Desabafos de uma Menina em Desenvolvimento

I'm so lonely...

Hoje eu estava matando tempo da tarde de terça no vasto mundo da internet. Memes aparecem com certa frequência nos meus recomendados e logo me peguei rindo por um deles, cenário que, me atrevo a dizer, é bastante comum.

Não tinha nada de tão especial, mas me fez rir. Talvez a ignorância de quem comentou ou a ironia de quem o postou, não sei o que poderia me fazer sorrir em algo tão simples, mas iluminou meu rosto melancólico, tão cansado da solidão do isolamento.

Achei tão divertido e criativo que quis compartilhar com alguém.

Mas não tinha ninguém perto.

Não é como se meus familiares não estivessem à um cômodo de distância, mas é o tipo de coisa que os jovens entendem em quase unanimidade que não faria adultos rirem, no máximo soltarem um sopro nasalado cujo único objetivo é não te deixar decepcionado.

Decidi então suprir essa necessidade imaginando que meus amigos estavam ali, especificamente os personagens de histórias fantásticas que eu assistia e lia quase todos os dias para fugir da minha realidade monótona. Em minha mente, os mostrei o meme e ri genuinamente, ou quase, para tornar o máximo realista possível aquela relação utópica.

Mas não consegui imaginar suas respostas, muito menos suas expressões. Na verdade, eles sumiram como um passe de mágica, assim como o sorriso que iluminava meu rosto.

Naquele momento eu percebi o quão sozinha eu estava. E o quanto essa solidão me destruía por dentro.

Nem mesmo os livros ou filmes ou redes sociais são capazes de suprir essa necessidade.

Eu preciso de amigos, não de mais virtuais, nenhum deles já se importou de fato comigo, mas de amigos reais e palpáveis.

Que posso tocar e me permitir ser tocada.
Que posso consolar e me permitir ser consolada.
Que posso amar e me permitir ser amada.

Sinto falta de vocês, amigos reais.
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Have you ever felt like you could disappear? Like you could fall and no one would hear." - Dear Evan Hansen