Capítulo 6

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Azriel

A minha parceira fugiu de mim?

Eu estava caído no sofá com uma garra de vinho enquanto Cassian tentava tocar uma música "melancólica" no piano do Rhys.

— Desisto, sofre sem música, Az. -ele disse.

Eu tomei outro gole do vinho.

— Ela não fugiu tecnicamente falando. -disse Rhysand.

Eu o encarei.

— Vocês só descobriram quando ela estava atravessando então não teve como ela ficar. -ele disse.

— Mas logicamente falando em quem é formado nos estudos "conhecer a Kênia" ela te jogaria de um penhasco, com as asas amarradas, sombras amordaçadas, dentro de um furacão de raios. -disse Mor danso um gole do vinho.

Eu caí novamente no sofá.

— Deixa de deprê. —disse Cassian— olha aí, você um cara bonitão, gostoso e tatuado, de envergadura invejada pelo Rhys, é claro que ela vai te querer.

— Ei! -Rhys gritou enquanto Mor caía na gargalhada.

— Aceita que a sua é menor que a nossa! -gritou Cassian enquanto fugia do grão-senhor.

Eu inspirei fundo após secar a garrafa.

— Mor, você a conhece bem, você é a melhor amiga, dela, pela mãe, me diz o que é que eu faço. -implorei.

— Reza. -ela disse.

— Eu estou falando sério. -falei.

— Eu também. -ela disse.

Eu estremeci.

— Vocês transaram depois do rita's não foi? -ela perguntou divertida.

Eu assenti, pela mãe, foi o melhor de toda a minha existência.

— Então você já tem um pouquinho de conexão com ela, Az, pouca mas tem. -ela disse.

Eu a encarei, inclinando a cabeça.

— Kênia é fina, recatada, e consegue ser bruta de um jeito bem elegante. -ela disse- porém toda pedra bruta tem uma jóia escondida por dentro.

— O que quer dizer? -questionei.

— Que você deve lapidar a pedra que ela quer que todos vejam, e ache o diamante que está dentro dela. -ela explicou.

— O que raios isso tem haver com pedras? -questionou Cassian parando de fugir do Rhys.

— Kênia pode parecer desinteressada na parceria no começo, mas nunca duvide que ela não o quer. —disse a loira— Kênia é quebrada pelo o passado mas isso não impediu de ela olhar para as estrelas e desejar.

— Ela é uma sonhadora. -eu disse.

Ela assentiu.

— Ela é uma guerreira, e merece o sua felicidade depois de tanto lutar pela a dos outros. -ela disse.

Eu me ergui cambaleante.

— Vou atrás dela. -falei.

— Eu vou junto! -disse Cassian.

Nós o encaramos.

— Quê? Vai que ela te mata com um trovão? Agente acha que você está trancado em um quarto com ela mas na realidade está na terra do leite e mel acima? -ele disse.

Ele tem um ponto.

Eu cambaleei até a porta.

— Você não vai assim, vai? -questionou Mor.

Corte de Sombras e TrovõesOnde histórias criam vida. Descubra agora