No dia seguinte acordamos mesmo tarde.
-Dormis-te bem?- perguntei eu. Ela saltou da cama e exclamou feliz.
-Que nem uma pedra!
Levantei-me como se tivesse chamas por baixo dos meus pés. Não parei de saltar até chegar á varanda. Gritei lá para dentro:
- Deusas, vamos escalar o Monte Olimpo!
- Temos que ir almoçar primeiro.-a Ana estava mais preocupada com a comida.
-Não, comemos lá em cima! Levamos numa mochila e depois papamos, que tal?
Eu e a Cata (Catarina) estavamos demasiado ansiosas para esperar enquanto podiamos simplesmente escalar!
-Ok, então vistam-se que eu preparo as coisas para o almoço, mas comam qualquer coisa antes ainda não comeram nada de nada.
- Nicles batatoides! Nada e nada! -A Cata e a irmã são mesmo parecidas.
Minutos depois...-Já está!-ouviu-se a voz da Ana, da cozinha.-Estão prontas?
Saímos disparads do quarto pegamos as malas, os telémoveis e partimos. Saímos da suite a correr para as escadas. Até houve uma criança que se agarrou ás pernas da mãe com medo! Nada nos parava agora!
Empurrei as portas de vidro que davam para a rua respirei e deixei-as bater por trás de mim. Apanhamos um autocaurro que nos levou lá perto e o resto do caminho fez-se a pé.
Bem, claro que "escalar" não era a sério, só queríamos tocar no monte onde os deuses habitam com as suas lendas maravilhosas. Subimos a uma rocha próxima bem alta e enquanto observavamos aquela beleza fomos tirando as coisas para comer.
-Não é bonito este monte?
-Quem me dera poder escala-lo e conhecer os deuses todos!-fez-se uma pausa entre as palavras de Ana. Depois ela olhou-nos desconfiada e perguntou:
-Ouviram isto?
-O quê? -dissemos em coro, eu e a Catarina.
-Isto!
-O que é que disse?
-Foi assim: "As tuas palavras foram ouvidas, fica atenta e nos conhecarás, em breve."
-Estás a ficar maluca! Ninguém falou nisso!
-Pois, estás demasiado obsecada.-disse-lhe eu.
Isto começava a tornar-se estranho, primeiro a rapariga e a porta agora os desejos no Monte Olimpo. Uau! Será que comheceremos os deuses a sério? Isso seria maravilhoso!
Já em casa...Narrador:Carolina
-Já chegas-te?
-Sim acabei de ... bater com a porta.
-Sê discreta! Já quando chamaram a tua irmã ela fez a mesma coisa. Nada disso irá mudar, pois não? Lembra-te que tu és um portal e só podes transportar aquela Ana que nos quer conhecer. De todos os portais que existem no Olimpo tu foste a escolhida, não me desiludas, filha.
-Sim, pai.
Sinto-me muito honrada. Existem mais de mil portais e eu fui a escolhida. O meu pai podia ter escolhido qualquer uma das minhas irmãs, mas escolheu-me a mim. Mesmo assim espero que essa tal Ana seja rápida que eu tenho que cuidar do meu cãozinho. É o Cérbero.
Ele é muito especial para mim nunca veram um daqueles no mundo. Sou a dona babada de um cão com três cabeças e cauda de serpente. Ele guarda as almas mortas do reino do meu pai, o Hades, deus dos mortos. Mas o meu tio, o deus da morte, deve estar lá a olhar aqueles tristes.
Observei aquele local duma ponta á outra. O quarto onde ela estava era mesmo requintado até mete inveja a uma senideusa. Sim, eu sou uma semideusa e tenho inveja de humanos? Devia ser ao contrário. Sentei-me numa coisa almofadada com coisinhas almofadadas por cima. Eram corações?! A minha tia Afrodite já devia ter passado ali.
Haviam passado algumas horas quando acordei com o barulho de uma chave a rodar na fechadura. A noite já estava em ponta e com os poderes que me pertenciam tornei-me invisível. Elas entraram. Eram três raparigas novas bem diferentes umas das outras. A mais alta sentou-se ao meu lado e as mais pequenas ignoraram-me completamente. Depois ela disse:
-Olá deusa linda!-e agarrou num dos trabalhos feitos pela Afrodite.
Ela sabia que eu estava ali. Uau! Esta devia ser a Ana as outras não me interessam. São mesmo barulhentas só riem! Perguntei á outra:-És a Ana?
Ela estava a olhar para uma coisa retangular. Aquulo fez um barulho ela olhou para ele, sorriu e finalmente disse:
-Sim, sim.
Escreveu isso mas não olhou para mim só para aquela coisa que não parava de apitar. Depois pousou-o e dirigiu-se á casa de banho para escovar os dentes.
Eu fui atrás dela e tornei-me visivel para todos agora. Ela olhou para o espelho e deixou cair a escova no chão. Eu andei para ela e estendi---lhe a mão. Ela olhou para mim saiu a correr escreveu qualquer coisa num papel e deu-mo a tocar. Eu toquei-lhe simplesmente e ela atirou-o dando-me a mão. Depois disso desaparecemos daquele quarto e fomos para o Olimpo.