Personagens:
Melanie Parker = Destiny Baker
Cinthia = Rachel
Lilly = Mads
Kendall = Chloe
Addison = Cinthia
Jacob = Josh
Jeff/Jefferson = grif/Griffin
JÁ VAI. - Gritei enquanto eu descia as escadas em direção a porta, a qual alguém batia loucamente. Olhei no olho mágico e gelei ao ver Maria, ela não podia me ver assim. - JÁ ABRO, DEIXEI A CHAVE LÁ EM CIMA. - Menti e saí correndo, tropecei três vezes na escada enquanto subia e dei de cara com Lilly.
- Quem é? Por que está nervosa? É Hacker? Ah deixa que eu resolvo. - Ela estava prestes à descer, mas eu a puxei.
- Não. - Falei enquanto eu entrava em meu quarto, indo em direção ao banheiro. - É Maria e ela não pode ver esses cortes no meu rosto. - Falei enchendo a cara de pó e base.
- Cara, isso tá estranho. - Lilly disse. - Ficou forçado pra caralho.
- Porra, Lilly, me ajuda. - Disse nervosa e ela fez uma maquiagem onde omitiu um pouco os cortes.
- Perfeito. - Falei. - Qualquer coisa invento uma desculpa qualquer. - Desci correndo e logo abri a porta para Maria.
- Onde você estava ontem, menina? Seu pai tentou te ligar, eu tentei te ligar, seu celular está fora de área, o que aconteceu?
- Ai, Maria. Você sabe como eu sou, né?! Deixei meu celular cair no chão com tudo e quando vi, o coitado estava todo quebrado, tive que colocar fora, pois nem conserto tinha.
- Melanie, seu pai estava super preocupado atrás de você, me ligou umas quinhentas vezes ontem, eu tive que dizer algumas mentiras e no fim ele acreditou. - Ela disse. - Me sinto mal por ter que mentir.
- Desculpa, Maria.
- Você estava no apartamento do Vinnie, não é?
- Onde está Angel? - Mudei de assunto. Nick havia dito que tinha deixado ela com Maria enquanto estavam à minha procura.
- Nick veio hoje pela manhã e a pegou. - Ela sorriu. - Ela está tão linda. - Sorri. - Ontem eles deixaram ela comigo, disseram que ela estava sentindo saudade da vó e coisa e tal. - Bela mentira.
- Sim, ela se apegou à você. - Falei.
[...]
- Lilly. - Falei assim que Maria foi embora. - Preciso urgentemente de outro celular, se não, meu pai vai pirar.
- Vamos sair e comprar um novo. Tem dinheiro o suficiente? - Ela perguntou.
- É, podemos dizer que tenho minhas economias. - Falei e Lilly sorriu, mas ela percebeu que eu estava fazendo o máximo de força para não pensar em Hacker.
- O que você acha desse, Mel? - Ela perguntou enquanto estávamos vendo alguns celulares.
- É legal, mas eu quero um igual ao meu, que raiva, minha vontade é ressuscitar Jacob só para fazer ele pagar um novo. - Falei.
- Boa ideia, aí depois eu mato ele. - Rimos. - então ali está, um IPhone. - Ela disse apontando para o aparelho.
- Vai levar esse? - A vendedora perguntou.
- Sim. - Sorri.
- Ok. Então passe aqui. - Ela disse e nós fomos até o local de pagamento, peguei meu cartão de crédito, um cartão que meu pai me dera para usar apenas em caso de emergência, então, esse era um caso de emergência. No momento seguinte, eu estava saindo da loja com o celular novo. E o melhor de tudo: numero novo. A mulher perguntou se eu não queria recuperar meu outro numero e tal, mas achei melhor mudar, sim, por causa de Hacker.
Liguei para Maria e pedi para que ela passasse meu novo numero para meu pai, pois segundo ela, ele estava louco para falar comigo e não deu outra, trinta minutos depois ele me ligou:
- Você me deve explicações. - Ele disse.
- Quebrei meu celular, acontece. - Falei. - Você sabe que não é a primeira vez. - Tentei parecer o mais normal possível.
- Ontem eu não consegui falar com você nem através de Maria.
