Idia Shroud

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O pedido dessa vez veio de Daknessfriend09, pessoa que disse ser SIMP do Idia e como uma SIMP dele também eu não podia estar mais animada para escrever isso. Fiz com carinho. Aproveitem. - preciso atualizar as coisas aqui.
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Warm Nigths ⋆⋅⋅⋅⊱∘──────∘⊰⋅⋅⋅⋆

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Warm Nigths
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Você virou de bruços na cama e ajeitou os fones de ouvido de Idia em volta do pescoço, depois de horas a fio suas orelhas começaram a doer. O quarto estava meio iluminado pela luz dos monitores do computador, um abajur neon e o próprio Idia. Tudo também estava bastante silencioso. 

 Ortho estava desligado carregando já fazia quase três horas e desde então você estava lendo um mangá no telefone, a companhia do seu pequeno cunhado fazia bastante falta, era cada vez mais difícil se manter acordada sem ele conversando com você. 

Idia, quem havia te convidado (praticamente sequestrado) para passar o fim de semana com ele depois de meses a fio trancado em seu dormitório na NRC, estava do outro lado do quarto fazia horas, completamente envolvido em um jogo novo — você nem sabia mais quanto tempo fazia exatamente. Isso te deixou brincando com jogos de tabuleiro ao lado Ortho a tarde inteira, ocasionalmente trocando mensagens com o seu namorado enquanto ele fazia uma ou outra pequena pausa, enfiando salgadinhos e doces na boca com uma mão e digitando para você com a outra.

Agora eram exatamente quatro e meia da manhã agora e observando as costas de Idia por um bom tempo, você se perguntou se ele conseguiria chegar às cinco sem ter de levantar para ir ao banheiro — você também não se lembrava da última vez que o viu se levantar para isso. Idia estava tão concentrado naquilo, que só de olhar para ele você se sentia exausta.

Podia parecer algo de extremo mal gosto de se fazer com a namorada, mas… como explicar? Vocês apenas funcionavam assim e funcionavam bem. Cada casal tem um jeito de passar um tempo de qualidade juntos. 

Chegava a ser engraçado pensar em como no início o clima entre vocês era esquisito, Idia não conseguia conversar direito cara a cara e Ortho sempre precisava estar lá para servir de ponte entre vocês. Sempre a pelo menos um metro e meio de distância e duros como dois pedaços de pau. Idia não ousava te deixar só por um segundo sequer, você, não conseguia nem sentar na hora da cama direito, era tudo muito estranho. E pensar que hoje estaria mais à vontade que na própria casa, usando um pijama horroroso e esparramada na cama enquanto Idia, jogava um jogo por mais de sete horas seguidas. 

Dando um bocejo, você esticou os braços e secou pequenas lágrimas que se juntaram nos cantos dos seus olhos. Desbloqueou o celular, deu uma olhada nas notificações e desligou ele mais uma vez. Provavelmente não iria conseguir virar a noite daquela vez. Na ponta dos pés, você caminhou até Idia para roubar alguns doces e uma latinha refrigerante. 

Você se esgueirou com cuidado, fazendo seu melhor para não tropeçar em nenhuma peça de roupa jogada no chão, fio ou caixa de pescas espalhada e quando finalmente pôs as mãos em seu lanchinho da madrugada algo colocou as mãos em você. 

Ah sim! Aquela era outra coisa que havia mudado muito desde o seu início com Idia.

O susto quase te fez derrubar e desperdiçar todo o refri. Idia envolveu os braços em volta da sua barriga e encostou a cabeça nas suas costas, te acariciando com a bochecha como se fosse um gato fazendo ruídos estranhos. Você sorriu, abrindo a lata de refrigerante e tomando um gole. Estava demorando demais.

Ele não te solta. 

Idia ainda está prestando atenção no computador. Ele te traz para perto na mesa, ainda agarrado em você enquanto volta a jogar. Você descansa o peso do corpo em uma das pernas e presta um pouco de atenção no que ele está fazendo, no personagem explorando o mapa do jogo enquanto topa com algum inimigo ou algo assim e o ataca. A luz é terrível para os seus olhos cansados. 

Idia é sempre tão quente, os braços dele em volta da sua barriga pareceram febris. Você se lembra de quando ele não conseguia segurar na sua mão, alegando que aquele tipo de interação era insanamente difícil para ele. Você chegou a pensar até mesmo que ele não gostasse de toques. Quem diria que ele chegaria a ser assim, você nunca imaginaria no início que Idia fosse uma pessoa de toques, pela forma que ele sempre agia. Foi um caminho muito longo para chegar naquele nível, foi preciso muita paciência para isso, por parte dos dois. Você percorreu uma mão sobre um dos braços dele e o notou afundar um pouco na cadeira, desinquieto. Aquilo te arranca um pequeno sorriso, as pontas dos cabelos dele adquiriram o tom rosa bastante sutil que você só nota pela escuridão no quarto. Foi adorável.

Você bebe mais um pouco do refrigerante e como um pouco de salgadinho, bocejando um pouco. Idia murmura algumas coisas para você, provavelmente a respeito do jogo dele, é baixo, dá para ver que ele também está cansado, mas também é perceptível o quanto ele ainda está animado só de ouvir. Você não precisa olhar para saber qual expressão ele está fazendo naquele exato momento e balança a cabeça em negação ao comportamento dele. O dia estava quase amanhecendo.

Aproveitando um momento em que ele relaxa, cansada de ficar de pé, você se move para a cadeira e senta em cima das pernas dele. Idia apenas murmura algo em concordância a sua decisão e te ajusta de forma que ele ainda mantenha os braços em torno de você, enquanto segura o controle e descansa o queixo na curva do seu pescoço. 

Seu peso é reconfortante e o seu calor traz tranquilidade para ele, ele se permite aproveitar do sentimento caloroso que surge de repente sem pensar muito a respeito, pois, se o fizesse, terminaria assustado demais com a ideia do sentimento poder ser brutalmente retirado dele a qualquer segundo. Você já estava dormindo e Idia respira fundo mais em paz do que nunca, divertindo-se plenamente com o novo jogo que ele esperou por meses a fio para conseguir e você ao seu lado. 

Twisted DreansOnde histórias criam vida. Descubra agora