Capítulo 10: I Hate Everything About You

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1 mês antes

- Lex! - Mitchie adentrou o vestiário da escola segurando seu teste de trigonometria com um sorriso ofuscante.

Eu tinha acabado de sair da Educação Física, estava só com uma toalha cobrindo meu corpo molhado e enrijeci quando ela me abraçou na frente das outras garotas. Um abraço inesperado, assim como Mitchie, imprevisível.

- Mitchie o que é isso? - Murmurei.

- Um abraço.

- Por que tá me abraçando?

Mitchie finalmente se desgrudou de mim e eu soltei o ar que havia prendido.

- Por causa disso!

Olhei para o teste que ela orgulhosamente mostrava e sorri de forma involuntária para a nota B. Ela estava tão feliz com seu progresso que não conseguia conter o sorriso larguíssimo. Vê-la tão contente assim depois de uma crise depressiva foi surpreendentemente gratificante.

- Nada mal. Parabéns, Mitch.

- Tudo graças a você... - Aproximou uma mão do meu rosto me obrigando a afastá-la bruscamente antes que me tocasse.

- O que tá fazendo? - Resmunguei olhando para os lados.

- Tem um cílio no seu rosto.

Passei as mãos no rosto e Mitchie riu balançando a cabeça.

- Ainda está aí.

Bufei.

- Tira rápido.

E com toda delicadeza e lerdeza do mundo, Mitchie retirou o cílio do meu rosto.

- Faz um desejo.

- Eu desejo que você saia daqui que tal?

As garotas riram de Mitchie a deixando claramente incomodada.

- Você não precisa ser grossa o tempo todo sabia?

Encarei as costas da garota que saía sob olhares chacoteadores.

- Espera!

Mitchie, que já chegava na saída, se virou segurando na alça da mochila.

- Eu estou orgulhosa de você.

Então ela praticamente saltou para quebrar meus ossos com outro abraço.

- Sem abraço. - Reclamei sendo esmagada.

- Cala a boca e me abraça de volta.

***

- Você acha que conseguiremos um A+? - Stevie perguntou enquanto levávamos a casinha de cachorro finalizada até o carro dela.

- Com certeza, fizemos um ótimo trabalho.

- É porque formamos uma ótima dupla. - Deu uma piscada.

Pousamos a casinha de tamanho médio pintada de branco e azul na calçada e Stevie abriu a porta de seu Ford Capri.

- Será que cabe? - Indaguei com as mãos na cintura examinando o espaço.

No porta-malas certamente não caberia então nem tentamos.

- Tem que caber.

Ajudei Stevie a colocar a casinha sobre o banco do passageiro e para a nossa sorte coube bem. Nós sorrimos aliviadas.

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