Capítulo Catorze

38 7 2
                                    

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


O dia seguiu tranquilamente, porém quase que constantemente Billy ficava incomodando-me com perguntas sobre o garoto que vi com ele na visão, coisas que não tinha como eu saber ou responder, tudo o que eu sabia era que no dia de ação de graças eles estariam juntos, o maior problema era saber se isso iria acontecer esse ano, pois não consegui ver muito, além de só ter visto Billy. Richard e Nick não estavam na visão.

Durante as aulas meus pensamentos não paravam de voltar ao garoto dos meus sonhos, por isso comecei a desenha-lo como estava na visão havia algo de diferente dessa vez, algo nele estava diferente. As aulas passaram rapidamente, uma mais entediante que a outra, pois já havia estudado os mesmo assuntos antes no meu antigo colégio, a prova de matemática foi fácil, pois eu já sabia a maioria das respostas, quando terminei voltei ao meu desenho e ao termina-lo conseguia ver o que havia mudado, seus olhos não demonstravam mais tristeza e angustia, dessa vez demonstravam felicidade e esperança, e seu sorriso era encantador, o que fez meu coração acelerar.

— Senhor Salazar, quer apresentar seu trabalho de arte? — perguntou o professor de Artes no meio da sala.

— Como? — perguntei perdido no que estava acontecendo.

— O desenho que pedi que fizessem sobre qualquer coisa que quisessem que inspirassem vocês. Você parecia-me bem inspirado não parou de desenhar desde que chegou na sala. — Ele e toda a sala encaravam-me esperando que eu mostrasse algo.

— Claro! — não sabia o que mostrar, não queria dividir com toda a sala minha obsessão com o garoto dos meus sonhos, por isso folheei meu caderno de desenhos até parar no desenho que chamou minha atenção o desenho de um cemitério, que eu havia desenhado na noite anterior da mudança, no desenho havia duas lapides que diziam; "juntos finalmente L&G", e sobre as lapides duas flores enrolavam-se uma na outra como se os jovens amantes quisesse demonstrar mesmo na morte que estavam juntos.

— Meio mórbido seu senso de inspiração. — Comentou o professor quando mostrei meu desenho.

— Esses são as lapides de Luna Corvinus e Gabriel Mather, os jovens amantes que cometeram suicídio, pois os pais não permitiam que eles ficassem juntos, tipo Romeu e Julieta, a história deles foi a inspiração para o livro Amor ou Poder do autor Edgar Warren ou E. W como ele assinava. — explicou Nick.

Nem mesmo eu sabia disso, agora eu entendi a fascinação que eu tinha por esse livro, além do autor ter o mesmo sobrenome da minha mãe, eu havia desenhado as lapides dos jovens que inspiraram ele a criar seus personagens.

— Hum...Então você gosta de romances proibidos e isso o inspira? — perguntou o professor.

— Acho que sim, o que mais gosto nesse desenho e que ele traz esperança, por que por mais que os jovens tiveram um final trágico, eles conseguiram ficar juntos pelo menos na morte, e essas flores que entrelaçam entre elas, simboliza que mesmo na morte o desejo deles de estarem juntos fez com que a natureza os unisse mesmo que somente simbolicamente nessas flores. — Não fazia ideia de onde eu havia tirado essa explicação, porém fiquei grato a qualquer coisa ou ser que havia mandado essa explicação para mim.

Jovens Bruxos. Onde histórias criam vida. Descubra agora