11- eu também desejo o mesmo

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Santana Lopez

Enquanto preparávamos o café da manhã das crianças, eu contava a Brittany com que Gael tinha me chamado de mommy pela primeira vez.

O relógio da cozinha marcava 07:01 p.m e ainda tínhamos uma reunião com o grupo de adoção ás 09:00 dentro de um vestido preto de mangas curtas , brittany andava para lá e para cá no meio da cozinha

- quando estávamos saindo do mercado para irmos até o estacionamento, tinha um cara vendendo bolas . Eu como amo mimar os pequenos, decidi presentea -ló aí estávamos indo para o carro , depois de comprar ele me abraçou pela cintura, olhando em meus olhos e ele disse : obrigado pelo presente, mommy.

Só de lembrar da cena , sentia os meus olhos arderem . Foi tão simples e tão natural, que melhor seria impossível.

- que fofo , Gael é um menino de ouro - diz minha esposa me abraçando pelo pescoço- todos eles são

Antes de se afastar , da banqueta alta que eu estou , ela me deixa um beijo na bochecha. Brittany e eu sempre gostamos de toques , demonstrações de carinhos , com beijos , abraços e principalmente palavras .

- sim .. você acha que Lizzy , vai nos chamar de mães algum dia - olho para a mesma que agora pega a garrafa de suco na geladeira

- acredito que sim , mas no tempo dela , quando ela se sentir confortável.

Terminamos tudo , e a mãe de Brittany não tardou de chegar . Como era um sábado e tínhamos que mostrar a casa , que estava no site de vendas a um casal , antes de nossa reunião, dona Whitney não se importou em vim cuidar das crianças.

(...)

Hoje parecia o nosso dia de sorte , finalmente conseguimos vender a casa para um jovem casal . Acertamos tudo , e ficamos de enviar a documentação para eles assinarem .

Dez minutos depois estávamos estacionando aonde acontecia sempre as reuniões. Nos acomodamos no lugar de sempre , compartilhamos nossas experiências e ouvimos de outros .

- E por hoje é só pessoal . Vejo vocês na próxima reunião - diz Leila se levantando

Nós fazemos o mesmo , Brittany entrelaça nossos dedos . Antes de sairmos , Carmen nos chama até a sua sala , pela sua cara não parece ser boas notícias .

Brittany pierce

Durante o curto percurso até a sala de nossa conselheira , eu sentia minha mãos suarem fria , eu não estava com um bom pressentimento

Olhei para Santana , que me sorriu com ternura , fazendo o meu coração se aquecer .

- podem se sentar meninas - diz Carmen tomando o seu acento e nós fazemos o mesmo

Seu silêncio estava me matando eu tentava ser positiva . Afinal poderia ser algo bom , mesmo que a sua cara dissesse ao contrário.

- A mãe dos menores , Ramírez , ela saiu da cadeia e que ver as crianças.

Sabe aquele momento que você está tendo um pesadelo e que você tenta acordar mais não consegue? Então era isso que estava acontecendo comigo.

- Mas nós podemos negar , não podemos? - pergunta Santana , apertando sutilmente minha mão fria

- infelizmente não Santana . A guarda de vocês é provisória e ela tem o direito desde que esteja limpa . E ela está limpa á cinco meses

- e quando vai acontecer isso , esse encontro? - digo chateada

Era uma situação ruim , eu não sei se vai ser bom para as crianças ver a mãe verdadeira principalmente para os pequenos , vai confundir a cabeça deles .

- Ainda esse mês . Ela entrou com pedido para visitação e vamos ver uma data flexível para todos - Carmen explica

- e nosso caso já recorreu ao juiz? - é a vez de Santana pergunta

- sim , ele ainda está analisando o caso de vocês . Essas coisas demoram mesmo e vou ser sincera com vocês , por serem um casal homossexual, eles demoram mais e dependendo do juiz leva meses e meses .

Uau ! Isso ainda me deixou mais empolgado . O medo de tirarem as crianças de mim me consome eu estou com eles á três meses , para muitos parecem pouco tempo , mas para nós , noventa e três dias , foi tempo suficiente para estarmos apegados um no outro . Passamos por etapas difícil de adaptação de aceitação.

- eu preciso iniciar outra reunião, com outro grupo. Qualquer novidade eu entro em contato

E antes de sairmos , Carmen aperta nossas mãos desejando boa sorte .

(...)

Os meus pulmão ardem e coragem de entrar em casa e falar com as crianças me assusta .

- vou parecer egoísta se eu disser , que quero que eles não fiquem feliz com a notícia? - sorrio forçada para minha esposa

- não amor , porque eu também desejo o mesmo - ela deixa um beijo calmo em meus lábios

Fazia - se alguns minutos que estávamos dentro do carro , criando coragem para entrar em casa e enfrentar as crianças.

- vamos entrar , e bom , podemos deixar para ter essa conversa com eles um outro dia , hum ?

- é vai ser melhor . - envolvo o seu corpo em um abraço apertado - talvez , ela nem apareça nada

Eu estava tentando me convencer disso , mas eu sabia que ela não desistiria . E o meu medo era que ela começasse com uma simples visita e depois acabasse pedindo os filhos de volta . Só de pensar nisso , os meus olhos já voltam a arder .

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