- Eu dormi, desculpa, eu estava muito cansada. - Mentira, fui sequestrada às 6:00 p.m, fiquei oito horas nas mãos daqueles monstros, fui para a casa de Hacker desmaiada, acordei uma hora depois e 5:00 a.m voltei para a casa porque Vinnie era um vacilão.
- Ok, ok. Está tudo bem? Tudo tranquilo?
- Sim, e como está aí?
- Cansativo. - Ele riu. - Tentarei voltar o mais rápido. - Ele disse e eu entendi que ele não voltaria amanhã como havia dito.
- Tudo bem. - Falei. - Bom trabalho. - Em seguida desligamos.
- Você está bem? - Ouvi a voz de Lilly.
- Sim, por que não estaria? - Ela ficou quieta, sabia que eu estava quase explodindo de tanta dor, mas eu tinha que ser forte, Vinnie não merecia nenhuma magoa minha.
- Espera um pouco... Aquele não é... Jaden? - Lilly disse apontando para um canto qualquer do shopping, arregalei os olhos ao ver seu namorado ali, vendo a vitrine de uma loja esportiva.
- Ai meu Deus, vamos embora, Lilly. E se Vinnie estiver com ele? - Entrei em pânico.
- Não, acho que ele não está. - Ela disse confiante me puxando em direção à Jaden.
- Amor? - Ela chamou sua atenção, ele a olhou, arqueou as sobrancelhas e logo abriu um sorriso.
- Você não disse que viria aqui. - Ele a beijou e logo pôs sua atenção em mim, eu estava super nervosa. - Ah, você... - Ele tinha desgosto na voz.
- Eu sei que você está feliz em me ver. - Pisquei para ele.
- Fiquei sabendo de tudo o que aconteceu ontem... - Ele começou à dizer.
- Pois é, então esqueça e acho que você vai ficar super feliz com a notícia que eu vou te dar: Não estou mais com Vinnie. - Aquilo doeu pra caralho.
- Não acho que tenha sido culpa dele. - Jaden começou à dizer, de olho em um abrigo que havia na vitrine, Lilly prestava atenção em tudo. - Ele ficou bêbado, estava se sentindo culpado, não estava consciente de nada.
- E quando ele está te pagando para você defender ele? - Perguntei com um sorriso sarcástico.
- Você é uma vadia, Melanie. - Ele cuspiu aquilo, Lilly ficou sem reação.
- Jad... - Ela tentou pará-lo.
- É isso mesmo que você ouviu. - Ele continuou dizendo. - Eu vejo meu amigo se esforçando o máximo para tentar mudar, mas você é uma megera, qualquer coisinha já o coloca no cu do capeta, Vinnie nunca se apaixonou por ninguém, ele comete as maiores merdas do mundo, eu sei, mas pode ter certeza que ele nunca faria algo para te magoar. Ele realmente te ama.
- Nem transar com travestis? - Debochei.
- Sabe por que eu estou aqui? Neste shopping?
- Não, não sou adivinha.
- Porque Hacker nos expulsou daquele apartamento, ele surtou quando soube que você não estava lá, ele quebrou tudo quando Kio o contou cada detalhe do acontecido, foi horrível ouvir meu amigo se chamar de tudo quanto é nome e se sentindo inútil, se sentindo incapaz de fazer alguém feliz. - As lágrimas escorriam loucamente em meu rosto. - Aquele filho da puta te ama, Melanie, ele está tentando, mas ele não pode simplesmente continuar se por qualquer coisinha você já quer brigar com ele, ou até mesmo terminar o namoro como você está dizendo, Vinnie estava bêbado, bêbado, Melanie, e não foi porque ele simplesmente resolveu sair e festejar, você sabe que não, a culpa é sua, ele se sentiu culpado por sua causa, agora me diz, desde quando Vinnie Hacker se sente culpado? Me diz. Você sabe que nunca, você sabe que o mudou completamente, vocês dois são uns merdões, na real. Eu não gosto nem um pouco de você, Melanie. E sabe por que? Porque eu sempre soube que Vinnie se apaixonaria por você, mas que você não seria capaz de aceitar nenhuma merda dos erros dele. Isso pode estar sendo totalmente gay, mas eu me criei com Hacker, eu não quero ver qualquer vadia fazendo ele sofrer.
