Como uma princesa.

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As estocadas violentas e desesperadas contra a pélvis da garota, arrancavam gemidos da mesma, que gritava incansavelmente o primeiro nome dele, entre respirações ofegantes e beijos molhados e carentes. O azul dos olhos de Satoru escureceu e as suas pupilas dilataram, mas não se tratava de uma névoa qualquer que surgiu do puro prazer que ele sentia durante a transa. Na verdade, ele nem lembrava mais o nome daquela por baixo de si, porém, o seu ritmo nem por isso diminuía. Gojo levou a boca aos seios semi-descobertos da garota e mordeu o mamilo com força, arrancando lamentos de prazer dela, que ecoaram pelos quatro cantos do quarto.

Satoru não consegue se manter fiel a uma única mulher, ou para ser exato, nenhuma delas capta o seu interesse por muito tempo, já que ele sempre encontra um novo brinquedo com que se divertir. Não é cruel vindo dele, de forma alguma, já que assim como ele queria apenas aliviar a “tensão”, o mesmo podia ser dito acerca das intenções daquelas com quem ele ficava. Essa garota na frente dele não era uma exceção.

Mas algo estava errado dessa vez. Não era como se todas as vezes que ele tinha sexo com uma garota nova, ele esperasse que ela fosse ser experiente no assunto. Afinal, ele optava justamente por se envolver apenas com garotas da sua idade, preferencialmente, não-feiticeiras, que não tinham conhecimento da posição que ele ocupava no mundo Jujutsu. No entanto, esse não era o caso. Essa garota tinha a mesma idade dele, mas sabia o que fazia, tanto que ele não pôde segurar os grunhidos roucos na sua garganta quando ela abocanhou todo o comprimento do seu membro de uma vez. Os seus longos dedos se dirigiram aos cabelos também escuros da garota e a instigaram a continuar, até que, quando apenas alguns minutos se haviam passado, ele sentiu sua glande encontrar o fundo da garganta dela e, não resistindo, atingiu o seu clímax, decorando a boca dela com os seus fluídos. 

Era facilmente um dos melhores boquetes que ele já havia recebido na vida.

Então… porquê?

Agora por cima dela, essa era a única pergunta que atravessava a sua mente. Por que ele apenas consegue ver a imagem de Utahime daquele dia, abaixo dele, as bochechas levemente rosadas e os olhos arregalados em surpresa? Gojo apenas consegue imaginá-la oprimida pelo seu corpo, lhe mostrando todas essas expressões de puro prazer, até então desconhecidas por ele, e esse mísero pensamento é o suficiente para ele se derreter nos braços da garota na sua frente — nos braços de alguém que não é Utahime. 

Talvez fosse apenas mais uma das suas fantasias ocultas. Ou talvez Gojo apenas estivesse alucinando, mas ao imaginar os cabelos escuros de Utahime bagunçados e as suas bochechas ardendo, enquanto ele sentia as paredes dela se fechando repentinamente em seu membro, o alertando de que ela estava também perto de atingir o seu ápice, Satoru apenas conseguiu aumentar o velocidade e profundidade das estocadas, querendo que sua senpai desfrutasse desse momento, tanto quanto ele. 

Quando as unhas femininas arranharam os seus ombros, enquanto o nome dele era jogado ao vento pela garota, Gojo não foi capaz de segurar os seus instintos, quando gritou o nome daquela que estava obscurecendo sua mente.

— Utahime! — cada letra escapou da boca dele, em um gemido sôfrego e sua respiração estava ofegante, enquanto o gozo se acumulava no preservativo que envolvia o seu membro. Ele caiu, exausto, do lado da garota, pálpebras fechadas e um genuíno sorriso em seu rosto. Provavelmente, essa havia sido a melhor transa dele até hoje. 

No entanto, sua felicidade não durou muito e decepção tomou o lugar desta, quando escutou a mulher do seu lado lhe dirigir palavras inúteis que ele não tinha intenção de responder.

— Quem é ela? — a garota estava apoiada em seu cotovelo, o lençol a cobrindo e o encarando com curiosidade, já que o seu nome definitivamente não era Utahime. Agora, que Gojo não estava mais sob a influência do prazer sexual, ele se questiona como foi capaz de a confundir com a sua preciosa Utahime. O cabelo era de uma coloração parecida, mas essa era a única semelhança. Os olhos da garota à frente eram azuis e ela era bem, bem mais abençoada no que tocava a curvas corporais. Ou pelo menos Gojo achava isso, já que Utahime sempre se vestia de forma conservadora, não lhe dando margem para julgar os seus contornos. 

Cruel demaisOnde histórias criam vida. Descubra agora