, André e Robbie, levem-na para a enfermaria já!-ordenou Sikowitz, preocupado com a sua aluna. O grupo obedeceu, e pegou na ruiva inanimada, levando-a em direção á enfermaria. 

Chegando á enfermaria, encontraram, para alem da enfermeira, Lane, o orientador da escola. Ambos ficaram surpreendidos ao ver Cat inconsciente, apressando-a para colocar a mesma na maca para ser examinada. 

Depois de um breve exame, a enfermeira mandou todos entrar, incluindo Lane, que, para além de querer saber de Cat, tinha de ligar aos pais dela a informá-la. 

- Se tivesse de adivinhar, diria que isto foi provocado por nervosismo ou por algum choque emocional- diagnosticou rapidamente, deixando todos pensativos. - Ela deve acordar a qualquer mo.. E já acordou

-O-olá- cumprimentou Cat fraca- o que se passou? Onde estou?

-Tu desmaiaste, Cat.- informou Lane -Tenho de informar os teus pais, qual é o número deles?

-NÃO, OS MEUS PAIS NÃO!





Continua...

Saving CatOnde histórias criam vida. Descubra agora