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— De novo! — Tavis ordena.

Meu corpo gritava pelo esforço, meus ossos implorava por um descanso, obrigo meus músculos a fazer mais uma vez o movimento requerido pela espada. Sorriu ao conseguir completar o exercício perfeitamente.

Estava em uma guerra, tudo o que aprendia com Tavis era usada na guerra, se sobrevivesse a ela no final da noite então tinha dando certo. Tavis pediu para o comandante me colocar nas tropas da noite, pessoa que tinham mais agilidade no escuro eram usadas quando o sol desaparecia, quando ele viu que eu era boa para manejar tudo mesmo no mais escuro da noite ele aceitou.

Três anos...

Essas guerra estava ocorrendo a três anos, já perdemos tanta gente que o céu está coberto de desejos. Eles sempre vinham em minha direção quando alguém morria, mesmo quando  não os tocava, sendo ele do exercido inimigo ou aliado. Graças a isso sou conhecida como a bruxa do campo de batalha, existe tantas histórias sobre mim que me tornei famosa.

Vejo o Sol desaparecer no fim da colina e com isso me sinto mais forte, me viro para Tavis e ele não demora a aparecer ao meu lado, adrenalina passa por meu corpo, nos juntamos ao campo de batalha tomando a linha de frente, Tavis se tornou tão famoso quando eu na guerra, ele era visto como o ceifador, juntos éramos o ceifador e a Bruxa dos espíritos. Lutavamos lado a lado, Tavis se tornou meu irmão de guerra e melhor amigo, descobrir que ele tinha uma esposa que foi presa, ele não pode ajudar e ela morreu, foi ela quem ele trouxe na primeira vez, o desejo dela era tão brilhante que se tornou chamativo nos céus escuros,  Tavis passava horas admirando.

Desvio de uma espada ao mesmo tempo que Tavis ataca, corto o peito de um homem com armadura vermelha ao mesmo tempo que Tavis acerta o que está ao seu lado, era como dançar no Campo de batalha, Tavis e eu sempre protegendo as aberturas um do outro, quando ele atacava eu protegia quando eu avançava ele cobria.

Foi assim por mais dez anos, até que a Vitória fosse gritada para os quatro  canto do campo de batalha.


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— O que pretende fazer agora? — Tavis me questina uma vez que recebo a carta de liberdade.

— Não sei, talvez tentar encontrar minha mãe, saber se ela está bem — Falo arrumando minha capa azul escura no corpo.

— Tem espaço para mais um? — Tavis questina me fazendo ficar surpesa.

— Sério? — Pergunto incrédula me jogando em seus braços — Claro que tem Tata.

— Irei pegar minhas coisa. — foi tudo o que disse antes de correr para longe.

[...]

Minha mãe e irmã morreram queimadas a cinco anos atrás, foi isso que descobri quando voltei a pequena casa que morava a trinta e cinco anos atrás, os moradores nem me reconheceram segundo eles eu estava jovem de mais para alguém que deveria ter seus quarenta e poucos anos.

— Não liguei para eles... sei que é difícil, perder nunca é fácil. — Ele fala me abraçado — Você ainda me tem 112

— está doendo Tata, doi mais que uma flexa envenenada... — Choro o abraçando meu irmão.

— Eu sei... eu sei estrelinha — Ele fala fazendo carinho em minha cabeça.

Não tinha um local para chamar de lar, Tavis e eu concordamos em viajar o mundo, aproveitar o que nos foi tirado, mas conforme nossa jornada avançava Tata ficava mais velho e eu nada. Continuava com a aparência de uma adolescente de dezoito anos.

— Por que eu não envelheço Tata? — Pergunto apavorada para meu irmão — Eu não quero ficar sozinha Tata!

— Você não vai! — Ele me garante me abraçando forte — estou aqui minha estrelinha, prometo que mesmo  quando morrer ainda vou estar aqui.

— Não! — Nego com a cabeça — Prometi colocar o seu desejo ao lado de sua esposa não foi? — Seco as lágrimas,  tentando sorri. — Você vai descansar e seu desejo estará ao lado dela brilhando tão intensamente que iluminada minhas noites!

Tavis e eu continuemos nossa jornada, agora com o tempo conta nós, ele estava ficando velho e queria descansar não seria egoísta com ele, um vilarejo tranquilo foi o local escolhido por ele, era lindo e continha vista perfeita para admirar os desejos que brilhavam intensamente, o céu ainda era negro como a noite porém nossas jornadas vingaram desejos intensos e doces.

— As estrela estão lindas hoje não acha? — Uma mulher nos pergunta me deixando em dúvida.

— Estrelas? — Tavis questina.

— Sim, estrelas — ela fala apontando para os desejos.

— Mais isso não se chama estre... — Tavis tampa minha boca.

— Sim, elas estão lindas hoje, perdoe minha sobrinha nos chamamos de outra coisa de onde vimos — Ele explica

— Sério? Qual? — pergunta curiosa.

— Desejos — Ele fala — Acreditando que os pontos de luz no manto negro se chama Desejos, os desejos de quem já morreu deixando para trás seus desejos para iluminar pessoas como os mesmos sonhos que eles.

— Isso é uma história tão linda! — Ela fala emocionada. — Um homem a muito tempo atrás quando os pontos de luz começou a aparecer cada vez mais, falou que; no Campo de batalha de uma nação muito distantes daqui, lutava uma bela mulher e um homem habilidoso, a mulher com pena das mortes que a guerra causava os transformavam em ponto de luz as pessoas que já morreram os dando paz, o nome dela era Stella. Então chamamos de Estrela, foi uma bela história que ele contou. Ele falou que o homem conhecido como ceifador, ceifava as vidas e ela transformava as vidas em esperança.

Travei com o que ela disse, Tavis sorriu para ela antes de me olhar.

— Me sinto honrada de ter o mesmo nome que ela. — Falo sorrindo gentil.

— Oh, muitas meninas aquilo no vilarejos também tem o mesmo nome em homenagem a heroína da guerra.

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Tavis morreu três anos depois, e assim como prometi tornei seu desejo o mais brilhantes que todas as outras, o colocando ao lado de sua amada. Minha jornada nunca parou, sempre conhecendo pessoas e as deixando partir enquanto eu ficava para trás, séculos depois o grande manto negro se tornou "estrelado" assim como as pessoas o tinham nomeado. Conhecia cada um dos pontinhos brilhantes no céu, escutei cada um deles. E mais uma vez foi a única coisa que não me deixou enlouquecer nessa jornada sem fim. 

As estrelas que ouvem Onde histórias criam vida. Descubra agora