XV- O Amor na Tempestade!

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“Se acostumar com o vazio, é um caminho sem volta.”

“Ainda mais quando você imagina ter encontrado uma luz e ela não valer absolutamente nada...”

️ Escutem a música, ela representa os dois!⚠️

Village Of Black Blood, August, 14, 5 anos atrás...

Megan Stuart... 

Era um dia normal na biblioteca, mesmo sendo meu aniversário de 18 anos, eu considerava um dia comum. Saber que era um ano mais perto da morte, não me deixava muito animada, lembrar que não tinha mais ninguém, era decepcionante.

Como as pessoas dessa cidade odeiam ler, as poucas que frequentam aqui acaba bagunçando tudo, eu estava organizando a área infantil, e depois passaria para a área histórica, e por fim cuidaria do restante. Diria que aqui tem um total de 5 mil livros, tirando os velhos e rasgados que levei para o grande depósito.

Estava próximo do pôr do sol, quando o local começou a ser esvaziado e o peso do silêncio preencheu o lugar. Eu estava passando o cadeado na entrada, quando ouvi um barulho, ainda tinha alguém aqui, sua respiração estava quase nula e ele tremia em meio ao suor e lágrimas.

– Ei! - me aproximei e logo nossos olhos se encontraram - Ficará tudo bem, confie em mim... - disse me ajoelhando em sua frente.

– Sai daqui... - falou com dificuldade - Me deixe em paz, já irá passar! - sua respiração começou a ficar mais forte e dava até para ouvir seu coração.

– Não! - falei e segurei suas mãos, mesmo estando molhadas de suor, elas estavam completamente frias - Não sei se sabe, mas você está tendo um ataque de pânico. - ele congelou seu olhar no meu e vi sua expressão mudar.

– Eu sei que porra é essa! Não precisa me tratar como uma criança caramba! - falou com raiva e puxou as mãos de forma agressiva.

– Eu só quero lhe ajudar, não precisa agir assim... - falei carinhosamente, ele me deu um olhar gelado.

– Não preciso da droga da sua ajuda! - falou e os tremores começaram a ficar mais forte, sua respiração estava pesada e seus olhos estavam pálidos, ele colocou as mãos no coração e o barulho estava cada vez mais alto - Ah!! - gritou como se soltasse todas as dores de sua alma, então as lágrimas começaram a cair - Me ajuda! Por favor, eu vou morrer! - falava entre as lágrimas, as batidas de seu coração estava num ritmo descontrolado.

Coloquei a mão em sua bochecha e fiz com que olhasse diretamente em meus olhos.

– Mesmo que você tenha sido grosso comigo, irei te ajudar... - sorri - Eu tinha muito isso, hoje estão controladas...

– O que você fez? - perguntou com dificuldade e eu ri, seus olhos brilharam e parecia ter gostado da minha risada.

– Eu entendi que às vezes só depende de mim, mas eu tive ajuda antes de entender isso... - segurei suas mãos novamente - E eu serei sua ajuda agora. - ele me deu um sorriso - Agora, feche os olhos e respire fundo e bem devagar.

– Assim? - disse respirando lentamente e recuperando o controle, assenti com um sorriso gentil, ele repetiu várias vezes.

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