Capítulo 9

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Eu estava tomando banho, enquanto Jong-Suk foi para a reunião com a SBS. O tal de Choi, motorista dele, o levou, mas mesmo assim fiquei preocupada. Afinal, o caos estava agindo por aí e ele já estava com o tornozelo machucado. Eu esperava que Jong-Suk não fizesse muito esforço, assim em breve tiraria a bota ortopédica e poderia se defender melhor.

Era ridículo acreditar que tudo isso realmente estava acontecendo, eu no apartamento do ator de dorama mais lindo e tudo de bom da Coréia!

Apesar disso, não era somente porque Jong-Suk era lindo que eu estava com os quatro pneus arriados por ele. Existia algo a mais, que tinha a ver com seu jeitinho atencioso, sua voz, a forma como chamava meu nome agora… Tudo isso contribuiu para aumentar o que eu achava que sentia por ele antes. Que era totalmente platônico, mas ao meu ver: sincero e puro, como dizia Serena.

Eu estava distraída na banheira, não lembrava nem quanto tempo fiquei ali imersa na água morna. Então levantei para pegar o shampoo, eu precisava lavar os cabelos e dar um jeito nos meus cachos. Já tínhamos buscado minhas coisas no quarto em que eu morava, portanto, eu tinha tudo o que precisava perto de mim.

De qualquer forma, não sei exatamente o que aconteceu. Quando fui pegar o shampoo na prateleira, simplesmente me desequilibrei e caí.

(...)

Acordei na cama, enrolada em uma toalha, com um lençol cobrindo meu corpo.

— Ai… — resmunguei, minha cabeça doía.

Fui abrindo os olhos lentamente, até que encontrei os dele.

Jong-Suk estava diante de mim, parecendo muito aflito.

— Você acordou! — exclamou assustado, suas mãos espalmaram gentilmente meu rosto. — Está sentindo tontura, dor ou algo assim? — perguntou, examinando meu rosto.

— Minha cabeça dói — respondi, fechando os olhos. — O que aconteceu?

— Não fecha os olhos — ordenou ele, enfático. — Conversa comigo, o doutor já está chegando para te examinar. A senhora Ling está ligando para ele agora mesmo. Você desmaiou no banheiro e bateu a cabeça, te encontrei submersa na banheira… — Sua voz foi ficando mais lenta, evidenciando a preocupação que ele sentia. — Quase me matou de preocupação.

— Eu desmaiei? — repeti em choque.

— Sim, se eu não tivesse chegado nem sei o que teria acontecido — Suspirou. — Você não toma mais banho na banheira, só no chuveiro a partir de hoje e… — hesitou, mordendo o lábio. — Se possível, não sozinha.

Acabei rindo.

— Você vai tomar banho comigo? — maliciei, sentindo o rosto esquentar.

Então me toquei que ele me encontrou, como podemos dizer: nua.

— Não, eu fico do lado de fora do box, você quase se matou, Lavínia! — enfatizou, dessa vez sem resquícios de diversão ou segundas intenções no tom de voz.

Jong-Suk estava realmente preocupado comigo, isso aqueceu meu coração em níveis que eu nem podia explicar.

— Eu estou bem — afirmei, pegando sua mão.

A essa altura ele já estava um pouco mais distante de mim e senti falta do seu calor na minha pele.

— Estou preocupado, não pensei que você corria risco de se machucar por causa da minha insistência em te manter comigo — ponderou, dúvida e insegurança duelando dentro de si. Eu podia perceber claramente. — Talvez seja melhor…

A culpa é da fada!Onde histórias criam vida. Descubra agora