Até que ponto?

• festa da pizza •

        — Oh, Galinheta, não está tudo tão maravilhoso?! Aposto que o grande Festival Anual da Pizza será um estouro! Ninguém poderá perder.

        Galinheta apenas cacarejou em resposta.

        Prefeita Goodway estava muito animada e ansiosa para a festa da pizza que aconteceria na Baía da Aventura naquele dia, mal podia esperar para receber várias pessoas que viriam de fora para provar as pizzas que seriam servidas ali.

        O Festival da Pizza acontecia anualmente na cidade, onde os moradores doavam objetos e ingredientes para a preparação das pizzas, para logo no fim do dia, juntarem-se todos, tanto da cidade quanto de fora, a fim de se fartarem de vários sabores de pizza.

        Goodway olhou ao redor com um sorriso satisfeito no rosto, apreciando o trabalho feito. Algumas pessoas estavam arrumando seis grandes mesas retangulares, forrando com panos vermelhos e colocando cadeiras doadas ao redor de cada uma delas. Outras pessoas, penduravam fitas verdes, amarrando em árvores e postes, fazendo-as ficarem suspensas no ar.

        A prefeita andou calmamente ao lado das mesas, apreciando o trabalho feito pelo filhote Rock, que estava consertando a perna de uma das mesas com materiais recicláveis. Ryder tinha liberado o cachorro para aquela função, que tinha ido prontamente, não ignorando um chamado de seu dono.

        — Tudo certo, Rock? — a prefeita perguntou.

        — Só mais alguns ajustes... — o filhote apertou mais alguns parafusos em uma ponta do cabo de vassoura que usava no lugar de uma das pernas da mesa. — Pronto! Tudo pronto e seguro, prefeita.

        — Obrigada, Rock. Ficará tudo tão magnífico! Nada pode dar errado hoje.

                               ~

        Sr. Porter, que estava em seu restaurante com seu neto, Alex, batendo e deixando plana a massa de pizza para fazer uma de suas inúmeras receitas, fez um sinal para Alex dar-lhe mais um pouco de farinha de trigo.

        Alex, meio desajeitado, pegou a farinha e tentou levá-la ao avô.

        — Vovô, é verdade que o senhor já fez a maior pizza de todos os festivais da pizza, e era do tamanho de toda a cidade? — perguntou, colocando o que trazia em cima da mesa onde a massa era batida e amassada.

        Seu avô riu.

        — Do tamanho da cidade inteira, não. Mas, sim, era bem grande.

        — Nossa! E o senhor não vai fazer ela?

        Alex se debruçou em cima da mesa, a fim de fixar o olhar curioso em seu vô e na massa.

        — Não. Se eu fizesse, não sobraria tempo para o preparo das outras.

        — Eu ajudo o senhor, não se preocupe!

        Seu neto, então, olhou para os ingredientes amontoados num canto da mesa e pegou a primeira coisa que viu e achou útil: o fermento. Abriu, cheirou para verificar se era aquilo mesmo e correu até o outro lado da mesa.

        — Alex, não! — Porter gritou, já pressentindo o pior quando o neto não viu que no chão havia um de seus carrinhos de brinquedo e acabou tropeçando nele, e, consequentemente, jogando fermento para todo lado.

        O garoto, já caído no chão, lamentou e logo se levantou.

        — Ah, vovô. Sinto muito, eu só queria ajudar. — disse, de cabeça baixa.