Pov: Patrick
Quando eu saí da casa de Ellen na noite anterior a minha cabeça estava a mil. Por alguns motivos específicos. O primeiro e o mais óbvio até então era Jill e essa ideia louca dela de não querer fazer os exames, o segundo era Ellen, como sempre despertando em mim, todas as mais loucas sensações que existem nesse mundo e a terceiro Chris.
Não era exatamente ele que estava na minha cabeça, com certeza não. Mas sim, o modo como ele me olhou na noite passada.Eu não sei o que tinha nos olhos dele, mas certamente não era uma coisa boa. Tinha certo desdém, uma raiva escontida por de tras de suas iris, eu nunca tinha visto aquilo nos olhos dele. A principio eu pensei que fosse raiva por ter o acordado no meio da madrugada, então eu percebi que não era isso.Eu pensei se fosse eu no lugar dele, se Ellen fosse a minha namorada... Ok, talvez essa não seja a linha de raciocínio mais apropriada, mas se fosse o caso, eu com certeza não iria gostar de seu colega de trabalho aparecer do nada na minha porta às duas da manhã porque precisava urgentemente falar com ela sobre seus problemas pessoas.
Eu fui um pouco egoísta, confesso. Mas a culpa não era minha, eu estava tão acustumado a dividir tudo com Ellen, desde o que eu almocei até os planos para o futuro, assim como os problemas. E ela sempre foi tão aberta a me ouvir, e claro sempre que ela precisava eu a ouvia também. E naquele momento eu precisava de uma luz, da luz de Ellen Pompeo. A luz que só ela conseguia emanar, eu estava cego e ela me trouxe de volta a luz. Isso soa como uma coisa que Derek diria não eu, mas era a realidade. Eu precisava dela naquele momento e ela estava ali pra me receber, talvez Christopher não tenha gostado, não, ele com certeza não gostou, mas não havia nada que eu poderia fazer.
Eu passei pela porta do trailer naquela manhã, exausto pela noite mal dormida e pelos debates internos que insistem em invadir a minha mente durante a noite. Tudo que eu queria era dormir, mas isso não poderia acontecer, eu tinha trabalho pra fazer, gravações e mais gravações. As vezes me pergunto se ser malabarista de circo teria sido mais fácil.
~ Ellen?~ Eu falo olhando para os lados procurando ela. Os sapatos dela estavam ali, junto com o script e as chaves do carro, então onde ela estava? ~ Elli?
~No chuveiro!~ Ela gritou do pequeno banheiro que tinha próximo ao "quarto". Foi aí que eu percebi, hoje é quarta feira, dia de Ellen correr.
Ela sempre corria pro set as manhãs de quarta feira, em alguns momentos quando eu me sentia disposto corria com ela, o que era quase nunca, porque nunca estava disposto a perceguir Ellen em uma roupa de laicra. Chame isso de autopresevação. Blue balls não é uma coisa agradável.
Eu joguei o jornal na mesa e fui até o frigovar. Tudo que tinha naquele frigobar era alguns sucos de uva e uma maçã apodrecendo.
~A gente precisa abastecer o frigobar.~ Eu falei alto pra ela poder ouvir do banheiro.
~Paddy...~ Ellen falou receosa. Ela estava querendo alguma coisa, só me chamava de Paddy por dois motivos, interesse ou sono.
~ Que?!
~ Uh... Eu preciso...
~ Que foi Ellen?
~Eu esqueci a toalha. ~ Ela falou receosa. Eu encarei a toalha branca em cima da cama, e respirei fundo.
O que eu te fiz, Deus?
~ Ok.~ Eu falo caminhando até a cama e agarrando a toalha. Eu tampei meus olhos com a mão esquerda enquanto entrava no banheiro. O cheiro do shampoo dela empreguinava o vapor quente do chuveiro. Eu estendi a toalha, sentindo sua mão molhada agarrar e seus dedos tocaram os meus com delicadeza. ~ Tudo certo?
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Deixe acontecer
FanfictionEles lutam contra um amor inevitável, e eles perdem a luta logo no primeiro Round. Também disponível no Spirit