Lisa
Estava sentada no tronco que eu e Ziggy sempre ficávamos.
Lia "Carrie, a Estranha". Eu já tinha lido aquele livros milhões de vezes. Eu o amava muito. Porém, eu não lia ele apenas com o intuito de me divertir, eu o lia pois queria usar o "Banho de sangue do baile" como inspiração para minha próxima vingança contra Sheila.
-Lisa.- escutei alguém me chamar.Olhei para trás e vi Tommy, encostado em uma árvore e me encarando, com Cindy ao seu lado. Revirei os olhos, sabendo que receberia um sermão.
Tommy era meu melhor amigo, praticamente meu irmão mais velho.
Minha irmã teve a primeira filha a uns cinco anos atrás e se mudou com o marido para um outro lugar. Eu fiquei sozinha com meu pai. Ele trabalhava, então começou a pagar Tommy para que ficasse de babá. Ele cuidava de mim todos os dias, e disso nasceu uma ótima amizade.
Meu pai sabia que eu aprontava muito, então pediu ao garoto que me vigiasse no acampamento.
-Olha, - coloquei as mãos para o alto-em minha defesa, eu não fiz nada,dessa vez.- o menino riu e se sentou ao meu lado no tronco, mas a garota continuou quieta perto da árvore.
-Vou fingir que é verdade.
-A Sheila quase queimou a Ziggy, você acredita?- ele me olhou, impressionado, e se virou para Cindy, que apenas deu de ombros.
-Caralho, tudo isso por dez dólares?
-Pois é!- exclamei, muito irritada- Aposto que o narigudo do Kurt não te falou isso!
-Não falou.- ele me estendeu uma garrafa d'água- Aquela menina não bate bem.
Concordei com a cabeça, engolindo o líquido.
-Falando em não bater bem. Você sabe se alguém mexeu com a enfermeira Lane?-questionei- Tipo, falou algo sobre a filha dela?
-Todo mundo fala da filha dela.-ele deu de ombros.
-Vocês acreditam na Sarah Fier?- censurei a mim mesma ao escutar aquela besteira. Nem eu acreditava naquela lenda idiota
-Claro que não,- Tommy riu- é tipo um Papai Noel macabro.
-Ho-Ho-Ho!- mexi os braços.
Escutamos um barulho vindo de um arbusto a nossa direita. De lá saiu a Enfermeira Lane. Ela parecia mais triste do que estava mais cedo.
-Senhora Lane?- Tommy chamou e ela o encarou, triste.
-Desculpe,- ela balançou a cabeça- mas eu não posso salvar você- olhei para Cindy, que tinha o olhar voltado a mão da mulher. Prendi a respiração ao ver que ela segurava uma faca de cozinha. Cutuquei o menino, que me ignorou- Eu vi seu nome.- ela começou a se aproximar. Eu não sabia o que fazer, eu estava em choque- De um jeito ou de outro, você vai morrer hoje.
-Do que está falando?- ele perguntou, confuso e com medo
A mulher não respondeu, só partiu para cima dele, o derrubando do tronco.
Eu me levantei, sem saber como agir. Ela tentava acertar o garoto, que segurava a faca. Olhei para Cindy, que também estava paralisada.
Observei o redor, mas não via nada que pudesse me ajudar. Então lembrei de meu livro. Ele não era a melhor arma, mas eu não tinha outra opção.
Bati na cabeça da mulher com força. Ela ficou um pouco atordoada e Tommy conseguiu empurrá-la, a fazendo bater a cabeça no tronco e desmaiar.
Corri até o menino para ver se ele estava bem.
-Que porra foi essa?- perguntei, encarando o corpo desmaiado da Enfermeira Lane.
-Ela surtou.- Cindy disse, pela primeira vez, abaixando ao lado de Tommy.
-Precisamos chamar alguém.- falei, me levantando- Fiquem aqui com ela, eu já volto.
Os dois concordaram e eu saí, rumando até o acampamento.
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Carry On Wayward Son•ᶠᵉᵃʳ ˢᵗʳᵉᵉᵗ
TerrorEm 1994, Sarah e seus amigos vão atrás de C.Berman, em busca de ajuda. Ao encontrarem a mulher, ela conta a eles sobre o massacre do Acampamento Nightwing, e sobre seu envolvimento com Lisa, tia de Sarah.