Meu príncipe encantado - 𝒅𝒓𝒂𝒓𝒓𝒚

Day at the castle

Pov Draco Malfoy

Eu odiava o mundo.

As pessoas eram totalmente cruéis e se achavam melhores que outros.

Mas no fundo, somos todos iguais.

Não importa se você é rico ou pobre, não importa se você é alto ou baixo, não importa se sua pele é branca ou preta.

Todos éramos iguais por dentro, todos tem corações e sentimentos, todos sentem dor.

Ninguém era melhor do que ninguém nesse mundo cruel em que infelizmente eu vivia.

A vida é como um sopro levando as folhas com a brisa, quando você menos espera, essa brisa te leva como uma simples folhinha para longe de sua árvore.

Nem sempre acontecem como esperávamos no final.

Eu imaginava ter uma vida simples e normal como qualquer outro adolescente, e cá estou, sendo o príncipe herdeiro da coroa real.

Não imaginava que vida de príncipe herdeiro fosse tão cansativa e tediosa.

Minha vida se tornou um loop e eu detestava isso, mas é como meu pai diz: eu não tenho escolha, ser o príncipe herdeiro não é um castigo, e sim um privilégio.

Revirei os olhos com aqueles pensamentos.

Privilégio coisa nenhuma.

As vezes me sentia sufocado e ver aquelas pessoas simples fazerem reverência para mim enquanto eu entrava no castelo não me ajudava, nem um pouco.

Era tão... injusto, eu só queria poder ajudar aquelas pessoas e fazerem elas terem uma vida melhor, viver de verdade e aproveita-lá enquanto pode, pois aquela brisa pode te levar em um segundo.

Me sentia sozinho, me sentia tão infeliz, me sentia triste, me sentia... fraco.

Meu pai teria decepção de mim neste momento, um malfoy nunca se sentia fraco mas ali estava eu, se sentindo totalmente fraco e sozinho.

Eu odiava os guardas costas me seguindo por toda parte para que nenhum maluco pulasse em mim ou quisesse me matar, eu não preciso de proteção, eu sei muito bem me defender sozinho.

As vezes só queria mandar eles irem se fuder e largarem do meu pé, não suportava mais eles me seguindo como se fossem sombras, minha sombra.

Estava tão preso em meus pensamentos que saí deles quando cheguei a um quarto, o meu quarto.

Tirei os sapatos e praticamente me joguei na cama, me afundando naqueles cobertores tão confortáveis e macios.

Não iria reclamar de ser o príncipe, príncipe herdeiro. Mas as vezes era tão estressante que chegava a dar uma dor de cabeça insuportável e eu só queria sumir dali.

Me assustei com o barulho da porta se abrir.

Era meu pai.

Lá estava ele, com seus cabelos grandes, loiros quase brancos como a neve, suas vestimentas eram em um tom avermelhado com branco, dando um ar de superioridade e liderança.

Usava uma roupa vermelha, sua capa era vermelha e branca, com alguns pontinhos pretos na parte branca, que parecia ser de algum tipo de pelo animal. Estava usando também meia calça branca com seus clássicos sapatos sociais.

E ali estava ela.

A coroa real.

A coroa que eu herdaria.

A coroa que iria me fazer ter dor de cabeça todos os dias.

Ela era feita de ouro reluzente, e no topo haviam esmeraldas e safiras, o objeto tinha uma beleza extraordinária e uma luz que brilhava mil sóis, sua superfície era tão polida que refletia meu rosto, fiquei deslumbrado com a complexidade dos detalhes, era o objeto mais belo que eu já havia visto.