𝘼𝙘𝙤𝙧𝙙𝙚 𝙣𝙤 𝙘𝙚́𝙪 - 𝙋𝙖𝙮𝙩𝙤𝙣 𝙈𝙤𝙤𝙧𝙢𝙚𝙞𝙚𝙧.

1 -

Prólogo —

Payton moormeier.

13:40 -

Acordei com minha doutora, ao meu lado. Sacodindo meus remédios, insistente.

Caso esteja confuso(a), bom.. me chamo Payton, como deve saber. Aos 12 anos de idade, fui diagnosticado com uma doença em meu coração, o que me fez ir morar no hospital, em San Diego, aos 16 anos. Bem longe dos meus parentes.  Situei parentes ? Quero dizer, minha mãe e minha irmã. Se meu pai não fosse covarde o suficiente, estaria ao meu lado, é claro ! Haha.

13:45 -

Doutora cheeps, minha grande amiga, me acordou com meus remédios em meu lado.

— bom dia, Moormeier ! — ela diz, sorridente.

— bom dia ! — digo, feliz.

— está.. feliz ? — cheeps diz, ao me vez sorrir.

— sim ! Ivy Irá vir me ver ! Finalmente o pai dela melhorou, já faz uma semana que não a vejo minha garota. — digo, bêbedo um gole de água após botar as pílulas na boca.

— que ótimo ! Ivy é uma menina doce, você fez uma ótima escolha em escolher ela. — Cheeps diz, cruzando seus dedos juntos.

Solto uma risada boba, e ela sai da sala.

Ligo meu celular, e não vejo mensagens de Ivy.

Caso não conheça Ivy, bom.. Ivy é minha namorada desde que tinha 11 anos, fomos de um namoro de criança para uma coisa tão séria. Ivy vem me ver todos os dias após o almoço no hospital e passa a tarde toda comigo, o que me faz sentir mais falta de como éramos quando tínhamos 15 anos.

ligo a ela, e minutos depois ela atende.

— boa tarde, dorminhoco ! — Ivy diz, após atender.

— hah, bom dia, Ivy ! — digo, entusiasmado.

— desculpa não mandar mensagens.. Connor acordou gripado e tive que dar atenção a ele e acabei nem pegando o celular. — ela diz, desapontada.

Connor era seu irmão mais novo, de 9 anos.

— desejo melhoras ao mosquitinho ! — eu disse, sorridente ao ouvir sua voz calma.

— obrigada, meu amor ! Então.. vou ir te ver lá pelas 16h hoje, tudo bem pra você ? Hoje tenho curso do meu trabalho, então.. — ela disse, e seu tom de voz diminuiu.

— ah... É... T-tudo bem.. — digo, desapontado.

Ela continua me botando pra trás, conheço Ivy dos pés a cabeça, e sei que ela nunca me deixaria pra fazer um curso bobo.

— olha.. me desculpa estar fazendo isso recentemente é que.. estou tendo muitas coisas pra fazer ultimamente. — ela disse, assim minhas mãos sobem ao meu cabelo.

Meu deus, preciso de um banho.

— tudo bem, é.. vou tomar banho, apareça, se puder. — digo, em um tom de voz irritado.

Já estava cansado disso. Sinceramente, não seria legal se fosse ela. Ela me culparia dizendo que estou com outra mulher. Confio suficiente nela para ela nunca me trair.

14:02 -

Entrei no chuveiro, com a água morna. Meus ombros massageavam-se, sozinhos. Me molhei, assim passava os dedos entre meu cabelo.

..Faz quanto tempo que não faço um corte de cabelo. ? Já deve fazer 4 ou 6 meses.

— Moormeier ?! Hora do almoço, fizemos seu favorito ! — cheeps disse, abrindo a porta do banheiro e me assistindo totalmente nu.

— cheeps ! Seria educado bater na porta. — digo, me cobrindo com a cortina do chuveiro.

— me desculpe, não ocorrerá novamente. Ivy deve ser uma garota de sorte, haha ! — ela disse, e soltou uma pequena risada.

Que piada, não ? Me deixou extremamente desconfortável. Uma menina praticamente da minha idade fazer isso.

— saia. — eu disse, e ela imediatamente deixou as portas do banheiro.

logo ouço a porta principal de meu quarto se fechar.

   Assim desligo o chuveiro, após passar meus produtos de cabelo.

Sai do banheiro, apenas com uma toalha cobrindo meus quadris, e vejo Ivy na minha "cama".

— Ivy ? — digo, entusiasmado passando a mão em meu cabelo.

— decidi passar aqui antes de.. ir pro curso. — ela se levantou.— estava com saudades ! — ela disse, se aproximando.

A segurei em meus braços, com um grande sorriso na cara.

— eu te amo. — sua voz em meu peito se abafava.

Não obtive sua resposta, apenas me calei.

Entreguei-a um beijo em seus lábios, e assim me sentei, na "cama".

— o que quer fazer primeiro ? Podemos ver um filme, ou podemos tocar violão e cantar. Talvez, podemos jogar stop ! Ou escrever outra música. — ela disse, levantando.

Ivy nunca foi de se desesperar, quando ela vinha me ver, eu quem oferecia as coisas, desesperado. Tem algo errado acontecendo, e ela está me escondendo isso.