ℂ𝕒𝕡𝕚𝕥𝕦𝕝𝕠 𝕕𝕖𝕫𝕖𝕟𝕠𝕧𝕖

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Ágata saiu as pressas do quarto para conseguir alcançar a morena, mas ela já estava correndo, e ela  sabia para onde. O coração acelerado a deixava surda, a lágrimas quentes manchavam seu rosto, a respiração rápida. Ágata correu para o Lab de Shuri, ela tinha certeza que estaria lá.

Ela abriu a porta o mais silenciosamente possível, e encontrou a morena sentada em uma bancada olhando para o nada.

— Shuri...

— Não. Nem começa — Ela interrompeu de forma seca.

Ágata se calou e abaixou a cabeça. Mas ela respirou fundo erguendo a cabeça.

— Vamos conversar, eu... eu não quero voltar com ele, nem com ninguém, eu só quero você, apenas você.

— Eu acreditei nisso. Mas é ele Ágata, o Peter Parker, você iria ter um filho com ele! — ela explodiu apontando para a porta.

O ar foi expulso do pulmão de Ágata e as lágrimas aumentaram, elas duas estavam chorando, mas a morena se mantinha firme. Ágata tremia para segurar os soluços de choro.

— Não me importa, eu amo é você Shuri, você. Eu não sei o que deu nele, mas eu juro.... eu juro nunca passou pela minha cabeça deixar você. — Ágata sussurrou com o aperto no peito aumentando.

O Lab estava deserto e escuro, mas dava para ver as lágrimas no rosto das duas.

— Acabou Ágata. — As palavras atingiram Ágata em cheio.

— Que? — Ela sussurrou. — Não, não, não. Por favor, Shuri, não faz isso, por favor, não, eu amo você, eu amo, eu amo...  — Ágata implorou abraçando Shuri, o choro cortava as palavras de Ágata.

Ela tremia sentindo que iria desabar, o vazio, o tão temido vazio havia voltado.

— Não, para Ágata — Shuri falou afastando os braços de Ágata, se afastando da mesma.

Shuri retirou a aliança, deixou o pequeno anel sobre a bancada para sair do Lab, Ágata estava congelada no lugar quando Shuri passou por ela. Os dedos de Ágata se fecharam, os nós se tornando brancos, ela encarou o chão com as lágrimas embaçando a sua visão, ela negou várias vezes com a cabeça passando as mãos pelos cabelos, a dor no peito aumento e seu coração podia ser ouvido, a tremedeira não a deixava, ao pensar que melhoraria sempre piorava.

Ela se sentou no chão escorando as costas na base da bancada, ela abraçou as pernas para acalmar os soluços. Os cabelos bagunçados, a maquiagem borrada, a tristeza consumia as suas forças, ela se sentia tão humana, tão frágil, sentia que seria capaz de morrer ou ficar perto disso, a pior parte é que ela não lutaria para se manter viva. 

— Sinto muito — Peter falou se sentou ao lado de Ágata.

— Sai daqui, já não está satisfeito? — Ágata implorou com a voz embargada.

— Fui obrigado, era uma missão, Ágata. — ele sussurrou.

Ágata riu alto.

— Conta outra, Peter, Meu deus. — Ela falou fungando em seguida.

— É serio, Nick me obrigou, ele falou que eu seria expulso dos Vingadores e seria cúmplice de vocês. — Ele falou se levantando. — eu fiquei feliz por você está feliz, mas eu tinha que fazer.

— O que você ganharia com isso? — ela questionou tentando secar as lágrimas.

— Ele achou que se eu falasse isso, você iria se entregar, eu disse que isso não daria certo, e ele me ouviu? Não! Eu não quero que voltei comigo, e nem nada do tipo, — Peter começou, Ágata o olhou com uma sobrancelha arqueada apesar de seus olhos estarem inchedos — eu só quero que você seja feliz e que a gente não fique brigando, que sejamos amigos e nada mais, eu gosto mesmo da...

𝕊𝕥𝕣𝕒𝕟𝕘𝕖 𝕄𝕒𝕘𝕚𝕔 - Avengers Onde histórias criam vida. Descubra agora