- Eu não sou nenhuma vadia. - Falei entre soluços. - Você não sabe como eu me sinto.
- Você se sente assim porque quer, porque fica vendo coisa onde não tem.1
- Você não sabe o que está falando. - Saí correndo em direção ao meu carro, deixei Lilly que gritava meu nome para trás e entrei no mesmo, em seguida cantei pneu. Eu chorava loucamente, como se o mundo fosse acabar, e não, eu não estava chorando apenas pelo acontecido do dia anterior e sim, pelo o que Jaden havia jogado na minha cara, e o pior era que ele estava certo, eu sempre soube que Hacker cometeria erros, eu prometi para mim mesma aceitar que com mudanças vem os erros, mas eu não estava fazendo isso, foi doloroso descobrir que quem estava incorreto sobre o acontecido de ontem, não era Hacker, e sim eu.
Eu dirigia aquele carro numa porcaria de velocidade irreconhecível, e aquilo me fez lembrar de Hacker mais ainda e chorar, pois Vinnie era rei de extrapolar os limites de velocidade. Meus olhos estavam completamente embaçados por causa da droga do choro, eu via borrões ao invés de pessoa, não vi o sinal vermelho e quase atropelei uma mulher que soltou uns quinhentos palavrões diferentes para mim, mas aquilo não me atingiu em nada. Minhas mente ainda voava longe. Eu nem sabia para onde eu estava indo, eu só seguia reto ou dobrava em uma rua qualquer e a pior coisa que eu fiz, foi ter dobrado em uma rua contra mão, fazendo uma caminhonete se chocar contra meu carro, foi tudo muito rápido, só pude sentir o impacto que fez meu carro voar para longe e bater em um poste, o vidro do meu lado quebrou e os cacos caíram em cima de mim, no momento em que o carro parou contra o poste meu corpo foi jogado brutalmente para frente, fazendo eu bater minha cabeça fortemente no volante.
- CHAMA UMA AMBULÂNCIA, CHAMA AJUDA. - Foi o que eu ouvi antes de tudo se apagar.
[...]
- Melanie, Melanie... - Abri os olhos lentamente e tentei focar minha visão que estava totalmente embaçada. - Ai meu Deus, como você está se sentindo? - Vi a imagem de Maria assim que minha visão deu uma melhorada.
- O qu... - Tentei falar, mas meu corpo inteiro doeu e senti que meus lábios estavam machucados.
- DOUTOOOOOR, ELA ACORDOU.
- Calma, senhora. Eu estou aqui, não precisa gritar. - O médico logo veio me fazendo perceber que eu estava em uma maca à base de soro. Ele sorriu para mim. - Como você se sente? - Ah ótima.
- Parece que eu fui pisada por dez elefantes adultos. - Falei e minha cabeça doeu fortemente, fazendo eu soltar um ''ai''.
- Sim, você teve um forte impacto, chegou aqui desacordada. - Eu já estava cansada de desmaiar, puta que pariu. - Foi vítima de vários ferimentos, seu corpo está cheio de machucados causados pelos cacos de vidro, seu rosto foi atingido apenas seus lábios, pois você deve tê-lo batido no volante e o couro te salvou. - Ele deu uma risadinha para aliviar. - Sem contar que você está com um corte no supercílio, mas não acho que seja do acidente, pois não estava sangrando. - Fiquei quieta, não queria dar detalhes.
- Minha perna está doendo, eu não consigo mexe-la. - Falei e o celular de Maria tocou. A olhei rapidamente. Ela se afastou.
- Não é nada grave, né? - Maria perguntou preocupada ao voltar.
- Felizmente não.
- Ela já pode ir para a casa?
- Não, senhora. Nós estamos aguardando os exames, queremos ver se ela fraturou algo, hoje não será possível liberá-la.
- Odeio hospital. - Falei impulsivamente.
- Calma, mocinha. Isso aqui não é nenhuma mansão mal assombrada. - Ele fez uma piada totalmente sem graça.
- Meu pai já sabe? - Perguntei.
