Enquanto isso, no apartamento da família Valentine, Cat encarava o seu antigo quarto. O pó era visível, indicando que ninguém entrava no quarto há algum tempo, mas o resto estava intacto: os seus peluches, a sua cama fofa onde costumava saltar por horas, os pósteres de My Little Pony, até se podia observar uma ligeira rachadura na parede feita por Jade West durante um ataque de raiva.
Que saudades ela teve do quarto! Realmente, era uma pena visitar o quarto apenas nesta circunstância. Ainda se lembra ontem do dia em que os pais simplesmente partiram com o irmão, deixando-a desamparada apenas com a Nona e sem um último abraço. A Nona fez um bom trabalho, mas um pai é um pai- e, embora os pais a tenham magoado física e psicologicamente, o coração otimista de Cat esperava mais deles.
Eles nem sequer esperaram que ela chegasse da festa de pijama onde se encontrava. Quando chegou a casa, apenas encontrou as suas coisas á frente dela e um bilhete a dizer que tiveram de ir para o tal hospital psiquiátrico com o irmão, e que voltavam em seis meses a oito anos.
Cat ainda se lembrava do que chorou quando ligou ao pai, no mesmo dia, a pedir explicações:
-Cat, já não és um bebé. O teu irmão precisa de nós. Podes parar de dramatizar por um momento? Foram as tuas mentiras que o puseram assim e tu sabes disso. Agora, menina, vire-se sozinha. Arranja um emprego se for preciso, faz algo útil da vida.
As palavras ainda magoavam, passado este tempo todo. No fundo, ela não conseguiu odiar o irmão, nem os pais. Ela só se odiava a si mesma, e culpava-se pelo ódio que os seus pais desenvolveram por ela ao longo do tempo. Afinal, pensava consigo mesma, tinha de ter feito algo para merecer isso, certo?
Cat começou a afundar-se numa depressão profunda, sem sequer se aperceber. Na cabeça dela, a culpa era dela. Toda dela.
Quando Sam salvou Cat do camião do lixo, significou mais do que impedir que ela fosse levada para uma lixeira. Para Cat, significou alguém que se preocupava com ela, alguém que não se queria livrar dela a todo o custo. Sam e Cat, tão diferentes e ambas com problemas, foram consertando-se uma á outra da sua maneira. Á medida que se foram conhecendo, a sua amizade foi aprofundando e transformando-se em algo especial.
Sam salvou Cat sem exigir nada em troca (sem ser o frango frito). Sam cuidou de Cat quando esteve doente, preocupou-se genuinamente com ela embora o tentasse disfarçar e aceitou os erros de Cat como nunca ninguém tinha feito antes. E se isso não era amor, Cat não sabia o que era.
Um traço de esperança surgiu, embora as lágrimas continuassem a escorrer pela cara fortemente. Atingiram rapidamente a fita adesiva a cobrir a boca de Cat, encharcando-a desagradavelmente. Numa tentativa de se livrar da fita que lhe amarrava os pés, Cat desequilibrou-se com um grande estrondo. Arrependeu-se imediatamente de o ter feito depois de ouvir passos a atingirem a porta.
Cat ouviu a maçaneta a ser girada raivosamente, e paços a vir na sua direção.
Continua...
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Saving Cat
FanfictionOnde Cat desaparece misteriosamente depois de se encontrar novamente com o seu irmão, supostamente curado psicológicamente. O gang de Victorious, juntamente com Sam, desesperada para encontrar a "amiga", tentam ao máximo encontrá-la, descobrindo os...