Fazia uma semana desde que o incidente aconteceu. Jisung parou de dar comida a Minho e Felix parou de falar com Changbin. O Australiano ficou muito bravo com o fato de seu namorado comer a comida de Jisung.
Mas ele não conseguia vencer a raiva de Hyunjin. Ele tinha avisado Minho para não machucar Jisung, mas o ele o fez. Jisung não comeu bem durante toda a semana e isso preocupou seus três amigos.
"Tem certeza de que vai ficar bem?" Seungmin perguntou quando Jisung disse a eles que iria descansar na enfermaria da escola.
O esquilo assentiu.
"Sua cabeça ainda está doendo?" Hyunjin estendeu a mão e massageou as têmporas de Jisung. O garoto fechou os olhos por um tempo com o leve prazer, mas então ele o parou.
"Obrigado." ele murmurou. "Estou indo agora."
"Você quer que a gente vá?" foi a vez de Felix perguntar, mas Jisung apenas balançou a cabeça e saiu do refeitório. Sua cabeça ainda latejava de tanto chorar e não conseguir dormir bem. Ele ficou com o coração partido ao saber que Minho nem sequer olhou para seus esforços, e o mais importante;
Ele não era gay.
Jisung sentiu vontade de chorar novamente. Os corredores estavam vazios, então ele parou em seu armário e descansou a cabeça nele, soluçando silenciosamente. Ele se sentia inútil e sem esperança. Tudo o que ele queria era a atenção e o amor de Minho, mas ele não conseguiu nada.
Logo seus soluços silenciosos pioraram. Ele enxugou as lágrimas, mas elas apenas caíram novamente. Jisung cobriu o rosto com as duas mãos e soluçou mais entre o choro. Ele não gostava quando se tratava de chorar silenciosamente. Se ele chorar, ele quer deixar tudo sair.
De repente, sentiu uma mão agarrando seu ombro por trás. Antes que ele pudesse se virar sozinho, a pessoa já o virou e o envolveu com um abraço. Seus olhos se arregalaram com a ação repentina e se ergueram depois de cheirar a colônia familiar.
Minho.
Jisung rapidamente o empurrou, fazendo suas próprias costas colidirem com o armário, mas ele se importou menos com isso.
"Jisung..."
"Não." ele murmurou. "Não chegue perto de mim."
Minho sentiu um nó na garganta quando Jisung olhou para ele com os olhos marejados. Seus olhos vermelhos e inchados.
Eu causei isso...
"Eu odeio você." Jisung deixou escapar enquanto desviava o olhar. "Eu te odeio, hyung. Eu realmente odeio."
Estranhamente, o garoto mais velho sentiu um grande impacto sobre ele quando Jisung disse isso. Como se uma pedra batesse em sua cabeça duas vezes.
Isso dói.
Não querendo ficar mais lá, Jisung fugiu dele. Ele cancelou seu plano de descansar na enfermaria da escola. Em vez disso, ele foi até o telhado e trancou a porta por fora.
O tempo estava frio e dessa vez, não havia casaco extra para protegê-lo.
No entanto, ele não se importava mais. Ele só queria deixar suas emoções fluírem no frio.
Para que ele pudesse ser assim também.
Frio.
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