- Sim. - Maria respondeu. - Ele vai tentar voltar o mais rápido possível, pediu para que eu cuidasse de você.
- E como soube que eu estava aqui? Do acidente?
- Eles pegaram seu celular, discaram os únicos dois números que estavam salvos ali, ninguém atendeu no numero de seu pai, então ligaram para mim. Mas logo ele retornou a ligação, e então contei para ele. Ele ficou apavorado, mas acalmei-o dizendo que você estava bem.
- Meu celular não quebrou? - Perguntei surpresa.
- Não, estava dentro de sua bolsa.
- Amém, Senhor. - Falei e Maria riu, mas vi que ela tinha algumas feições tristes. Tentei mover meu braços, mas dei um grito ao ver que ambos doíam e ardiam.
- Olá. - Alguém entrou. Eu não podia enxergar, mas logo que a pessoa chegou perto, avistei um médico que possuía uma pinça em suas mãos.
- O que é isso? - Perguntei.
- Na hora do acidente, alguns cacos de vidro perfuraram seus braços, porque eles estavam nus. - O outro médico disse. - Alexander vai cuidar disso.
- Ai meu Deus, não. - Reclamei.
- Não vai doer. - O tal do Alexander sorriu, ele era muito gato. - Só vou lavar bem e tirar. Apenas isso. - Ele tentou me tranquilizar.
- Esse seu ''só isso'' vai doer pra caramba. - Falei.
- A senhora pode esperar lá fora? - o médico perguntou para Mary.
- Sim, Doutor Simmons. - Maria assentiu e me mandou um beijo antes de sair. Alexander veio todo sorridente com um recipiente onde continha água e sabão, em seguida pegou algumas gases e começou a limpar os machucados, eu tentava conter os gritos aquilo ardia demais, eu me sentia horrível, até para falar doía, mas eu ignorava, eu lembrei de minha dor interior e aquela dor física nem fazia cócegas.
- Prontinho. - Alexander riu. - Vou lhe dar a receita de uma pomada para você passar nessas feridas, ela tem uma fórmula forte e cicatriza rápido, não vai ficar muito marcado, então não se preocupe.
- Não vou precisar levar pontos no braço, né? - Perguntei.
- Não, os cacos não eram grandes coisas. - Ele disse pegando um com a pinça e me mostrando. - Acho que essa coisinha não faria você levar pontos. - Ele sorriu.
- É, acho que não.
- Ela é forte, você não acha Alexander? - Doutor Simmons disse.
- Claro que acho, qualquer garota que estivesse neste estado já estaria berrando. - Os dois riram.
- Mas eu estou à ponto de fazer isso, não consigo mover minhas pernas e estão doendo muito. - Choraminguei.
- Nós fizemos o raio X enquanto você dormia. Só estamos esperando o resultado. - Simmons disse. - Solicitei os resultados mais rápido possível, daqui à pouco eles estão aí.
- Posso saber quem está arcando com as despesas? Meu plano de saúde não estava comigo. - Estranhei ao lembrar aquilo.
- Não temos como informar isso. - Alexander sorriu.
- Chamem Maria, por favor. - Pedi e bateram na porta.
- Aqui estão os exames dela. - Uma mulher entrou, deduzi que era uma enfermeira, ela entregou para Simmons e o mesmo os pegou.
- Bom, você é uma menina de sorte. - Ele disse lendo alguns exames alheios e logo pegou os Raio X. - Hmm... Vamos ver esse... - Ele disse levando à luz. - Bom, seu braço não está fraturado. - Ele sorriu e pegou outro. - Deixa eu ver... Costelas... Hmm... Também não. - Ele pegou outro. - Droga, uma fratura em sua perna direita, deve ter sido originada por causa do forte impacto, vamos ter que engessar. - Ele olhou para mim e eu lhe dei um sorriso como se estivesse tudo ótimo. - Bom, Alexander peça para alguém preparar isso. - O doutor disse. - Vou chamar Maria. - Ele disse e saiu. Em seguida Maria entrou.
- Como está se sentindo? - Ela sorriu.
- A dor está dando uma amenizada, por causa do analgésico que eu tomei, mas minha perna continua doendo muito. - Falei.
