Quando cheguei em casa mamá estava fazendo faxina, todos os moveis estavam fora do lugar e a casa exalava perfume de limpeza.
— Sam! Você assustou-me, hijo! — mamá estava com os cabelos negros presos em um coque e sua correntinha que sempre usava estava a mostra, e dela sentia uma sensação como se ela sussurrasse para mim.
— Está tudo bem, hijo? — perguntou ela encarando-me.
Aproximei-me dela involuntariamente tocando em sua corrente com o pingente que tinha o desenho de um corvo e de uma lua crescente entalhados nele, quando senti ser sugado por um tornado e sendo jogado em meio a uma visão de uma rua ao anoitecer, sobre um céu noturno escuro a sem lua e cheia de neblina.
"Havia uma mulher de cabelos tão negros quando a noite naquele dia, o cabelo ondulado sobressaia do capuz que ela usava, a pele tão pálida quando a luz da lua, em um dos seus braços um bebê dormi envolto em uma manta preta que foi colocada no chão próximo a porta do convento.
— Sinto muito minha criança, mas não posso ficar com você! — a garota beijou docemente a criança antes de afastar-se.
A mesma voltou como se houvesse esquecido algo ou mudado de ideia, mas ela apenas tirou uma correntinha de seu pescoço colocando-a junto a criança antes de bater na porta varias vezes até ver a luz de dentro do convento ser acessa, tão rápida quando uma raposa a garota correu para a noite sumindo como magia em meio a neblina que cobria a rua."
— Samuel! Samuel! — mamá chaqualhava-me como se tentasse trazer-me de volta, seus olhos estava marejado e transbordavam preocupação e medo.
— Dios mio! — sussurrei sentindo-me completamente tonto e com tontura.
— O que está está acontecendo Samuel? O que você está sentindo! — ela estava desesperada achando que eu poderia estar sofrendo algum tipo de derrame ou ataque cardíaco.
— Tuve una vision! — sussurrei ainda sentindo-me sem forças tendo que sentar-me no sofá para não cair no chão.
— Uma visão? do que estas hablando hijo? — ela olhava-me como se eu estivesse falando em outra língua completamente desconhecida ou achando que eu estava delirando.
— Esta cadena te la dejaron en la puerta del convento. — sabia que mamá havia sido adotada ela nunca fez questão de esconder isso, mas nunca havia mencionado a correntinha que sempre usava.
— Sim, ela foi deixada comigo por quem deixou-me no convento. O que isso tem de mais?
— Sua mamá que deixou-te no convento, disse que não poderia ficar contigo! — aos poucos comecei a sentir-me melhor e tem mais clareza de meus pensamentos.
— Do que você está falando Samuel? — agora ela olhava-me com desconfiança e incredulidade.
— Eu vi mamá, tive uma visão quando toquei sua corrente, sua mamá te deixou no convento da nossa senhora de guadalupe. — pela primeira vez estava confirmando para ela que eu realmente acreditava no meu dom e que havia tido uma visão.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Jovens Bruxos.
Ficção AdolescenteRomance GLBT. Um jovem se muda de Los Angeles para Mistville para começar uma nova vida. No colégio em que se matricula, ele acaba conhecendo três alunos que têm uma atividade um tanto quanto incomum: eles se dedicam ao ocultismo e à magia. E isso...