Kênia
Eu não estava acreditando no que estava acontecendo.
O espião me mantinha presa contra ele, enquanto sua língua ardilosa explorava cada lugar da minha boca.
— Saía. -grunhi contra seus lábios.
— Não se faça de difícil, pela mãe. -ele praticamente choramingou.
Espalmei seu peito com as duas mãos e fiz pressão o empurrando para longe de mim.
Ele me encarou incrédulo e eu bufei afastando uma mecha de cabelo que havia se desarrumado.
— Se pensava que assim conseguiria algo está enganado demais. -falei caminhando.
Controlando minha respiração, ordenando que meu coração ficasse quieto diante da onda elétrica que passou pelo o meu corpo.
— Eu não sou domável. -ciciei para ele.
— Eu nunca disse que era. -ele rebateu.
— Mas pensou quando me beijou, achou que eu fosse te aceitar apenas com isso. —eu o encarei de cima a baixo— eu não sou qualquer uma que se derrete ao primeiro toque de um macho, Azriel.
Ele me encarou.
— Se fosse assim eu não estaria todos esses anos sozinha. -arqueei uma sobrancelha.
— Você não está sendo...
— Eu estou sendo racional. —ergui o queixo— não é porque somos parceiros que você vai me beijar e sairemos em um mundo colorido e perfeito.
— Eu não pensei assim. -ele disse.
— Pensou. -declarei caminhando até minha mesa.
Eu sentei em minha cadeira, entrelaçando os meus dedos, encarando o espião de forma séria, de forma política.
— Era apenas isso para que veio até mim? -questionei.
Ele estava de boca aberta.
— Você é fria. -ele murmurou.
Eu rosnei, batendo contra os punhos na mesa.
— Não fale do que não sabe. -ciciei.
Ele rosnou de volta.
— Você é fria e sem um pingo de sentimentos. -ele disparou.
Eu ergui uma sobrancelha e ele arregalou os olhos.
— Me desculpe, eu não...
Eu o cortei.
— Você não é o primeiro e nem será o último a me dizer isso. -batuquei com os dedos na mesa.
Ele me encarou.
— Vocês me chamam de fria, sem sentimentos.. —um riso amargo— mas não sabem quantas de mim eu precisei matar para ser quem eu sou hoje.
Eu ergui o queixo, a postura inabalável de uma rainha.
— E não me arrependo de ter tirado o sangue lentamente de cada uma delas.
Ele estremeceu.
— Então me conte. -ele pediu.
— Nunca. -o olhei afiada.
— Tem que confiar um pouco em mim. -ele disse.
— Eu não confio nem em mim mesma. —eu declarei— por tanto, resolveremos isso politicamente.
— Como? -ele me encarou confuso pelas palavras.
— Azriel, eu não sou fácil, por tanto serei nada mais que uma dor de cabeça para você, me diga o que quer para me deixar e resolvemos isso. -falei.
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Corte de Sombras e Trovões
FantasyUma suposta guerra estava por vir, e os grão-senhores mais uma vez teriam de unir suas forças para vencer a nova ameaça que colocaria em risco a paz que haviam conquistado desde a última guerra. E agora eles precisariam de toda a ajuda possível, e e...