53. por que me ajudou?

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Priscila

Saímos dali o mais rápido o possível ela não para de chorar nem por um instante eu fico com dó dela pois ninguém merece passar por isso

Entramos no minha casa

- senta no sofá - digo a ela que me olha com receio - quer comer algo?

- Não - ela responde baixo, mesmo assim pego um copo de água gelada e lhe dou, ela toma tudo sem reclamar

- vem tomar um banho - digo a ela que se levanta me seguindo, paro na frente do banheiro e abro a porta para ela entrar

- obrigada - ela agradece

- eu vou pegar uma tolha limpa e algumas roupas minhas, também tem uma escova lacrada aqui na pia pode pegar - imformo e ela assente, saio Dalí e vou para o meu quarto

Procuro uma roupa para ela e uma tolha limpa, pego uma calcinha que eu comprei quando fui no shopping

Volto para o banheiro bato na porta mas ela não atende, bato de novo começando a ficar apavorada

Toco na maçaneta e vejo que a porta está aberta, entro e vejo ela encolhida no chão chorando

Corro até ela e desligo o chuveiro pois sua pele branca já estava ficando vermelha por causa da água quente

- eu Sou horrível eu... Eu... Sou suja - diz chorando

- você não é suja, quem é sujo é aquele nojento - digo tentando a confortar

Enrolo a toalha em seu corpo e ajudo a sair do banheiro

- toma essas roupas, como está um pouco frio eu vou te dá um moletom e uma calça de moleton também - digo e lhe dou as roupas - e essa calcinha é nova pode até cheirar se quiser

Ela sorri fraco

- obrigada Priscila

- eu vou até a cozinha fazer algo para comer quando terminar pode descer

- ok - ela diz e saio do quarto

Primeiro tomo um banho e visto um vestido longo, vou para cozinha e esquento arroz feijão e faço um bife, faço um suco e salada, ela chega e se senta na mesa

- quer que eu te sirva? - pergunto - aproveita porque é só hoje

- eu me sirvo sozinha pode deixar - diz sorrindo

Começamos a comer em silêncio, ela não falava nada nem eu, queria a deixar confortável

- está melhor? - pergunto

- bem melhor obrigada - responde

- que bom - digo

- Priscila - ela chama a minha atenção - eu queria te agradecer por hoje, eu simplesmente vou ficar na dívida com você para sempre

- que nada, eu faria de novo, ninguém merece passar por isso

- eu também queria me desculpar por ser grossa com você e te tratar mal, é que eu não queria perder o Otávio eu achava que o amava de verdade

- eu te desculpo, só quero que você não me trate mal mais isso dói - digo

- por que me ajudou? - pergunta - porque se fosse outra Pessoa ia virar as costas

- porque como eu já te falei ninguém merece passar por aquela situação, então fiz o que estava ao meu alcance

- você tem o Coração muito bom, Otávio tem sorte - diz olhando para mim de uma forma estranha

- é.. Então como aquilo aconteceu? - digo tentando fazer com que ela pare de me olhar estranho

- eu estava indo para minha casa, quando de repente o carro para tentei ligar mas nada, então descide ir a pé, depois de um tempo caminhando sozinha, percebi que estava sendo seguida comecei a me apavorar e andar mais rápido como eu estava de salto caí e o Homem me alcançou tentei lutar mas ele era mais forte, ele beijou minha boca e senti o bafo nas minhas narinas

- sinto muito - digo triste

- ninguém passava era escuro, até que você apareceu e me ajudou

- ainda bem que aquela ventania vem na hora certa - digo rindo tentando tirar aquele ar ruim do ambiente

- você mora sozinha? - pergunta

- não, moro com a minha mãe, ela deve está na casa do seu Marcos o namorado dela

- atá - ela diz e fuca em silêncio - eu já vou - diz se levantando

- não vai mesmo - protesto

- por que não?

- porque pode ser perigoso, vai que o homem está ai por perto

- é mesmo - ela se senta

- pode passar a noite aqui, eu durmo no quarto da minha mãe ou no sofá

- nada disso você pode dormir na cama comigo - diz e só falo um "ok"

Deitamos na cama em silêncio até que descido quebrar o silêncio

- você é de onde?

- sou da França - responde naturalmente

- lá deve ser lindo

- e é - confirma - e você e de onde?

- eu sou do Brasil, me mudei para cá ainda pequena com minha mãe

- nossa que legal o Brasil também deve ser lindo! - exclama

- o Brasil é lindo só que tem algumas pessoas que estragam ele

- entendo -  ela diz e para por um instante - isso é estranho - volta a falar

- o que é estranho?

- nós duas conversando assim, parecemos amigas de anos

- isso é verdade - concordo

- quantos anos você tem? - pergunta

- tenho 17 e daqui a algumas semanas faço 18

- nossa que legal, eu tenho 24 mas queria ter 18 anos - diz

- você é muito nova, igual a mim - digo e ela sorri

- mas parece que tenho 50 anos minhas costas estão acabadas - diz e sorrio

- te entendo - ficamos mais alguns minutos conversando depois de um tempo caímos no sono bem pesado

Uma nova amizade?

Meu Professor é a Minha TentaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora