I - Fuga

2.2K 170 283
                                    


Entrei no primeiro espaço entre as árvores que achei, e corri com toda a velocidade que não sabia ter. A falta de ar já me tomava, minha garganta ardia e meu coração parecia ser auditivel à metros de distância.

Quando vi oque comensais da morte fizeram entre as barracas, apenas peguei minha varinha e corri o mais rápido que consegui.

No meio da correria meu pé enrredou em um galho e caí no chão. Por sorte levei as mãos na frente e não machuquei o rosto.

— OLA? – escutei uma voz masculina mas não tão velha, fiquei com mais medo. Fiquei onde estava sem respirar — TEM ALGUÉM AI?

Pensei muito em oque fazer, e se fosse um comensal? Mas... e se for alguém do bem?

Levantei me escondendo entre uma moita e empunhei a varinha, eu conseguiria ver ele antes que ele pudesse me enxergar.

— estou aqui – falei na mesma altura

Ouvi sons de galho sendo quebrados e em seguida um menino aparentemente quase da minha idade.

O moreno olhou confuso para os lados e saí do meio dos arbustos.

— esconderijo esperto, me viu primeiro – foram suas primeiras palavras direcionadas a mim, junto com um aperto de mãos

— era a idéia, sabe a distância do acampamento até aqui?

— acho que uns dois quilômetros, quer seguir caminhando um pouco ou esperar um tempo aqui?

— não é muito seguro se enfiar em uma floresta com um desconhecido, mas podemos ir andando.

Após uns dez minutos andando, enquanto olhava para o lado pensei avistar um amontoado de tábuas.

Lumus Máxima! – falei baixo e minha varinha expeliu uma grande luz

Apontei a luz para a direção que tinha visto e avistei um chalé pequeno.

— tem um chalé ali, quer ver se esta vazio? – perguntei para o garoto ao meu lado

— quer que eu vá na frente?

— do meu lado por favor

Nos aproximamos e vimos ter bastante frestas entre as madeiras, o garoto espiou entre elas e afirmou estar vazio, provavelmente abandonado.

Ele abriu a porta e entramos, acendendo um fogo na lareira velha de pedra. Tinha um sofá mofado que ele "limpou" antes de nos sentarmos e eu conjurei uma coberta para nos cobrir.

Após um tempo em um silêncio não tão confortável, já estamos quentes devido o calor da lareira e do cobertor de lã.

— Cedrico Diggory, de Hogwarts – ele quebrou o silêncio

— Helena Saled, de Beauxbatons – respondi

— sabia, reconheci o seu sotaque

— que mentira – ri dando um soquinho no seu braço o fazendo rir também — não tenho muito sotaque e treinei muito antes de vir.

— huhum

— não sei oque falar

— está nervosa, nunca viu alguém bonito assim na França — ele se gabou fazendo uma voz mais galanteadora.

— não estou nervosa, mas é verdade – me aproximei do seu ouvido — na França não tem meninos muito bonitos.

—ja devem estar nos procurando

— já devemos ir andando? – não sei oque há, mas na verdade não queria ir agora.

O chalé estava quentinho, os meus pés em baixo do cobertos também. A companhia estava agradável igual ao seu cheiro doce.

Perdidos - Cedrico DiggoryOnde histórias criam vida. Descubra agora