Capítulo 3.

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                           (Jessie P.O.V)

Benjamin me devora com seus lábios. Sua boca me captura e me envolve, me conquista com as suas doces e promissoras investidas sensuais. A sensação é viciante, e ela me consome de um jeito que quase sou levada ao meu limite. Os lábios dele são fortes, deliciosos, imponentes e bem exigentes. Dominantes, mas não violentos.

— Hum...— Sua língua é macia como veludo, e é hábil e rodeia a minha, sugando e sondando, encurralando e clamando por controle. Nas pontas dos meus pés, eu o retribuo da melhor forma que consigo. Ele geme quando pressiono meu corpo no seu, colando as nossas barrigas.

Benjamin me explora de maneira faminta, se apossando. Ele é bruto, e eu gosto. O desespero e a intensa vontade com que ele me beija não pode ser comparada com nada que eu já tenha experimentado um dia. Ele me faz sentir como nunca antes, tão desejável. Meu corpo treme violentamente, em uma alta expectativa. Seus braços estão ao meu redor, possessivos em seu aperto. Estou sem fôlego.

Minhas mãos abrem caminho por entre os seus cabelos macios, os dedos se afundando ali. Nossas línguas se enredam, ansiosas. Uma de suas mãos se posiciona na parte de trás da minha cabeça, onde ele segura com firmeza e a move conforme a sua vontade. Ele coordena onde me quer, como me quer. Permito tudo. Eu quero tudo. Quero sentir tudo.

O prazer que estou sentindo é inigualável. É imprudente.

Quando ele enfim liberta a minha boca, dá uma mordiscada final em meu lábio inferior inchado e dolorido. Minha resposta foi um mísero suspiro trêmulo. Meus olhos estão fechados, bem apertados. Nossas testas estão apoiadas uma na outra.

Nossa respiração ofegante, entrecortada, é o único som que nos rodeia.

Estou amolecida contra o seu peito. Suas mãos estão na minha cintura, me agarrando. As minhas ainda estão nos seus fios negros, os segurando.

O fluxo de desejo que me envolve pulsa e queima em minhas veias, como fogo líquido, aumentando as batidas do meu coração e enevoando os meus pensamentos mais racionais.

— Eu quero fazer tantas coisas com você, garota. Você não faz ideia — Sua admissão foi suave, límpida, e me incendiou. Benjamin lambe os meus lábios, saboreando-os com a língua quente. Seu nariz acaricia a minha bochecha, sua respiração é morna contra a minha pele — Mas, antes de qualquer coisa, quero os seus cabelos soltos — Abro os meus olhos, encontrando os seus que estudam o meu rosto atentamente — Posso soltá-los? — Ele pergunta, parecendo realmente ansioso com a possibilidade de uma permissão minha. Aceno com a cabeça, lentamente, em concordância. Benjamin sorri abertamente. Minhas mãos recaem em cada lado do meu corpo quando ele se afasta e então se posiciona atrás de mim.

Nervosa, prendo o ar dentro dos pulmões. Seu calor me envolve. O cheiro me inebria.

Seus dedos, hábeis, encontram os grampos que prendem os meus cabelos em um coque firme. Benjamin não se detém, ele o desfaz logo em  seguida e, em meio a uma lentidão proposital que me deixa inteiramente eletrizada.

Quando os meus cabelos finalmente caem, espalhados por toda a minha coluna ereta, ele os segura, rodeando-os em seu punho forte e formando um rabo de cavalo improvisado entre os seus dedos. Minha cabeça pende levemente para trás. Uma respiração fraca me escapa. O homem às minhas costas mergulha o rosto nos fios finos e os inala, gemendo de satisfação e murmurando um “cheirosa”, antes de isolá-los sobre os meus ombros. Os lábios macios encontram a pele da minha nuca em seguida, roçando. Os seus beijos seguintes, ali depositados, me fazem estremecer de prazer. Meu corpo esfrega no seu, muito levemente, e eu tenho uma pequena noção da rigidez da sua própria excitação. 

𝐏𝐑𝐎𝐌𝐈́𝐒𝐂𝐔𝐎𝐒 || 𝐁𝐄𝐍𝐉𝐄𝐒𝐒𝐈Onde histórias criam vida. Descubra agora