Capítulo 4

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Uma vela tinha mais cor que seu próprio rosto. Então como a sua rapidez de raciocínio sempre a ajudava...

- Ah... É que a alcinha do meu vestido se soltou e eu entrei aqui para arrumar antes que alguém visse... – Ela não respirava. O Sr. Lee associou o constrangimento dela a esse fato e a tranquilizou.

- "Como ela é inteligente... Quem pensaria numa resposta dessas"? – Pensou Jungkook impressionado com a destreza dela.

- Ah, está tudo bem. Fique a vontade. Eu estou indo almoçar, você quer vir também?

- Não, senhor. Eu estou na verdade atrasada para meu próximo compromisso. - Os dois foram para a saída, ele foi para o restaurante e ela seguiu em direção à estação de metrô mais próxima. Assim que ela virou a esquina, ela encostou-se à parede porque senão cairia. Pegou uma garrafinha de água na sua bolsa e tomou a garrafa quase toda. Sua respiração se normalizou.

- Meu Deus, que loucura foi essa? O que eu estou fazendo? - Ela passou as mãos pelos cabelos desencostou-se da parede, ajeitou as roupas e foi para a estação.

(...)

- Becca! Rebecca! O que está acontecendo com você? Você foi abduzida? – Disse Carol para chamar a sua atenção. Pois ela não tirava a cena da sala de reunião da cabeça.

- Desculpe, Carol. É que eu tô com um pouco de dor de cabeça.

- Nossa... Você já tomou remédio? – Perguntou a amiga preocupada.

- Já, sim. Vou deitar um pouco, daqui a pouco eu melhoro. – Rebecca respondeu e foi para o seu quarto. Ela não gostava de mentir para a amiga, mas não tinha humor para conversar naquele momento. A montanha russa de emoções daquela manhã, simplesmente a deixou exaurida. Ela realmente precisava descansar, depois contaria a ela como foi a reunião e da possibilidade de trabalharem juntas. Ela tinha certeza que Carol iria pirar.

(...)

Assim como Rebecca, Jungkook passou o resto do dia aéreo. Os meninos, Jimin principalmente, estranharam o comportamento dele. Por mais que pensasse, ele não via explicação para esse fascínio que ela exercia sobre ele. Aqueles olhos, os lábios macios, o tato da sua intimidade e a reciprocidade. Ele causava o mesmo efeito nela. E o melhor de tudo: ela ia trabalhar com eles. Após os ensaios do dia, ele ficou em seu quarto. Pegava o telefone, queria ligar, mas não sabia exatamente o que falaria. Adormeceu com o celular na mão.

- Carol, preciso te contar como foi a reunião ontem. – Disse Rebecca enquanto colocava água na chaleira para esquentar.

- Sua cabeça melhorou? – Perguntou a amiga preocupada.

- Sim, tô melhor. Dormi bem essa noite. Isso fez toda a diferença. Lee Gu Young pediu que eu chefiasse a equipe de pós-produção, maquiagem e figurino para a próxima turnê do BTS. E o melhor de tudo: você vai comigo também! - A xícara escapou da mão de Carol e se espatifou em dezenas de caquinhos no chão. A colher que estava em sua boca também caiu. Rebecca não sabia se ria ou se catava os cacos da caneca.

- Você tá brincando, né? – Perguntou ela com os olhos arregalados.

- Não tô, não. Veja. – E entregou a ela o portfolio com a programação. – Você vai ser a figurinista do BTS nessa turnê! – Carol começou a chorar e Rebecca se assustou.

- Carol, amiga, o que foi?

- Eu tô feliz... – E chorava abraçada a amiga.

- Carol, quem tá feliz, dá risada e não chora. – Rebecca tentava consolar a amiga.

JUNGKOOK & EUOnde histórias criam vida. Descubra agora