- Sim, você a quebrou. O médico disse. Mas pense, poderia ter sido pior.
- Sim, eu sei. - Tentei sorrir. - E quem está arcando com toda essas despesas? Meu pai, não é? - Perguntei e Maria ficou em silêncio. - Mary... - Chamei sua atenção.
- Hã... Vinnie.
- O QUE? - Gritei. - Eu pensei que ele nem sabia do acontecido.
- Ele estava lá em casa quando ligaram. - Ela disse. - Ele está na sala de espera, está meio receoso e envergonhado de falar com você, nunca vi meu filho assim.
- O SENHOR NÃO PODE ENTRAR AGORA.... SENHOR, POR FAVOR. - Ouvi uma voz masculina gritando e em seguida a porta foi aberta violentamente.
- Melanie.... - Vinnie entrou ofegante. - Desculpa, mas eu precisava ver se você estava bem, eu não estava mais aguentando. - Ele chegou perto de mim e meu coração disparou.
- Vou deixar vocês sozinhos. - Maria disse e eu quase gritei '' não.''
- Porra, você está horrível... - Sim, ele disse isso.
- Obrigada, você sempre consegue piorar as coisas, merece um prêmio. - Falei. - Ai, caraca. - Meio que gritei quando tentei mexer minha perna.
- Não foi isso que eu quis dizer, eu disse em relação aos ferimentos, não à sua aparência.
- Legal.
- Melanie... - Ele respirou fundo.
- O que? - O olhei, seus olhos se encontraram com os meus fazendo um choque elétrico percorrer por todo o meu corpo.
- Desculpa... - Ele fez uma pausa antes de continuar falando. - Eu realmente não mereço você, já está mais do que na hora de eu assumir isso, você faz tudo por mim e eu só piso na bola e ontem...
- Você quase transou com travecos. - Tentei rir, mas meu corpo doeu. Vinnie mudou sua expressão para uma expressão raivosa e travou o maxilar.
- Eu não sabia, eu estava bêbado, mas que caralho. - Ele disse bravo. - Você está sempre estragando meus discursos, já percebeu? Eu tento pagar uma de homem apaixonada pra você não encher dizendo que eu sou sempre rude, mas aí você sempre estraga tudo com algum tipo de deboche.
- A parte do deboche eu aprendi com você. - Falei. - E enquanto ao fato de você tentar pagar uma de homem apaixonado, pode esquecendo, nós não estamos mais juntos. - Vinnie ficou com uma feição totalmente triste em seu rosto, tirou seus olhos de mim e os fixou na porta, meu coração doeu. Foi ali que eu vi que ele estava tão triste quanto eu e que eu era tão errada quanto ele.
- Olha, Mel... - Ele suavizou a voz. - Eu não vou implorar para que você volte para mim, você já deve estar cheia de minhas merdas, eu sou um pau no cu, eu assumo, nunca neguei isso e realmente, é o que Kio sempre me diz: Você merece alguém melhor. Não um idiota que não sabe lidar com os sentimentos, sai para beber e quase... Você sabe. Sem contar que essa não foi a primeira pisada na bola que eu dei e talvez nem será a última. - Ele molhou os lábios involuntariamente. - Não vou obrigar que você fique aguentando esses montes de merdas por minha causa. Eu só quero que você saiba que você é realmente uma parte nova da minha vida, você sabe, eu nunca amei uma garota antes, eu nunca tive uma única garota em minha cabeça por mais de três minutos, é tudo muito novo para mim, eu juro que eu tento, mas porra, eu nasci torto então o caminho errado sempre vai me puxar de alguma maneira. - Vinnie deu uma risa sem graça pelo nariz. - Você é toda certinha, merece aqueles mauricinhos do caralho que jogam no time daquela droga de escola, como aquele que estava com você aquele dia. - Fiz uma cara de nojo, eu não via Leo assim, nem de longe. Eu amava Hacker e uma explosão de sensações reinavam dentro de mim enquanto ele dizia tudo aquilo, eu via que ele estava se esforçando. E os caras do time não eram certinhos, eram tão cafajestes quanto Hacker, mas preferi ficar quieta.
- Então, Melanie... Hora de engessar. - Doutor Simmons entrou na sala.
