Com alguns problemas familiares após a morte de seu pai, Any se mudou de país ao lado de sua mãe. Com todas aquelas vozes em sua cabeça, ela imaginava que seria apenas "as duas Soares contra o mundo", mas acabou descobrindo que sua vida podia ser ma...
Desde que Josh comentou sobre a situação de Any, não consegui ficar tranquilo e simplesmente dormir. Já passava das onze horas da noite quando, inquieto na cama, peguei meu celular. Joalin estava cansada e já dormia, nós não havíamos contado pra ela sobre o que Josh ouviu. Ou acha que ouviu.
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Ok. Com certeza ela ficou incomodada com o fato de Josh ter a escutado cantando, e eu achei melhor não tocar no assunto do choro. Isso eu deixaria pra Joalin fazer.
Any sempre teve essa mania de esconder seus sentimentos, não porque não queria que alguém soubesse, mas porque ela é o tipo de pessoa que se coloca em último lugar na lista de prioridades. Ela queria ver a mãe e os amigos felizes, pouco se importando com ela mesma, então ela esconderia seus sentimentos pra não estragar um momento de felicidade no grupo, por exemplo. E isso me preocupa.
Guardei meu celular na mesinha de cabeceira e já ia me permitir descansar, quando lembrei de falar com Josh. Ele estava em seu quarto, mas foi ele quem se preocupou com a cacheada primeiro e veio falar comigo.
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Confesso que me surpreendi com as palavras de Josh. Não que ele não se preocupe com ela, não é isso. Mas ele sempre foi mais reservado e apenas nos acompanhava quando estávamos todos juntos, nunca tomou a iniciativa de uma reunião. Talvez ele tenha visto algo que não queira me contar...
Me deixei perder em meus pensamentos e acabei adormecendo com o celular jogado ao meu lado.
Joalin Beauchamp
- Que droga, Nico! - Foi a primeira coisa que disse quando acordei, cobrindo meu rosto com o travesseiro. - Nicholas, desliga essa merda! - Gritei, afundando mais o travesseiro contra meu rosto. O despertador do meu irmão estava tocando há alguns minutos e ele passava a mão pela cama procurando, sem sucesso até agora. Com raiva, me levantei em um pulo e peguei seu celular, que agora se encontrava caído no chão. Desliguei o despertador e joguei o aparelho contra ele, que resmungou algo inaudível. - Eu te odeio. - Disse provocativa, coçando meus olhos. Peguei um de seus travesseiros e joguei contra o loiro, rindo baixo em seguida. - Se eu não durmo, você não dorme. Levanta!
