Oie pessoal!
Teremos um spin-off sobre Apolo!!! Estou muito animada e a capa já está feita! Espero que leiam <3
Queria avisar vocês também que Anxiety está na reta final, talvez mais um capítulo e um epílogo, ainda estou planejando.
E por favor, leiam as notas finais porque tem a explicação de alguns nomes e termos do capítulo.Boa leitura! <3
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Aquilo estava um caos e Jason não entendia como Thalia poderia estar sorrindo. Às vezes ela assustava o loiro.
Eles estavam no que, futuramente, seria o escritório de arquitetura deles. As obras já começaram e ia ficar lindo. Tudo estava perfeito, se não fosse Annabeth e Reyna discutindo fervorosamente quem ia ficar com uma das salas em específico.
— Aposta quanto que essas duas ainda vão colar um velcro? — Apolo perguntou enquanto mascava um chiclete. Jason engasgou com a água que estava bebendo.
— Apolo! Que falta de decoro. — a risada foi inevitável — Cinquentinha.
— Fechado. — Apolo sorriu também.
— Será que os bonitos poderiam parar de debater a sexualidade alheia e vir ajudar aqui? — os olhos de Ártemis fulminavam os dois loiros.
Eles prontamente obedeceram e foram para o cômodo que seria o escritório de Thalia, não sem antes cada um levar um tapa na cabeça.
***
Era novembro, Día de los Muertos*, e Jason e Leo estavam no cemitério. Nos braços dos dois tinham crisântemos e cempasúchil* laranjas, cravos de diversas cores e velas. Parecia que toda a comunidade latina de Nova Iorque estava ali para celebrar a memória de seus mortos.
— Isso me ajuda sabe, a superar o luto. — Leo falou enquanto agachava em frente ao túmulo de seu pai. Começou a tirar as flores da cesta. — Pensar que ele está em um lugar melhor e que lembra de mim e que sabe que eu não esqueci dele.
Ajeitaram as flores e acenderam as velas. Um longo silêncio se fez e Jason demorou a perceber que Leo chorava baixinho.
— Vamos. Temos uma celebração tediosa para ir. — Leo levantou-se e deu as mãos para Jay, seguindo para a saída do cemitério.
Para evitar um desconforto social, Leo aceitou o convite de seu único tio legal, Asclépio* (estranho, eu sei), para comparecer à celebração da família.
Leo não é brigado com a família, mas sempre que o assunto era ele ou seu pai, as coisas ficavam estranhas. Eles não gostavam dele desde que era criança, talvez porque ele sempre fora muito agitado e curioso, falava demais e ter se assumido gay só piorou as coisas 1000%. Mas, sinceramente, Leo não se importava nem um pouco em agradá-los e seu pai também não o fazia.
Hefesto era genial. Habilidoso com tudo que ele poderia modificar ou criar. Excelente mecânico e pai nota 10. Saiu de casa aos 18 pronto para ganhar o mundo, o que de fato aconteceu. Criou diversos tipos de ferramentas e máquinas (das quais Leo herdou as patentes) que ajudaram principalmente a indústria metalúrgica.
Eles eram muito parecidos, mas Hefesto insistia em dizer que o filho era mais inteligente e que iria mais longe. Os olhos chegavam a brilhar.
A família Valdez nunca apoiou seu pai em nada, pelo contrário, sempre tentaram desmotivá-lo. Mas ele era uma rocha inabalável. Em um linguajar normal, Hefesto estava pouco se fodendo para eles.
Ele era o herói de Leo, definitivamente.
— Leônidas! Querido! — Leo teve ânsia de vômito ao ouvir sua tia Rosa. Ele a odiava, mesmo. Parecia que toda a maldade do mundo se condensava nela. — E você é?
— Jason, namorado do Leo. — Jay estendeu a mão para cumprimentá-la, mas ela recusou com nojo.
— Coloque a foto de seu pai no altar nos fundos. Estou terminando los panes, mas vou levar um pouco de farinha para Maria antes. — ela ignorou Jason e caminhou para a casa da vizinha.
A contragosto, entraram na casa do Brooklyn de sua tia encontrando seu tio Asclépio comendo algumas calaveras de azucar como se estivesse cometendo um crime.
— Não contém pra Rosa, se não vai ser a minha calavera que ela vai comer. — ele disse com a bocha suja de açúcar e o sotaque espanhol forte.
Asclépio era médico e passou grande parte da vida longe da família Valdez, estudando pelo mundo e atendendo os necessitados. Mas agora estava de volta e Leo tinha pelo menos um aliado naquele ninho de cobras.
— Não se preocupe tio, segredo nosso. — Leo riu. — Esse é o Jay, meu namorado.
— Prazer, rapaz. — ele estendeu a mão e cumprimentou o loiro.
— O prazer é todo meu, senhor.
— Não me chame de senhor, pelo amor de Deus. Você tem um antialérgico? Esta maquiagem está me matando. Ai não precisa, eu aguento. — ele lavou as mãos na pia da cozinha, tomando cuidado com as diversas comidas por perto. — Leo, Rafael chegará só mais tarde e provavelmente ficará só uns 20 minutos, está com a família da namorada ou algo assim. Então aproveite a noite, filho.
— Obrigada tio.
Rafael era primo de Leo e filho da odiada Rosa. Uma peste. Implicava com Leo desde criança e tudo que ele fazia de errado, dava um jeito de culpar Leo. Seria uma tentação não dar um soco nos dentes dele quando o visse.
***
Aquele dia foi ruim (como era de se esperar, dado a anfitriã tia Rosa) e tinha tudo para ser apenas isso se Jason não tivesse acordado no hospital na manhã seguinte.
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*Día de Los Muertos - No México, o Dia dos Mortos é uma celebração de origem indígena comemorada no dia 2 de novembro em honra aos falecidos e quando as almas são autorizadas a visitar os parentes vivos.
*cempasúchil – Também conhecido como cravos-de-defunto. Segundo as crenças, as pétalas dos cravos-de-defunto guardam o calor do sol e representam o divino, guiando as almas até o mundo mortal no Día de Los Muertos.
*Asclépio - Filho do deus Apolo com a mortal Corônis. A lenda conta que ele foi criado pelo Centauro Quíron, que o educou na arte das ervas medicinais e das cirurgias. Se tornou, portanto, o deus mais apropriado no panteão para os doentes e desesperados.
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Anxiety
RandomJason só queria todos os seus problemas resolvidos, era pedir demais?