- Puta que pariu, é a segunda vez que somos interrompidos por algum médico, deve ser algum tipo de praga. - Vinnie disse irritado.
- Calma, rapaz. Depois você vai ter todo o tempo do mundo para conversar com essa moça linda. - Vinnie o fuzilou com os olhos.
- Não a chame de linda. - Hacker o repreendeu.
- Você é o namorado dela? - O médico perguntou e Vinnie me olhou como se não tivesse a resposta.
- Não interessa, ok? Só não gosto que outros homens fiquem a elogiando em minha frente.
- Mas eu devo ter uns vinte anos à mais do que ela. - O médico deu uma risada. - Se fosse Alexander, até poderia entender seu ciumes.
- Foda-se, você sabe que existe um monte de médicos pedófilos por aí, velhote. - Ele disse e parou. - Quem é Alexander? - Vinnie quis saber.
- Nosso mais novo médico. - Dr. Simmons só estava piorando as coisas.
- Vinnie, chega. Vá. - Falei seria e ele obedeceu.
[...]- Deixa eu assinar, por favor. - Lilly implorava para escrever seu nome cheio de flores em volta, em minha tala, eu já estava prestes à bater nela, mas meus braços ainda estavam doloridos.
- Quando eu voltar para casa, ok?
- Não, eu arranjo um canetão aqui nesse hospital bem rápido.
- Porra, você é chata hein?! - Ela riu.
- Mas e aí, você está bem? Quando eu descobri do acidente eu quase entrei em pânico, mas aí eu vim e vi que você está bem, não está morta e tal e fiquei mais tranquila. - Ela sorriu. - E esses curativos são feios.
- Existe curativo bonito?
- Não sei, mas existe curativo descente, acho que esses médicos falsificaram o diploma, puta que pariu. - Ela disse e eu ri, amava o dom que Lilly tinha de me acalmar. - Vou ficar com você até amanhã.
- Não precisa, pode ir para casa. Eu ficarei bem aqui neste quarto. - Falei.
- Não, eu vou amar dormir naquela poltrona. - Ela ironizou.
- Tem alguma notícia de meu pai?
- Sim, ele está louco, conseguiu pegar o avião deve estar à caminho.
- Droga, não precisava, eu estou bem.
- Pai é pai. - Ela disse simples.
- E Vinnie? Ele... Ele...
- Sim, ele ainda está aqui. Disse para Maria que vai passar a noite aqui, nem que seja na sala de espera.
- Droga...
- Ele realmente te ama... - Olhei rapidamente para Lilly. - Mas vocês são muito complicados, não conseguem ficar junto sem causar uma explosão nuclear.
- Deixaram eu entrar. Finalmente. - Kio disse entrando. - Esse hospital é chato demais, cheios de regras, eu queria dar uma passada no quarto de um loirinha gostosa que tem no terceiro andar, mas não deixaram, só porque ela está doente, mas descobri que a doença dela não é transmissível, então não tinha problema em eu dar uma chegada de leve lá.
- Kio sendo... Kio. - Murmurei.
- Você está bem, Mel? - Ele disse pegando uma maçã que a enfermeira tinha deixado ali para mim.
- Eu estava, até você pegar minha maçã.
- Ah, quer um pedaço? - Ele perguntou de boca cheia.
- Não, obrigado. - Falei.
- Você que sabe. - Ele deu de ombros. - Mas e aí, me diz como você conseguiu sofrer um acidente.
- Uma caminhonete idiota bateu em meu carro. - Falei. - Não que eu estivesse contra mão, claro.
- Você estava contra mão?
- Sei lá, eu estava me sentindo estranha, triste, angustiada, eu nem sabia para onde eu estava indo e de repente entrei nessa rua sem saber para onde eu estava indo. - Falei.
- Droga, Melanie... - Kio não sabia o que falar. - foi por causa de Hacker?
- Jaden... - Lilly se pronunciou. - Ele disse algumas coisas para ela... Algumas coisas que a magoaram.
- Por isso vocês brigaram? - Kio perguntou à Lilly.
- Espera aí, vocês brigaram? - Perguntei.
