Artificial Love • Thiam [Portuguese Version]

♚ Chapter 14 ♚

Theo: Ei

Liam: você acha que muffins alguma vez sentem vergonha?

Theo: Você está... chapado? wtf?

Liam: não, só tipo... sabe como quando você vai às lojas sempre tem aqueles muffins que são como farelo ou algo assim e você só sabe que eles já estão lá por pelo menos uma semana e meia?

Theo: do que diabos você está falando

Theo: Você está me perguntando seriamente se muffins farelentos de uma semana sentem vergonha?

Liam: você disse que queria falar comigo, não é? parabéns estamos conversando

Theo: Ok, tudo bem. Digamos que hipoteticamente, muffins podem ter sentimentos. por que eles teriam vergonha? não ficariam aliviados por viver para lutar outro dia??

Liam: mm, talvez. mas tipo, talvez ser comido seja o propósito deles, não é? como, talvez, quando eles são feitos, eles ficam tão animados e estão tentando descobrir quem será escolhido primeiro e nós apenas jogamos fora aqueles que não escolhemos...

Theo: Liam, você está comendo um muffin agora?

Liam respondeu com uma foto sua com um muffin farelento comido pela metade.

Theo: Liam... por favor, me diga que você não comprou um muffin farelento feio porque estava preocupado se ele sentiu vergonha...

Liam: ... eu não... não comprei um muffin farelento feio, porque estava preocupado que ele se sentiu envergonhado...

Theo mandou de volta uma foto sua com a mão no rosto, depois uma foto do croissant que comera no café da manhã. Ele fez uma careta estúpida por trás do croissant e o enviou antes que pudesse questionar a si mesmo e suas escolhas.

Liam estava falando com ele. Liam estava reconhecendo que ele estava vivo. Depois da merda que ele fez, Theo percebeu que era tudo o que poderia pedir.

Theo nunca acreditou muito nas coisas. Ele era em grande parte um cínico, as coisas em que ele acreditava tinham que ser acionáveis, prováveis. Ele se considerava um ateu relativamente convicto, um crente da ciência. Ele não tinha nem metade da imaginação ou otimismo de Liam para o mundo. Tendo isso em mente, foi quase estilhaçante quando Theo percebeu o quão sentimental e romântico ele havia se tornado. Quando ele percebeu que não poderia se imaginar amando outra pessoa. Quando ele percebeu que Liam havia se tornado a primeira pessoa em quem ele pensava pela manhã, a pessoa que ele procuraria em uma sala.

E quando parecia impossível, estúpido e improvável, ele até se viu gravitando em torno do menino. Cada fibra de seu ser dizia que era estúpido. Impossível, indigno, inaceitável. Ele tinha um título. Ele era um futuro rei. E ainda...

Ele tinha quase certeza de que desistiria de tudo. Não que ele alguma vez tivesse dito isso em voz alta.

Não importava o que ele estava disposto a desistir de qualquer maneira. Não era ele o fator decisivo aqui.

Liam não lhe deu motivos para supor que sentia algo próximo da mesma maneira. E, francamente, embora Theo não soubesse, às vezes ele podia se iludir, quando realmente precisava, acreditando que talvez tivesse uma chance.

Mas ilusões eram apenas ilusões, e o máximo que ele podia esperar era que Liam o perdoasse por ser um garoto estúpido e egoísta e um adulto ainda mais estúpido, e ser seu amigo.

Seu telefone apitou novamente, e quando ele abriu a mensagem de Liam, ele encontrou um link para um artigo teorizando sobre como os dois príncipes estavam secretamente apaixonados, completo com relatos dos dois escapando de festas juntos ao longo dos anos, e fotos que pareciam mostrar um dos dois olhando ansiosamente para o outro. Ele parou em uma foto de Theo sorrindo e Liam olhando para ele com atenção. Se ele não soubesse melhor, ele poderia ver por que as pessoas pensavam o que pensavam. Mas ele sabia melhor.