14 Capítulo

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Eros Jesus






— Eu vou morar com você? _Eu assinto e pouso suas coisas no sofá. — Filho, eu não quero atrapalhar sua privacidade. _Disse triste e apontou para as sacolas. — Não precisava gastar tanto dinheiro comigo.

— Você é a minha mãe e tudo quê é meu, é seu. _Dei a volta no sofá, recolhendo uma das suas mãos e trazendo o dorso para depositar um beijo. — Minha privacidade faz parte da minha vida pessoal e consequentemente você se torna a parte mais importante dela, porque tudo que sinto que pode ser um meio para me prejudicaram é algo ou alguém para está privado. Você é a minha mãe e meu dever é protege-la.

— Filho, eu quis dizer sobre seus relacionamentos. Não quero ser um peso. Você é um homem feito e precisa ter seu espaço para suas diversões.

— Não diga besteira. Meu apartamento não é um espaço para diversão, é o meu lar, lugar que respeito e não um antro de luxúria e libertinagem. _Entrelaço sua mão e a puxo para sentarmos no outro sofá.

— Você não traz mulheres aqui? _Perguntou estranhamente desentendida.

— Não.

— Você não tem ninguém? _Se espantou.

— Estou livre. _Sorrio.

— Mas você se diverte, ou não? _Ela ficou curiosa.

— Quer saber se eu ando transando?

Ela tossiu, soltando minha não e levando ao peito.

— Você não é nada delicado. Eros.

Cresço o sorriso.

— Desde quando chegou no meu apartamento a senhora quer saber a respeito disso que eu sei.

— Então? _Pareceu um incentivo para que eu finalmente respondesse.

— Corrigindo, eu tenho alguém, porém estou livre.

Seu olhar modificou o tamanho.

— Você namora? Está noivo e vai casar? Filho, você não me contou...

Rapidamente balanço a cabeça, negando totalmente.

— Não. Não tenho nenhum relacionamento sério com essa pessoa e não penso em ter, saímos apenas para encontros casuais, onde ela me dá o que eu quero e vice-versa.

Minha mãe fez careta, encarando-me com acusação.

— Vocês mais jovens são todos tão liberais.

— Não considero nada liberal e sim uma junção de atrativos em comuns e que dois corpos podem oferecer um ao outro. Não é liberal, é algo livre e sem esperança de expectativas futuras, nos usamos até onde dá para os dois e ficamos conversados que respeitaríamos quando um dos envolvidos quisesse mudar a rota dos planos. Não somos crianças e não agimos na emoção.

— Quer dizer que não há chance de eu conhencê-la?

Nego e reafirmo.

— Nenhuma chance.

— Você traz ela aqui?

— Não. Na maioria das vezes vou até ela, ou nos encontramos em algum lugar reservado. Não gosto de chamar atenção e menos ainda ficar mudando de mulher o tempo todo. Por conta do meu trabalho preciso preservar minha identidade.

— Você não confia em ninguém, não é?

— Errado. _Fico de pé e estendo uma mão. Ela me entrega a sua. — Eu confio em você. _Sorrio e minha mãe fez certo esforço para levantar-se, despertando minha fúria interna por reconhecer o quanto ela havia sofrido nas mãos daquele desgraçado que me deu a vida e brincou comigo como se eu fosse um boneco. Limpo a garganta. — Venha ver o que mandei preparar para a senhora comer.

LUZ SOMBRIA (2)Onde histórias criam vida. Descubra agora