- Sim, Mel. Você acha que eu iria deixar ele falar aqueles montes de merdas para você e depois simplesmente o encher de beijo? Claro que não. Jaden tem que se pôr no lugar dele. Quem ele acha que é para chamar você de vadia, megera?
- Não precisava... Ele estava certo.
- Cala a boca, Melanie. Ele não estava certo, você sabe disso. - Lilly me repreendeu.
- Jaden contou o que ele disse para você. - Kio se pronunciou. - E não, ele não está arrependido.
- Tá, vaza, Kio. Agora é minha vez. - Nick abriu a porta. Só podia no máximo dois visitantes no quarto.
- Ah, não, cara. Acabei de chegar. - Kio retrucou.
- E já vai sair. Larga, mané. - Nick disse.
- Tu quer apanhar na frente das minas? Só me diz que eu já te encho de cascudo? - Kio disse.
- Cara, apenas saia, você sabe que eu acabaria com você.
- E então tu acordou né, veado?!
- Vocês querem que eu saia? - Lilly se ofereceu. - Aí Nick entra no meu lugar.
- Não faz isso, Lilly, pelo amor de Deus, Kio e Nick juntos vão aumentar minha dor de cabeça, como acabaram de fazer.
- Ótimo, eu não iria sair mesmo. - Ela deu de ombros.
- Eu vou. - Kio disse, saiu e fechou a porta. - Mas eu volto. - Ele abriu a porta novamente e semicerrou os olhos ao falar aquilo, logo ele saiu novamente.
- Não liga, ele é retardado. - Nick se referiu à Kio.
- E você não é? - Lilly perguntou com os braços cruzados.
- Não, eu sou gostoso. - Ele piscou para ela.
- Não nega que é amigo de Hacker. - Ela disse. - Iludido igual ao mesmo.- Toda vez que eu ouvia o nome de Hacker meu coração disparava, eu estava confusa, só pensava em tudo o que ele havia me falado mais cedo.
- Pelo visto você está bem, Mel. - Nick disse. - Tirando o fato de você estar com uma perna bugada e um monte de curativos.
- Adoro sua sensatez. - Falei. - Me alcança aquela água? - Falei apontando, Nick logo fez o pedido.
- Você não vai falar com o Cole? - Nick perguntou. - Ele ainda está aqui. - Lilly me olhou rapidamente esperando minha resposta.
- Bom... Ele que não quis entrar.
- Ele acha que você não quer vê-lo. - Fiquei quieta, eu só estava com medo, eu o magoava e ele me magoava, eu era impulsiva demais perante os seus erros e Vinnie só sabia cometê-los, eu estava com medo de reatar, pois ambos sofríamos com isso, mas ao mesmo tempo, nós precisávamos um do outro, estava sendo difícil, eu nunca lidei com algo tão complicado de se resolver.
Bateram na porta.
perdão por qualquer erro galera, bjos<3
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𝐏𝐨𝐬𝐬𝐞𝐬𝐬𝐢𝐯𝐞 - 𝐕𝐈𝐍𝐍𝐈𝐄 𝐇𝐀𝐂𝐊𝐄𝐑
Fanfiction"𝐕𝐨𝐜𝐞̂ 𝐞́ 𝐦𝐢𝐧𝐡𝐚, 𝐪𝐮𝐞𝐫𝐞𝐧𝐝𝐨 𝐨𝐮 𝐧𝐚̃𝐨, 𝐩𝐨𝐫𝐪𝐮𝐞 𝐞𝐮 𝐬𝐢𝐦𝐩𝐥𝐞𝐬𝐦𝐞𝐧𝐭𝐞 𝐚𝐧𝐬𝐞𝐢𝐨 𝐪𝐮𝐞 𝐬𝐞𝐣𝐚 𝐚𝐬𝐬𝐢𝐦, 𝐯𝐨𝐜𝐞̂ 𝐧𝐚̃𝐨 𝐭𝐞𝐦 𝐞𝐬𝐜𝐨𝐥𝐡𝐚. " - 𝑽𝒊𝒏𝒏𝒊𝒆 𝑯𝒂𝒄𝒌𝒆𝒓 E se ela fosse dele? Somente dele. M...