— Neville? – questionou Hermione, ao passo em que ele já corria para nos abraçar.
Ao nos afastarmos, vi que Neville carregava uma aparência bastante machucada.
— Eu sabia que vocês viriam! – ele disse eufórico, intercalando seu olhar entre mim e Harry. – Sempre disse ao Simas que era uma questão de tempo!
— Nev o que aconteceu com você? – questionei.
— Isso? – ele perguntou, apontando para os arranhões e manchas de sangue na bochecha. – Nada de mais. Então vamos?
Minha testa se enrugou em pura desconfiança, mas assentimos e Ron subiu no console, sendo seguido por Hermione e Harry.
— Obrigada, Aberforth – falei. – Espero que você mude seu ponto de vista sobre a Guerra e passe a acreditar que ganharemos – seus olhos incrivelmente parecidos com os de Dumbledore me estudavam minuciosamente. – Por que é isso que acontecerá.
Subi no console e entrei no buraco atrás do retrato de Ariana. O túnel era escuro, e o cheiro horrível e penetrante de paredes úmidas e velhas, somado ao tamanho do lugar, fizeram meus pelos se arrepiarem. Um arrepio que não era possível ser desfeito.
Segui para frente, ao lado de Neville. Ele começou a nos atualizar sobre o quão horrível estava a situação em Hogwarts, e nós resumimos nossas férias de maneira rápida e nada sólida com a veracidade do que realmente acontecera.
— Amico ensina o que costumava ser Defesa Contra as Artes das Trevas, só que agora é apenas Artes das Trevas. Temos que praticar a Maldição Cruciatus nos alunos que ganharam detenções...
— QUÊ? – as vozes de Harry e Hermione se propagaram pelo túnel.
— Poderia tê-lo matado daquela vez, S/n – disse Ron e eu me lembrei da vez em que tive a chance, no Ministério.
Continuamos andando e conversando. Eu mechia em meus dedos para afastar o cheiro de umidade que preenchia meu nariz, e tudo o que eu queria era sair do lugar o mais rápido possível. Espaços fechados e escuros demais não eram o meu forte.
Harry, há muito se colocara ao meu lado novamente e vez ou outra me dava um empurrãozinho ombro a ombro ou entrelaçava nossas mãos, tentando me distrair.
Sorria sempre com sua demonstração de preocupação.
No escuro, vi que o colar brilhava. A pedra em cor púrpura segurada pelo dragão parecia ganhar vida ali e eu podia, mesmo que sem ter a certeza, sentir a magia correr por minhas veias, quente como chamas flamejantes.
— Chegamos – disse Neville, de repente.
Viramos um canto e logo adiante a passagem terminava. Um pequeno lance de escadas levava a uma porta igual a que havia atrás do retrato de Ariana. Neville abriu-a e galgou a escada.
— Vejam quem está aqui! Eu não disse a vocês?
Ao emergir da passagem para a sala além, ouvi gritos e aplausos...
— HARRY!
— S/N!
— É Potter, é POTTER! POTTER E BENNET!
— Ron!
— Hermione!
Eu estava confusa mas o tempo para processar a recepção calorosa foi mínimo. No instante seguinte estávamos abraçados, recebendo palmadas nas costas, tivemos os cabelos despenteados e as mãos apertadas aparentemente por umas vinte pessoas.
Quando todos se afastaram, vi Louis vindo em minha direção com os braços abertos. Me atirei sobre ele, o abraçando de forma apertada enquanto ele retribuía o ato na mesma intensidade.
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𝗮𝘀 𝗮 𝗳𝗮𝗺𝗶𝗹𝘆 ! 𝗵𝗮𝗿𝗿𝘆 𝗽𝗼𝘁𝘁𝗲𝗿
FanfictionEla perdeu os pais muito nova, por motivos que nunca a foram revelados. Ele passou pelo mesmo, porém, a causa da perda ficara marcada em sua testa para sempre. Seus Destinos se cruzam na escola de magia e bruxaria Hogwarts, onde descobrem quem realm...