10 | 𝐋𝐚𝐧𝐜𝐡𝐨𝐧𝐞𝐭𝐞

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   Caminho depressa pelo corredor do colégio com rumo à sala do segundo ano. Eram duas turmas, Mikey não havia indicado qual era, então entrei na primeira que encontrei "2⁰ E.M" escrito em uma plaquinha.

   Assim que a porta foi aberta, encontrei seis pessoas lá dentro: Duas garotas conversando, um guardando os materiais, dois garotos jogando algum jogo com cartas no chão e Mikey, com a cabeça baixa na mesa, dormindo.

— Ei. - Chamo de frente para a sua mesa. - Ei! - Mais uma vez, nada. - Mikey, acorda.

— Oi. - Ele levanta a cabeça piscando os olhos devagar, e em seguida, boceja. - Ohh, você vai vir com a gente. Vamos procurar o Kenzinho. - Pula da cadeira e vai em direção à porta, eu o sigo.

   Nós descemos até a saída do colégio em silêncio. Encontramos Draken esperando lá em baixo.

— Que porra de demora foi essa, Mikey? - Ele resmunga. Parecia sempre estar mal humorado.

— Ah, Kenzinho. Eu dormi de novo. Desculpa. - Andava na frente, ao lado do maior. Não sabia pra onde estávamos indo, mas eu os seguia.

   Foi aí que lembrei de mandar mensagem para o motorista de Hiro, que viria me buscar em breve. Seria melhor se eu o avisasse antes para que não venha á toa.

   Tiro meu celular do bolso e digito um SMS para o mesmo, dizendo que mandaria uma mensagem depois do almoço para que me buscasse. Também pedi para que avisasse a secretária para dizer a Hiro que eu ficaria fora por um tempo.

— O que você tá fazendo? - Mikey pergunta vindo para trás e deixando que Draken continuasse andando na frente. Fico um pouco sem graça com a sua intromissão.

— Mandando mensagem para o motorista dizendo que não precisa me buscar agora. - Respondo tendo em mente que não precisaria dar nenhuma satisfação. Fecho o celular flip.

— Motorista? Você vai embora com um motorista? - O grandão da frente pergunta debochando.

— Sim. - Respondo sem rodeios e percebo os dois garotos se entreolharem. - Afinal, pra onde estamos indo? - Finalmente pergunto.

— Vamos ao meu restaurante preferido! - Mikey muda de personalidade, fico confusa com a mudança repentina. - Eles servem pratos com bandeirinhas lá.

— Bandeirinhas? O que é isso? - Ele não responde.

   Quando finalmente chegamos no restaurante, peguei o cardápio e pedi quatro bolinhos simples de arroz. Minha comida preferida dês de o certo dia quando eu ainda morava na rua.

— Só isso? - O garoto pergunta à mim e eu concordo com a cabeça. - Eu quero o mesmo, mas do cardápio infantil! - Diz ao atendente enquanto sorri.

   Draken olha para Mikey com uma expressão de reprovação e pede um prato comum. Enquanto esperavam, começaram a conversar sobre assuntos aleatórios, me puxando para a conversa ás vezes. Aquilo me incomodava e atiçava a minha curiosidade, eu queria saber a verdade.

— Vocês podem por favor parar de enrolação e me dizer o porquê disso? - Tento entender o que realmente estava acontecendo.

— Disso o quê? - Mikey pergunta confuso.

— Vocês são líderes de gangue. Nossa relação acabou depois de terem expulsado Tanaka da Toman, Mikey. Eu quero saber o que vocês querem comigo, quer dizer, tenho certeza que não decidiram me chamar pra almoçar de uma hora para a outra. - Digo sendo direta.

— Você também é líder de gangue, certo? - Não responde a minha pergunta.

— Eu não confio em vocês. - Desabafo sem responder a pergunta anterior.

— Sabe, Cherry. - Mikey começa. Draken fica em silêncio com as mãos apoiadas sobre a mesa. - Eu esperava que pudéssemos ser amigos... Mas já que é assim, a Toman está oficialmente em guerra com a sua gangue. - Me lança um olhar gélido, eu fico aflita sem saber o que dizer. - Brincadeirinha♡ - Sorri mudando completamente sua personalidade de novo.

— Que? Você é maluco? - Fico em confusão.

— Ei, ei. Olha como você fala com o Mikey. - Draken repreende e eu reviro os olhos.

— Então... O que eu quero dizer é: Quero que seja minha amiga. Eu gostei de você. - Mikey começa, eu continuo em desconfiança - O jeito que você protegeu sua capitã quando ela esbarrou no Kenzinho foi impressionante, e não é qualquer um que faria o que você fez quando soube do ocorrido com Aiko. Digo, confrontar uma gangue inteira assim foi uma loucura, e acho que no seu lugar, a maioria teria deixado passar para não causar conflitos internos entre as duas gangues. - Sinto vergonha pela maneira simples em que o garoto disse tudo isso. Eu realmente não estava esperando. - Sabe, eu sonho em construir uma nova era de delinquentes, e a sua gangue está sendo um grande exemplo que quero seguir para que isso aconteça. Não estou falando apenas sobre os ocorridos desses últimos tempos, eu pesquisei sobre vocês. - Ele para. - Mas e aí. Podemos ser migos'?

— Ahn... - Fico sem palavras. - É... Sim. Claro.

   Logo, o nosso pedido chegou. O prato de Mikey era igual o meu, mas todo decorado. Um verdadeiro prato infantil. E eu finalmente entendi o que ele queria dizer antes: Seus olhos brilharam ao ver as bandeirinhas em cima dos bolinhos.

   Depois de comer, eu paguei o meu prato com o cartão que Hiro havia me dado e fui novamente em direção a mesa que os dois garotos estavam.

— Eu tenho que ir embora agora. Tenho alguns compromissos nessa tarde. Nos encontraremos outra hora, até mais. - Me despeço e saio do restaurante.

   Mais que rápido, o enorme carro preto para em frente a lanchonete, eu entro e peço ao motorista para me levar para casa. Eu ainda raciocinava tudo que acabara de ouvir do líder da Tokyo Manji.

N° de palavras: 916

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N° de palavras: 916

GÂNGSTER❕ - Tokyo RevengersOnde histórias criam vida. Descubra agora