Capítulo Dezoito

52 7 5
                                    


Os últimos acontecimentos ainda mexiam comigo, mesmo depois de passar o dia anterior inteiro deitado, descansando ainda sentia-me fraco e não conseguia tirar o garoto misterioso da minha mente, cada vez que fechava meus olhos me via novamente nos ...

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Os últimos acontecimentos ainda mexiam comigo, mesmo depois de passar o dia anterior inteiro deitado, descansando ainda sentia-me fraco e não conseguia tirar o garoto misterioso da minha mente, cada vez que fechava meus olhos me via novamente nos braços dele e encarando seus olhos escuro, que fazia com que me sentisse sendo tragado pela imensidão escuro do oceano, cada vez mais fundo e perdido, como se fosse um marinheiro sendo guiado pelo canto das sereias para o seu fim.

Havia tentado meditar para me livrar dos pensamentos, mas nada havia adiantado, tentei ler livros, jogar vídeo game, assistir filmes ou serie, mas nada deu certo, pois ele sempre estava presente nos meus pensamentos, cada vez que via algum personagem no jogo ou do filme ou serie, os via com o rosto dele, eu já estava enlouquecendo, precisava urgentemente esquecer dele, para poder pensar em outras coisas, principalmente o que diria a Daniel quando o visse, sem contar as aulas, por isso escrevi inúmeras vezes o que eu desejava esquecer em um pedaço de papel e o queimei em uma vela branca.

Pelos poderes do elemento fogo, que eu esqueça aquilo desejo! Pelos poderes do elemento ar, que o vento sopre para longe o meu desejo! — Soprei as cinzas do papel pela janela do meu quarto sentindo a minha magia fluir junto a brisa que levou as cinzas para o céu, as espalhando pelo ar.

— Hijo, te gustaría que lo llevaran a la escuela? — perguntou papa da porta do quarto, observando a vela acessa com a sobrancelha arqueada.

— Me gustaría mucho, papa! — respondi pegando minha mochila e o caderno de desenhos em cima da mesa do computador.

— No apagarás la vela? — papa apontou para a vela.

— Gracias, me estaba olvidando. — Voltei até a mesa do computador e apaguei a vela, sentindo algo estranho no ar.

— Já estão indo? — perguntou mama lendo o jornal sentada no sofá.

— Sim, o papa vai me dar um carona e vou aproveitar para ir à biblioteca do colégio. — Respondi indo até ela dando-lhe um beijo no rosto.

— Tem um buen día mi amor! — papa foi até a mama e a beijou suavemente nos lábios. O amor, carinho e a cumplicidade deles eram evidentes, ambos se amavam e respeitavam e era lindo de se ver, e era isso que eu queria para minha vida, viver um amor real como os dos meus pais que mesmo nas dificuldades da vida conseguiram continuar juntos sem se perderem, mostrando que era possível amar alguém mesmo no pior momento dela.

— Você também. — Mamãe passou a mão sobre o rosto do papa com carinho, sorrindo quando ele beijou sua mão.

Papa parecia feliz e contente com o novo trabalho mesmo que fosse exaustivo, mas sentia que logo as coisas ficariam melhores com a contratação de novos funcionários e o mais importante era que ele realmente gostava do que estava fazendo, ele sempre quis essa vaga de emprego, e lutou muito por ela, por isso eu tinha muito orgulho dele.

Jovens Bruxos. Onde histórias criam vida. Descubra agora