O Festival!

XIV - Bem vindo de volta Augustus!

"Não se iluda achando que a traição só acontece num relacionamento..."

"Visto que acreditar nisso, é a primeira traição de nossas vidas"

- 𝐴 𝐵𝑎𝑡𝑎𝑙ℎ𝑎 𝑃𝑒𝑙𝑜 𝑃𝑜𝑐̧𝑜 -

"Reino Misterioso, Sul da Europa, alguns séculos atrás..."

"Vocês acreditam em cúpula temporal? E se eu dissesse que eu vivia em uma, vocês acreditariam em mim?"

"Vocês acham que seria possível voltar a vida? Não, né? Haha! Mas, eu, Augustus Heart, posso provar que é possível..."

Para provar essa possibilidade, terei que contar para vocês como tudo aconteceu e no meu ponto de vista, foi bem vergonhoso morrer daquela maneira...

Tudo aconteceu na maior guerra do Reino Misterioso, "A batalha pelo poço", ninguém estava preparado para essa situação, quem imaginaria que um reino familiar e tranquilo seria o território da tragédia que iria aniquilar metade da civilização. Ninguém imaginaria, não é?

Abri meus olhos lentamente depois de ser atingido pelo raio da oitava geração de Zeus. O poder foi tão intenso que destruiu toda a minha epiderme, eu estava praticamente em carne viva e a dor era insuportável, sentir as minhas costas arder e sangrar é uma sensação muito tenebrosa.
Mesmo sofrendo, não me dei por vencido, me levantei com sangue no olho e parti para cima de Zafen, último herdeiro do poder de Zeus, visto que seu fim ocorrerá agora.

Depois de matar ele, os soldados da Coroa e mais descendentes de Deuses, eu me sentia vivo e anestesiado na alma, pena que como toda anestesia, o efeito acaba.

Eu estava tirando o ar da Rainha Darkness, quando ouvi um grito, era a minha mãe, o desgraçado do meu primo tinha acabado de atacar ela. Soltei a rainhazinha e fiz o favor de ir até a dona do grito.

- O QUE ESTÁ ACONTECENDO AQUI? - falei irritado ao ver a minha mãe no chão sendo sufocada com os pés nojentos do meu priminho, Martim Heart.

- O que você acha que está acontecendo aqui primo? - falou com sua voz calma e irritante - Eu estou matando a sua mãe, tá difícil de ver ou eu preciso te explicar por forma de desenho, visto que sua inteligência é menor que um átomo.

Ouvir essa insolência deslavada, me fez sentir todo o ódio do inferno, apenas com um olhar o joguei longe, ele acabou atingindo um dos muros do Castelo, ele ficou caído por tempo suficiente para eu ajudar a minha mãe.

— Mãe? Diga-me que a senhora estás bem? - falei enquanto ela evitava o meu olhar e se retirava do solo com dificuldade.

— Eu ficarei bem Augustus, nosso problema agora é outro. - falou com ódio - Como esse bastado teve a insolência de trair a própria família? - sua respiração aumentava juntamente com o ódio demonstrado em seus olhos claros.

— O amor faz a gente mudar as perspectivas. - disse Martim nos observando - Destruir vocês me trará segurança. - disse com certa convicção na voz.

— Você é um tolo, igual seu pai! - falou a minha mãe, depois deu uma risada - Ele quis fazer o mesmo que você, ele acreditou nisso e onde ele está agora? - o rosto do Martim endureceu - Exatamente, ele está morto! E você também estará se virar as costas para os Heart! - falou e recebeu um tapa no rosto.