Capítulo 10-Rendição

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Pov Carolina Marzin

O rolls royce phantom passou pelos enormes portões de minha casa lentamente, sendo devidamente revistado pelos seguranças na portaria.

Everton repousou a mão sobre minha coxa em um carinho suave. Eu encarei seu rosto que, carregava um sorriso cansado. O homem me fitou, antes de bocejar pela quarta vez em menos de dez minutos. Eu sorri para ele, antes de voltar meus olhos para a mulher que estava sentada do outro lado. Bárbara não me olhava nos olhos. Provavelmente nervosa demais pela situação. E eu não estava diferente, afinal, aquela era a primeira vez que eu dopava Everton. Aquela era a primeira vez que eu o trairia dentro de nossa própria casa.

-Chegamos. - O homem falou.

Jordan rapidamente se aproximou da porta, abrindo para que pudéssemos sair. Everton saiu do carro, e gentilmente estendeu a mão para mim, e logo depois para Bárbara. Subimos as escadas em direção a porta de entrada. Em um completo silencio.

- Finalmente, estava exausto. - Disse ele, enquanto desabotoava seu blazer.

-Eu acho que já vou. - Bárbara comentou.

Me virei de frente para ela, que também recebeu um olhar de Everton.

- Não mesmo. Você fica.

Os olhos castanhos da agente se fixaram nos meus por uma pequena fração de segundos, e logo desviaram.

- Está tarde, agente Passos. Fique, amanhã de manhã bem cedo mando levar você em casa. - Meu marido falou calmamente.

- Mas...

-Sem mas, querida. Eu vou levar você até o quarto de hospedes.

- Faça isso, meu bem. E depois venha para o quarto comigo. - Falou em meio a um bocejo.

- Pode deixar, meu bem.

Me aproximei de Everton, depositando um beijo rápido nos lábios de meu marido que sorriu. Eu daria tudo para ver a cara de Bárbara agora, ou ao menos saber o que estava se passando em sua cabeça.

- Boa noite, agente Passos. - Disse ele antes de subir a escada para o segundo andar.

- Boa noite, Sr. Lima.

Assim que Everton sumiu no alto das escadarias, eu voltei minha atenção para Bárbara. Ficamos uma de frente para a outra, sem falar absolutamente nada. O clima parecia estar pesado e intenso.

- Vou lhe mostrar seu quarto.

-Eu vou embora.

Bárbara falou se afastando.

- Você não vai. - Segurei em seu braço rapidamente, fazendo seu corpo parar.

-Vou.

- Tem tanto medo de mim assim, agente Passos?

Bárbara virou seu corpo novamente em minha direção. Ela tinha as sobrancelhas unidas, com o cenho franzido.

-Eu não tenho medo de você, Carolina. - Sua voz soou rouca, sexy.

- Ótimo, então fique.

Bárbara suspirou, ainda com o olhar fixo em mim. Eu não ousei desviar, eu mostraria que estava firme ali.

-Tudo bem, Sra. Lima.

Abri um sorriso de canto, mas nada falei. Apenas dei as costas para a morena e, caminhei em direção a um dos corredores. Bárbara prontamente se movimentou, e caminhou atrás de mim. Havia dois quartos de hospedes naquela casa. Um ficava no segundo andar, bem ao lado do meu quarto com Everton, e outro no andar de baixo. Bárbara ficaria nele.

Xeque-Mate | adaptação BabitanOnde histórias criam vida. Descubra agora