Capitulo 3

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E mostrando um quarto inusitado que eu particularmente não esperava ver.
Tinha discos e capas de discos na parede em uma ordem de primeiro disco depois capa, cobrindo assim toda a parede.
Percebi também que o seu quarto tinha uma vitrola, quase implorei pra ele tocar um disco dos Queen que percebi que ele tinha, mas sabia que iria vim com o seu jeito implicante e dizer não.
Ele percebeu que eu fiquei admirando o toca discos e perguntou:

“Quer escolher um disco pra tocar?”

Eu balançando a cabeça quase que em automático respondi:

“Ahammm.”

E sua expressão facial mudou e ele disse:

“Não estou afim.”

Quando ele disse isso senti minha empolgação ir embora, quando eu fechei a cara com raiva ele riu e disse:

“Eu queria te ver brava.”

E um segundo depois acrescentou:

“Pega lá um disco.”

Fiquei pensando rapidamente comigo mesma a razão dele querer me ver com raiva, será que é por que ele acha fofo? Não, não é por isso, a gente nem se conhece direito já não se suporta, menos naquela hora da sala... Mas enfim. Eu respondi logo em seguida:

“Não estou mais afim” – falando no mesmo tom frio que ele havia falado pra mim –
Ele riu um pouquinho e logo falou:

“Você também é orgulhosa, incrível, 2 coisas que já aprendi sobre você em menos de 40 minutos. Falando nisso, qual é o seu nome?”

Fiquei meio que sem entender o porquê daquela pergunta, depois me toquei que nenhum dos dois ainda havia perguntado o nome um do outro

“Fernanda.”

“Teria algum apelido curto pra te chamar?”

E falou isso jogando um leve charme que parecia ser só dele, ao mesmo tempo que isso inevitavelmente me atraia, também me deixava com raiva, porque parecia que eu estava sendo uma das meninas que caras que nem ele costumam galantear, e eu odeio homens assim mas infelizmente ainda me atraio por eles (essa vida de ser hétero tá me matando.) Mas mesmo assim ainda quis responder em tom seco pra manter a minha postura.

“Tem, mas pra você é Fernanda.”

“Ok -respondeu com um sorrisinho presunçoso no rosto – se prefere assim, te chamarei assim, Fernanda.”

“Sua vez de se apresentar.”

“Aidan Quinn.”

“Posso te chamar de Aidan?”

Fiz um leve charme quando fiz essa pergunta e sentir os seus olhos se enterrarem nos meus e ele responder:

“Não, pra você é Aidan Quinn mesmo.”

-ri também e então falei- “está aí mais uma coisa que aprendi sobre você nesse curto tempinho.”

“E o que foi?” Perguntou em tom de curiosidade

“Que é extremamente rancoroso”

Soltou um sorriso sarcástico meio que sabendo que no fundo era verdade porém não aceitava.

“E quais foram as outras coisas que você aprendeu? “

Tentou jogar seu charme novamente pra mim, e novamente e eu o cortei.

“Tem certos pensamentos, opiniões e visões que não possuem necessidades plenas para serem ditos em voz alta.”

Vi seu rosto se encher de uma disfarçada cara de dúvida e surpresa, então ele falou:

“Ok, vou te deixar agora sozinha, se foi essa a razão de você vim pra cá.”

Antes dele sair do quarto eu refletir no nome dele, cheguei ao possível questionamento:

“Seu nome é Aidan né?”

“Pra você é Aidan Quinn.”

Falou em tom irônico voltando a brincadeira anterior.

“Você é amigo da Catharina?”

“Catharina Paienn?”

“Sim, exatamente essa.”

“Sim, por quê?”

“Porque ela é a amiga que me obrigou a vim para uma festa com pessoas de verdade para interagir.”

“e cá está você, indo totalmente contrário ao que ela planejou.”

“Não enche” – respondi meio que querendo que ele calasse a boca-

“Eu gosto de te ver brava.”

Quando ele disse isso senti o meu corpo ter um leve estremeço interno, e as minhas bochechas ficarem coradas, mesmo a minha pele ser morena pra preta, o inferno do meu corpo ainda deixa aparente no tom da minha pele quando eu fico sem graça,
Q U E   R A I V A.

“Mas eu não gosto quando você me deixa brava.”
-Respondi fazendo um biquinho que nem eu havia percebido estar fazendo-

“Se você tivesse noção do quanto você fica lind..”

Quando ele estava falando isso se interrompeu imediatamente, e cortou o que ia falar, ele ia me chamar de Linda. Cara, ao mesmo tempo que eu não me importo com o que ele fosse falar ou não, eu no fundo queria ouvir ele falando isso de mim. E fiquei ainda mais corada do que estava antes. Mas ele ficou sem graça, passando a mão algumas vezes no cabelo sem saber muito o que dizer, até que eu disse:

“Você tem alguma bala, chiclete ou doce?”

“Não” – falou tentando fingir que nada havia acontecido a alguns minutos atrás-

“Eu lembrei agora que vim com uma bolsa, nela sempre tem bala, só que, tá com a Catharina, lá em baixo...”

“Eu pego pra você.”

“Não sabia que era cavalheiro”

“E não sou, estou fazendo exceção porque também quero doce.”

E riu tirando o convencimento que estava na minha cara




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