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Sete capítulos para a fic acabar.

Escrevi este ouvindo Long Way Home acústico, se quiserem ouvi-la também, deixaria mais 'emocionante'.

Capítulo dedicado para todos que lêem a minha fic e não a abandonaram mesmo com a minha demora para att. Vocês são demais, eu amo cada uma de vocês.

Comentem lá no Q&A (((capítulo anterior))) para que eu possa fazer algo legal pra vocês.

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Nos três dias que se seguiram, Michael estava estranho. Luke não entendia o por quê, o que teria feito para chatear o outro?

Suspirou alto, chamando a atenção de Ashton, que estava ao seu lado.

"O que foi?" O cacheado perguntou.

"O que eu fiz pro Mike?" O loiro lança para o mais velho um olhar triste.

"Você disse que nunca ficaria com um cara," tentou explicar "e bem, ele é um cara." Deu de ombros.

"É por isso?" Luke se sentiu estúpido por não tem percebido antes. Se levanta da mesa em que estava em uma loja qualquer do centro de Dublin, e pega seu telefone, discando o tão conhecido número do colorido. "Se arruma, a gente vai dar uma volta." Disse simplesmente.

Em torno de uma hora depois, Luke estava parando o carro - alugado - perto de um penhasco com vista para a cidade.

"Que lugar é esse?" Michael perguntou.

O mais novo deu de ombros. "Na verdade, eu dirigi sem destino especifico, e por sorte viemos parar aqui."

"Muito inteligente Hemmings, sair dirigindo por uma cidade desconhecida. Sabe pelo menos como voltamos ao hotel? Já escureceu."

"É para isso que existe GPS." Diz, fazendo o outro revirar os olhos. "Vem Mike, aproveita." Sorri para o garoto em questão e sai do carro, sendo acompanhado pelo mesmo.

Luke se sentou no capô, Michael fez o mesmo, mas se deitou, com os braços atrás da cabeça. Os olhos do loiro não saiam do colorido, que por sua vez, olhava as estrelas.

Longos minutos se passaram e os dois continuavam do mesmo jeito.

"Eu acho que nunca imaginaria isso." Luke suspirou, deitando se ao lado do mais velho.

"Isso o que?" Michael perguntou, alternando seu olhar para Luke e depois para os vaga-lumes ali presentes.

"Isso." diz "Estar aqui, agora, no meio do nada, com você. Eu não sei, até meses atrás essa idéia nem passaria pela minha cabeça."

Michael dá um pequeno sorriso ao mais novo. "Já eu, bem, sempre sonhei com o dia em que você me veria como mais que um amigo."

"Sempre?" Luke se senta, e olha confuso para Michael.

"Sempre." concorda "Aquela história sobre eu te odiar," solta um riso anasalado "nunca foi verdade."

O silêncio pairou entre eles por alguns minutos, mas não um silêncio constrangedor, era um silêncio bom, um silêncio de entendimento, compreensão. Luke entendia como Michael se sentia, e apesar de negar diversas vezes para si mesmo, ele se sentia igual.

"Lembra quando a gente tocava violão na escola?" Michael pergunta com um sorriso no rosto.

"Lembro," Luke ri "éramos péssimos."

"Eu sinto falta disso de vez em quando." sorri triste "Claro, eu amo a vida que temos, eu tô realizando os meus sonhos sendo parte da banda, mas as vezes eu sinto falta de quando tudo era mais simples e mais fácil, como na época em que tocávamos violão na escola, ou quando eu e Cal cantávamos no show de talentos."

"Eu não sinto falta do meu cabelo comprido," o loiro fala, fazendo o outro rir alto "é sério! Era ridículo!"

"Lukey?" Michael chama depois de um tempo.

"Sim, Mikey?"

"Sabe o que estamos fazendo agora?" o colorido pergunta com um sorriso no rosto.

"O que?"

"So we're taking the long way home." canta, e ri, sendo acompanhado pelo outro.

"Cause I don't wanna be wasting my time all alone." o loiro completa.

"I wanna get lost and drive forever, we can talk about nothing, yeah, whatever baby."

"So we're taking the long way home tonight." Termina, sorrindo para o garoto ao lado, que o olhava com os olhos brilhando.

Michael se senta e puxa Luke para um beijo, era um beijo lento, calmo, onde um aproveitava o outro, um beijo cheio de sentimentos e emoções que compartilhavam. Era um beijo apaixonado.

Ao se afastarem, Michael puxa Luke para chegarem perto da beirada - protegida por uma cerca -, e o abraça por trás, depositando um beijo carinhoso em seu ombro.

"Isso aqui é lindo." Luke suspira.

"Sim," concorda "mas sabe o que é mais lindo ainda?" pergunta, e Luke nega com a cabeça. "Você." diz fazendo o outro corar.

"Mikey, eu..." morde o piercing "... eu gosto de você, mais do que eu deveria."

Michael sorriu, ali estava o garoto dos seus sonhos dizendo as palavras que ele sempre quis ouvir "eu também gosto de você, Lukey, muito mais do que eu deveria".

Os dois se beijam novamente, e o fazem várias vezes antes de voltarem ao hotel. Se eu dissesse que eles chegaram logo e sem problemas lá, estaria mentindo. Como nenhum dos dois havia prestado atenção no caminho, demoraram mais de duas horas para finalmente Luke estacionar o carro no grande estacionamento do Hotel. Mas isso não foi capaz de acabar com o humor dos garotos, foram duas das melhores horas de suas vidas, como já era madrugada - haviam chegado no hotel às cinco e meia -, puderam se beijar a vontade quando eram parados por algum sinal vermelho, no rádio tocava alguma musica do Green Day.

Ao entrarem no quarto, os dois se trocaram e logo estavam abraçados em baixo das cobertas, apenas apenas aproveitavam o momento. Luke tinha a cabeça descansando no peito de Michael, e ouvia o som mais lindo de todos, o bater de seu coração. As longas pernas de Luke entrelaçadas com as de Michael, cada parte deles se tocando.

Não conseguiam imaginar coisa ou momento melhor do que o que estavam tendo agora. E para falar a verdade, nem queriam. Michael queria Luke, e Luke queria Michael, isso era tudo o que importava.

What They Can't SeeOnde histórias criam vida. Descubra agora