23 - ela te ama , Lizzy

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Brittany pierce

Depois do triste acontecimento de hoje de manhã. Santana e eu
conseguimos trazer Lizzy de volta pra casa, a menina estava bem
abalada. Por mais uma vez, perder a mãe pras drogas.

Minha esposa, e eu estamos respeitando o seu espaço. Lizzy
Passou o resto da manhã toda trancada em seu quarto, perdida em
pensamentos.

Carmen, e Leila, nos explicaram que o pedido de adoção dos três.
voltaria a julgamento, caso nós quiséssemos ainda, claro que
aceitamos, pois nunca desistiriamos de nossos filhos.

Depois das mulheres sair, conversamos com Gael, e Lola explicando
tudo que tinha acontecido, de uma maneira que eles entenderiam
melhor.

A reação dos dois, não poderia nos deixar ainda mais feliz. E agora era
apenas torcer para tudo dar certo.

Ligamos para todos os nossos amigos, e familiares que estavam ao nosso lado , em todas as etapas . Meus pais ficaram felizes por nós . Mamãe disse que continuaria rezando . A mãe de Santana , até chorou durante a ligação e alegou se o juíz não nos dar a guarda dessa vez , ela mesma irá atrás dele para resolver . Quinn e Rachel , apenas avisaram que estavam a caminho e com muitas pizzas para o jantar .

- Mamãe, a tía Quinn vai demorar para chegar? - perguntou Lola víndo
da área de lazer com Batatinha
debaixo dos braços

- Não, princesa. Ela deve estar a caminho - avisei secando minhas
Mãos no pano de prato. - Porqué?

- Eu vou fazer um desenho bem bonito pra ela

Eu sorri com a atitude de minha menina. Lola adorava a tia Quinn,
Desde que se conheceram elas criaram um laço de amizade. A ruiva
Era uma mulher muito carinhosa, e sempre lhe dava atenção.

- Eu não ganho um desenho? - me agachei, ficando na sua altura

- Claro que si, mamãe, - passou a mão em minhas bochechas - Eu vou
fazer um bem bonito pra senhora, eu vou te desenhar. Mas preciso de
muito, muitos lápis amarelo

Disse pensativa, Sorri com a sua doçura, e me levantei deixando um
demorado beijo em sua testa. Era tão bom te-los por perto.

- Estarei esperando ansiosamente - lhe sorri apertando seu narizinho.

A menina saiu saltitando pelo corredor, que levava até o seu quarto.
Pela porta francesa, pude ver Santana jogando bola com Gael. A noite já
tinha caído, e apenas a luz branca iluminava o grande quintal.

- Brittany - me virei quando ouvi a voz de Lizzy me chamando. A mais
nova tinha as mãos no bolso da calça de moletom. Seus olhos estavam
inchados de tanto chorar, e seu cabelo preso, estava bagunçado.

- Oi.

- Será que eu posso caminhar um pouco? Eu prometo não ir tão longe
a mesma fungou passando a mão no
Rosto .

Pela janela da sala pude ver o quanto estava escuro lá fora. O nosso
bairro é tranquilo, sem sinal de perigo algum, mas eu não achava uma
boa idéia deixá-la sair sozinha, não na situação que ela se encontra
abalada, fragilizada, e com raiva da vida -, porém se eu a impedisse, ela
ficaria com raiva de mim, e eu não queria isso.

- Posso ir com você? - perguntei. Lizzy não esboçou nenhuma reação
eu prometo que ficarei na minha. Eu apenas não quero, que você fique
andando sozinha por ai.

- Pode ser - assentiu girando nos calcanhares caminhando até a porta
principal

Apenas avisei Santana, para ela ficar de olho em Lola que estava no quarto
desenhando.
(....)

Fazia-se quase meia hora, que estávamos caminhando em silêncio.
Eu queria conversa com a minha filha, mais eu prometi que ficaria na
minha, respeitando o seu espaço.

- Você acha que ela não me ama mais? - Lizzy quebrou o silencioso,
Seus olhos buscaram os meus, mantendo o ritmo da caminhada.

Franzi as sobrancelhas sem entender. Eu estava tão aérea perdida nos meus pensamentos, sobre os últimos acontecimentos. A adolescente reformou a sua pergunta

- você , acha que minha mãe não me ama mais ?

- Ela te ama Lizzy, acredite.

- Se me amasse não tinha feito isso. Ela pensou apenas nela.

Paramos na pracinha, que tinha pouquíssimas pessoas sentadas ali
conversando.

- Ela fez isso porque ama você, e os seus irmãos. Ela queria o melhor pra
vocês. Uma mãe sempre quer o melhor para o seu filho. Ter vocês
comigo, criar uma rotina, me fez perceber que somos capazes de abrir
mão de muitas coisas, por nossos filhos. Colocamos vocês em primeiro
lugar, nos privamos de muitas coisas por vocês. E acredite querida, eu
faria qualquer coisa que estivesse ao meu alcance, para ver vocês
felizes. Eu amo tanto vocês, como se estivessem saído de mim.

Respirei fundo olhando para as crianças balançando, no balanço.
Apenas olhei para Lizzy, quando senti seus dedos se entrelacarem com
os meus. Sua cabeça repouso em meu ombro, e suas lagrimas
molharam minha camiseta.

Não era preciso dizer mais nada . As ações e o silêncio falava por nós .

De repente uma família Onde histórias criam vida. Descubra agora